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Carolina Maria de Jesus: “vida escrita” com contornos e registros. Artigo de André Araújo

Carolina Maria de Jesus | Foto: Audálio Dantas/Agência Brasil

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29 Outubro 2025

"Diante dessa perspectiva, nada será esquecido, e esta 'vida escrita' ganha contornos e faz valer este registro", escreve André Araújo, na comentário da obra de Carlos Rafael Pinto, Carolina Maria de Jesus: contribuições para uma Teologia Negra Decolonial.

André Araújo é padre jesuíta, doutor e mestre em Letras/Estudos Literários pela UFMG, diretor geral do Colégio Loyola, de Belo Horizonte, e pesquisador voluntário no Programa de Pós-graduação em Teologia da FAJE.

Eis o artigo.

A escrita de Carlos Rafael Pinto, no seu novo livro – Carolina Maria de Jesus: contribuições para uma Teologia Negra Decolonial – performa um texto coerente e bastante coeso sobre a obra de Carolina Maria de Jesus, num tom bastante afetivo, corroborando seu domínio sobre o tema e sua paixão pela pesquisa, inaugurando, ao mesmo tempo, uma investigação de peso em um Programa de Pós-Graduação em Teologia Cristã. Com voz própria, apresenta a autora e elucida questões importantes do bojo da teoria da literatura, na cena cultural contemporânea brasileira e internacional, acionando interfaces multidisciplinares, na confluência da literatura com a teologia e suas encruzilhadas metodológicas, em franca abordagem teoliterária, desvendando e discutindo impasses do racismo estrutural, lançando mão de uma leitura decolonial. Discutem-se, portanto, colonialismo e colonialidade, bem como espaços bem concretos de enunciação, fazendo frente à ideia da representação, criticada e reformulada pela apresentação do diário de uma autora negra subalternizada. Transforma, assim, o “modus operandi” de uma leitura que extrapola o mero funcionalismo ou visões dicotômicas e reducionistas que frequentemente atribuem finalidades a produtos ou privilegiam maniqueísmos. Nesse sentido, a textualidade que temos diante dos olhos flerta com interlocuções diversas, evocando distintos gêneros literários e discursivos, também franqueados e desenvolvidos por Carolina Maria de Jesus.

Evidencia-se, desse modo, uma ferida aberta, que descortina a necessidade da escrita para a subversão da fome e da perspectiva do desastre, num tom claramente blanchotiano. Abrem-se, ainda, outras perspectivas e noções advindas dos Estudos Culturais, como a memória – revisitada e recomposta –, ou a fronteira em constante f(r)icção de mundos e imaginários, postos em cena pela potência da ficcionalidade de uma antropologia especulativa que opera pela fabulação, pelo simulacro e pela performance – mais que mimética da vida –, de uma mulher, catadora de sonhos, em vista dos vestígios cartografados, notória por sua dicção, (teo)biografemática, como se poderá ler/ver/ouvir, quando se pensa na aplicação dos sentidos e em um possível leitor-espectador-ouvinte, para ampliar o escopo de sua recepção ético-estética.

Por conseguinte, ao transformar a experiência real da miséria na experiência linguística do diário, Carolina Maria de Jesus acaba por se distinguir de si mesma e por apresentar a escritura como uma forma de experimentação social nova – cheia de provocações teológicas –, capaz de acenar com a esperança de quem rompe o cerco da economia da sobrevivência que trancaria sua vida no cotidiano monocórdico do elemento panfletário da dor e dos reclames sensacionalistas.

É o que evidencia Carlos Rafael, quem se aventura corajosamente por essas sendas, advogando por uma Teologia Negra Decolonial no Brasil, enquanto apresenta intuições fortes de releituras possíveis e intervenções acuradas neste período histórico bastante complexo que temos vivido, sob ações afirmativas necessárias e discussões que configuram um imperativo ético categórico incontornável. Habilita, com isso, a possibilidade de caminhos novos, a partir da Teologia Cristã e da Literatura Brasileira, ensejando uma práxis antirracista e uma compreensão teológica do Verbo de Deus encarnado como um “novo Cam”, que, pelo movimento kenótico, assume a condição de escravizado, em solidariedade extrema com a infinidade minorizada dos descendentes das correntes da injustiça e da opressão. Diante dessa perspectiva, nada será esquecido, e esta “vida escrita” ganha contornos e faz valer este registro.

Livro "Carolina Maria de Jesus: contribuições para uma teologia negra descolonial", de Carlos Rafael Pinto.

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