Deus: no olho da fonte. Artigo de Faustino Teixeira

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30 Dezembro 2025

"Dufour busca outra imagem, com base em alguns Padres da Igreja. Essa imagem não é a do triângulo, mas da Fonte de Água", escreve Faustino Teixeira, teólogo, professor emérito da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, publicado em sua página de Facebook, 18-12-2025.

Eis o artigo.

Por indicação precisa de meu supervisor no pós-doutorado, Jacques Dupuis, tomei contato mais próximo com a obra de um dos grandes exegetas contemporâneos, os jesuíta Xavier Leon-Dufour. Esse autor foi de grande importância para o desenvolvimento da reflexão de Dupuis sobre o tema do Verbo que agia mesmo antes de Jesus: numa preciosa análise do prólogo de João.

Em seu livro, Dio si lascia cercare, Léon-Dufour aborda um tema extremamente singular, que está relacionado com a nossa imagem de Deus. Tradicionalmente aprendemos a lidar com esse mistério recorrendo à figura do triângulo equilátero, divulgado por Agostinho, indicando as três pessoas da trindade. E junto a ele, aquele ideia que tumultuava as crianças, nas falas austeras de seus pais: “Deus tudo vê”.

Dio si lascia cercare (Foto: Divulgação)

Dufour busca outra imagem, com base em alguns Padres da Igreja. Essa imagem não é a do triângulo, mas da Fonte de Água. No olho da fonte, adverte-nos León-Dufour, encontra-se o princípio da superabundante e generosa presença do Mistério, em incessante movimento. O que vemos desse esplêndido mistério é o que jorra sobre a terra, na superfície. O Mistério mesmo, porém, encontra-se invisível aos nossos olhos. É uma imagem que suscita humildade, maravilha e atenção. Saber que o Mistério é muito maior daquilo que nos faculta ver no jorrar da Fonte. O olho da Fonte identifica-se com esse “Pai” Maior, que é Mistério do Mundo.

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