Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações, músicas e versos de diferentes espiritualidades e religiões, mergulhamos no Mistério que são a absoluta transcendência e a absoluta proximidade.
Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
Às vezes o tigre em mim se demonstra cruel
como é próprio da espécie.
Outras, cochila
ou se enrosca em afago emoliente
mas sempre tigre; disfarçado.
Carlos Drummond de Andrade
(Livro: Farewell - 1996)
Carlos Drumond de Andrade (Foto: Reprodução - www.bpp.pr.gov.br)
Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987): Poeta, contista e cronista mineiro, radicado no Rio de Janeiro, é visto como um dos expoentes da segunda geração do Modernismo brasileiro. Suas palavras traduzem a visão de um individualista comprometido com a realidade social. Além disso, Drummond tematizava a vida e os fatos cotidianos que, ora, focalizava os indivíduos, os amigos, a família, ora o questionamento da existência e da poesia. Trabalhou em vários jornais, entre eles, Correio Manhã e Jornal do Brasil, onde atuou como cronista. Dono de vasta obra literária, que conta também com textos da literatura infantil, é autor, entre outros: Alguma Poesia (1930), Sentimento do Mundo (1940), A Rosa do Povo (1945), Claro Enigma (1951), Poemas (1959), Lição de Coisas (1962), Boitempo (1968), e Corpo (1984).