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No prédio ocupado dos excluídos, o Ano Santo é um grito por justiça

Foto: The Humantra | Pexels

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28 Outubro 2025

Na vidraça de entrada, o aviso está colado com fita adesiva. "Vamos visitar o Papa", anuncia o bilhete escrito à mão. "Papa Leão XIII" informa o aviso. De certa forma, um papa afim aos que vivem aqui: o Papa da questão social e da proximidade com os explorados. Mesmo tendo sido eleito há quase 150 anos. Depois, uma mão anônima colocou um pedaço de fita adesiva por cima. Para substituir aquele "XIII" por "XIV". Ninguém dá muita importância ao descuido.

A informação é de Giacomo Gambassi, publicado por Avvenire, 24-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Pelo contrário, é longa a lista de nomes para a audiência com o primeiro Papa estadunidense: Maurita, Guadalupe, Asli, Isaac, Halyna... Crianças e idosos, mulheres e homens, italianos e estrangeiros. Lado a lado. No grande edifício que os acolhe. E na lista escrita a caneta que conta o pequeno mundo abrigado no número 55 da Via Santa Croce di Gerusalemme, ao lado da estação Termini.

"Bom dia e bem-vindos", cumprimenta o jovem de feições latino-americanas sentado atrás do balcão da portaria assim que se entra. Praticamente uma mesa, colocada logo acima da escada que se abre na área virada para uma das ruas do bairro Esquilino. Autovigilância nas entradas do pátio de paralelepípedo de tijolos e concreto onde a palavra de ordem é autogestão. Acima do enorme portão vermelho, a faixa que diz tudo em Roma: "Spin Time".

O prédio ocupado desde 2013. O colosso de 21 mil metros quadrados que abriga quase 400 "pessoas de bem", como se descrevem em um dos cartazes colados nas fachadas, que "não respeitam as leis injustas" porque as deixaram "sem moradia". O prédio, que, dependendo do ponto de vista, é um ícone da ilegalidade tolerada na cidade ou um símbolo da redenção dos excluídos, onde a luta pelo direito à moradia deu origem a centros comunitários e serviços sociais à insígnia do lema "Mais humanidade e cultura, menos lucro e comércio".

E agora o "Spin Time" é a sede do quinto Encontro Mundial dos Movimentos Populares, realizado em Roma por ocasião do Jubileu. Um encontro ensejado pelo Papa Francisco e abraçado por Leão XIV. "Uma surpresa em relação ao novo Pontífice? Não. A atenção aos últimos é o cerne do Evangelho", explica o Padre Mattia Ferrari. Capelão da Mediterranea, a ONG que salva migrantes, e membro da "comunidade Spin Time", como ele mesmo se descreve, é o coordenador da plataforma eclesial aprovada pelo Papa Francisco, que reúne movimentos de todo o mundo. Ele é o idealizador do encontro no "arranha-céu rebelde", organizado com os moradores do edifício e o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

Não é por acaso que o Cardeal Prefeito Michael Czerny aparece entre os corredores e os apartamentos "conquistados". "Os pobres não apenas sofrem as dificuldades, mas lutam contra elas. É preciso construir uma sociedade fraterna. E a Igreja está ao lado daqueles que buscam modelos alternativos de desenvolvimento econômico e de uso dos recursos em relação ao modelo dominante, que todos os dias revela seus efeitos nocivos", diz Czerny. Antes dele, o Cardeal Vigário de Roma, Baldassare Reina, abre os trabalhos nos subsolos do edifício. "Acolhimento e amor ao próximo parecem ter saído do vocabulário contemporâneo. A comunidade eclesial pretende assumir o grito dos pobres", incentiva.

Hoje, último dos cinco dias da cúpula popular, é a vez do presidente da Conferência Episcopal Italiana, o Cardeal Matteo Zuppi, entrar pelos portões do condomínio ilegal. Precedendo-os em 2019 havia sido o esmoleiro do Papa, Cardeal Konrad Krajewski, enviado para religar a energia elétrica que havia sido cortada por falta de pagamento.

Algumas pessoas torcem o nariz diante da escolha de levar um evento de Ano Santo para um canto "revolucionário". Especialmente considerando seu passado. Já foi antiga sede do INPDAP, o Instituto Nacional de Seguridade Social dos Funcionários Públicos, abandonada antes de acabar nas mãos de 150 famílias durante a operação "para fins de moradia" da Action-Diritti in Movimento. A maioria delas havia sido despejada. E desde 2021, todo o prédio está sob aviso de despejo: foi comprado pelo fundo Investire Sgr, que exige sua devolução e, pelo menos no papel, a obteve na justiça.

"O Spin Time não é um hotel", denuncia um totem ao longo da escadaria. De fato, havia sido proposta a construção de um hotel de luxo no local. "Plano casa agora", exigem os residentes. A Prefeitura de Roma anunciou planos para assumi-lo, reformá-lo e devolvê-lo ao “povo" que o habita do primeiro ao sétimo andar ou frequenta nos dois subsolos, onde estão o teatro, a barbearia, o estúdio de gravação, a biblioteca, o posto de saúde local e 24 associações que o administram. Custo estimado: 36 milhões de euros.

"Nosso encontro é uma provocação? De jeito nenhum", responde o padre Mattia. "Porque no 'Spin Time' se vivencia a cultura do encontro entre 27 nacionalidades que convivem no mesmo lugar. E porque se pode vivenciar em primeira mão o diálogo entre realidades aparentemente distantes: os coletivos, a Igreja, as instituições."

Isso também fica evidente na linguagem dos participantes do encontro: 170 delegados de 26 países. Alguns falam de "irmãos e irmãs"; outros se dirigem a "companheiros" e “companheiras”. Outros ecoam as "classes subalternas" e o "imperialismo ianque", como o argentino Alejandro Gramajo; alguns citam o Magnificat para nos lembrar que "os humildes serão exaltados", como a embaixadora da Bolívia junto à Santa Sé, Teresa Susana Subieta Serrano.

O denominador comum são os "3 Ts", que resumem os direitos fundamentais pelos quais os movimentos populares lutam: terra, teto, trabalho. Bispos e padres da Europa, África e América não se surpreendem ao se encontrarem no "palácio das violações", vendo-o como uma batalha pelo "teto". "Devemos ir até aqueles que exigem justiça", explica o bispo nigeriano Luka Sylvester Gopep. "A justiça é um dos pilares da doutrina social. E a Igreja é chamada a dar voz aos que não têm voz, denunciando o lucro, a exploração e a marginalização."

Isso vale para as pessoas do "Spin Time". Vale para os últimos em todos os cantos do mundo. Incluindo os Estados Unidos da era Trump. "Nós, imigrantes, não somos apenas mal pagos e guetizados, mas agora também criminalizados", afirma Gloria Morales Palos, californiana de origem mexicana. E a espanhola Xaro Castellò, do Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos, antecipa a agenda política da assembleia: "um salário universal que a Igreja também pede", "trabalho digno e seguro", "redução da jornada de trabalho", "necessidade urgente de paz porque a guerra é conveniente para o sistema econômico capitalista".

"Vamos globalizar a batalha; vamos globalizar a esperança", observa Rose Molokane, da Slum Dwellers International South Africa, a rede criada para combater a pobreza urbana. "Assim como fazemos na 'Spin Time'", enfatiza Giovanna Cavallo. "Nessa catedral do descarte, mostramos que um mundo diferente é possível: sem propriedade privada, no espírito de fraternidade e da responsabilidade, onde a pobreza se torna uma força de mudança."

Com o Jubileu, que, das salas requisitadas, convida a "incluir os esquecidos", afirma o Cardeal Czerny. E no prédio suspenso, muitos esperam que o Ano Santo traga não apenas uma "nova camiseta do Spin Time", como anuncia um aviso perto dos elevadores, mas, acima de tudo, uma virada. "A nossa não é uma ocupação ilegal, mas uma comunidade aberta", reitera Andrea Alzetta, apelidado de Tarzan. "Que a prefeitura cumpra a ação que esperamos: passar das palavras à ação e regularize o nosso futuro."

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