• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“Estão tratando a gente como animal”: a violência policial na retomada da TI Guyraroká

Foto: Mídia NINJA | Flickr

Mais Lidos

  • É ingênuo e enganoso fundamentar no aristocratismo as compreensões reacionárias e ideológicas das ideias nietzschianas. O ‘Nietzsche-Archiv’, organizado por Elisabeth Förster-Nietzsche, inaugurou os usos protonazistas da filosofia desse pensador

    A desnazificação do pensamento de Nietzsche e sua liberdade radical contra a servidão ideológica. Entrevista especial com Alberto Giacomelli

    LER MAIS
  • “Ainda há muitas coisas a serem pensadas”. Entrevista com Yuk Hui

    LER MAIS
  • Petróleo na Foz, câncer no prato e a guerra infinita. Destaques da Semana no IHUCast

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

28 Outubro 2025

Indígenas Guarani e Kaiowá relatam a violência sofrida no último dia 16 de outubro durante ataque da Tropa de Choque.

A informação é da assessoria de comunicação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 26-10-2025.

Tornou-se comum ouvir entre os Guarani e Kaiowá um resumo perturbador de como se sentem a cada investida das polícias estaduais contra retomadas e aldeias: “estão tratando a gente como animal (…) não somos bichos”. A frase é de um indígena da retomada da Fazenda Ipuitã, sobreposta à Terra Indígena Guyraroká, em Caarapó (MS).

A Secretaria de Segurança Pública do estado tem afirmado que há “proporcionalidade” nas ações do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Polícia Rural e Tropa de Choque. Também que tem atendido as ocorrências por chamadas do 190. O flagrado na sede da fazenda, com uma base policial montada, e a violência dos ataques, contando com tentativas de atropelamento, as afirmações oficiais.

Os relatos a seguir tratam dos eventos ocorridos durante o ataque da Tropa de Choque do último dia 16 de outubro, com “tiroteiro, gente correndo, chorando, sangrando”. Ao menos nove indígenas ficaram feridos a tiros de bala de borracha e intoxicados por gás – um jovem de 14 anos foi atingido na cabeça e três mulheres grávidas passaram mal com a fumaça.

Entre erguer barracos, sucessivamente destruídos pela polícia e tratores da fazenda, recolher lenha para a fogueira e vigiar a movimentação de jagunços, o principal desafio é seguir resiliente e não deixar o ódio com o qual os tratam persuadi-lo a também se entregar ao ódio – este é um cuidado debatido na retomada.

Como se tornou costume, o indígena pede à equipe do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) para não ser identificado por temer represálias não apenas a ele, mas também à família. Parte dela seguiu com o Guarani e Kaiowá para a retomada.

“Um de nós precisa dar a vida pra conquistar a terra. Em (Nhanderu) Marangatu foi assim. Um morreu (Neri Guarani e Kaiowá) e então eles deram a terra. É assim a justiça nesse mundo. Nos tratam como animais. Se tiver que ser assim no Guyraroká, morro pra deixar a nossa terra, a morada dos nossos antigos, pros meus filhos”, afirma.

“Tiroteio, gente correndo, chorando”

Logo nas primeiras horas da manhã, a Tropa de Choque da Polícia Militar passou a escoltar tratores para furar o bloqueio que os indígenas fizeram com o objetivo de proteger a retomada e protestar contra o uso de agrotóxicos – uma nova lavoura de monocultivo vem sendo preparada.

Lembra das muitas vezes em que foi ofendido, xingado. Não há raiva envolvendo suas palavras, mas nas que dirigem a ele. Analfabeto. Imundo. Vagabundo. Os Guarani e Kaiowá não se abalam. Sabem de si. O mundo envenenado por palavras ruins é o que os afeta. Como podem ser tão ruins?

“Estamos nos defendendo, pelo menos isso eu acho que a gente tem direito. Chorei, chorei muito. Um de nós talvez precise morrer. Talvez seja eu”, diz.

Pesadelo: “Tá vindo! Tá vindo! Tá vindo!”

O Guarani e Kaiowá segue relatando o ataque de 16 de outubro. “Eu estava me protegendo no barraco e a pá escavadeira veio para enterrar o meu barraco, e quase me enterrou junto. Eu tentei escapar, mas a pá carregadeira voltou para me empurrar com tudo”, conta.

“A sorte é que eu escapei por baixo porque o poste ia cair na minha coluna, (mas acabou que) caiu o poste na minha cintura, eu não consegui nem correr (na hora). A tropa já tinha nos encurralado (e quando me livrei do poste) precisei correr com uma perna (a outra estava machucada), e as balas cruzando, tiros. Bala vinha cruzando, muito xingamento”, relata.

Enquanto o indígena se livrava dos escombros do barraco para fugir, a esposa levou um tiro de bala de borracha. “Meu filho presenciou tudo aqui. À noite ele não consegue dormir. Acorda gritando: tá vindo! Tá vindo! Tá vindo!”, diz.

O Guarani e Kaiowá reforça que apesar de todo o sofrimento, “não vamos recuar, não. Vamos seguir em frente. Temos muitas crianças. Não quero mais policiais aqui. Estão tratando a gente como animal. Parece que não tem nada nesse mundo que impeça de tratar a gente como cachorro, bicho do mato. Precisamos apenas das nossas terras”.

Xingamentos e tentativa de atropelamento

Mulheres, crianças, idosos. Para a polícia, pouco importa quem esteja à frente. O relato é de uma mulher indígena, mãe, integrante da retomada e agredida pelos policiais.

“Levei duas balas (de borracha). Eu e a minha irmã. Vieram com tudo (duas viaturas da PM) para nos atropelar. Bom que a gente é ligeiro. Corre pra lá, pra cá e eles não acertaram a gente. Na verdade, não sei como escapei. Ainda não estou bem, minha cabeça tá toda embaraçada. Meu pensamento é que aconteceu agora. Não consigo comer nada”, desabafa.

Ela conta que os policiais os chamavam de “cachorro, merda, porra. Não respeitam mulher, criança, idoso”. A Guarani e Kaiowá tem elaborado mecanismos para deixar passar os sentimentos de tristeza. Um deles é projetar o futuro, vê-lo, dar cores e sensações a uma vida sonhada.

“Meu filho está com oito anos. Quero ver o meu filho crescer nesta terra, de repente meus netos. Posso levar bala de borracha, mas não saio do lado da minha comunidade”, conclui.

Um outro Guarani e Kaiowá também precisou correr e desviar de viaturas que tentaram atropelar os indígenas. “Quando a viatura veio, tentei desviar. Pulei, mas a viatura da PM pegou na minha perna. Se eles pegassem em cheio, não sei se eu estaria vivo. Vieram com raiva, sabe, não sei a razão”, lembra.

Leia mais

  • MS. Tropa de Choque escolta tratores e ataca retomada Guarani e Kaiowá na TI Guyraroká; há pelo menos nove feridos
  • Guarani e Kaiowá retomam fazenda na TI Guyraroká para impedir pulverização de veneno sobre a comunidade
  • Guarani Kaiowá resistem a ataques com tiros e agrotóxicos por retomada de terras em MS
  • União paga indenização de R$ 129,8 milhões e fazendeiros se retiram de território Guarani Kaiowá no MS
  • “O branco matou a mamãe”: ataques a indígenas Avá-Guarani vitimizam até crianças no PR
  • “Quem sente a dor não esquece”: em carta, comunidade de Nhanderu Marangatu narra histórico de violações e luta
  • STF firma acordo histórico para garantir território Guarani-Kaiowá
  • Acordo de Nhanderu Marangatu é exceção e não pode ser referência para a demarcação das terras indígenas
  • STF encaminha acordo de conciliação para conter violência contra indígenas no Mato Grosso do Sul
  • Após o assassinato de Neri, mais um indígena Guarani Kaiowá da Terra Indígena Nhanderu Marangatu é encontrado morto
  • Proprietária de fazenda onde Guarani Kaiowá foi morto nesta quarta (18) foi indicada como “especialista” para conciliação do STF
  • Indígena contradiz PM e afirma que Guarani Kaiowá morto no MS não tinha arma
  • ADPF 1059: Apib alertou STF sobre a necessidade de medidas diante da violência da PM contra os Guarani Kaiowá
  • Nota do Cimi: violência policial, conivência do governo estadual e morosidade do Estado ceifam mais uma vida Guarani e Kaiowá

Notícias relacionadas

  • A ambígua e ineficiente política indigenista brasileira. Entrevista especial com Egydio Schwade

    LER MAIS
  • Quinto vazamento de petróleo do ano pinta de preto a Amazônia peruana

    Horas depois do Dia Internacional dos Povos Indígenas, as imagens de fontes de água da Amazônia tingidas de petróleo volta[...]

    LER MAIS
  • A batalha do maracá contra o cassetete e a gravata

    "Foi gratificante acompanhar não apenas uma semana de mobilização pelos direitos dos povos e comunidades indígenas e tradicion[...]

    LER MAIS
  • Indígenas, quilombolas e pescadores pedem à Alemanha que não importe produtos de quem agride suas vidas e território

    Povos indígenas, quilombolas, pescadores e pescadoras e extrativistas realizaram uma caminhada na Avenida das Nações, em Brasí[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados