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10 Outubro 2025

"Como indica a exortação apostólica de Leão XIV, o magistério eclesial, sobretudo nos últimos cento e cinquenta anos, apontou com clareza e rigor esse testemunho em favor da cidadania dos pobres na vida eclesial. Merece um destaque particular o Concílio Vaticano II, com João XXIII, bem como testemunhas importantes na assembleia conciliar, como o cardeal Lercaro, que foi um dos grandes pilares na defesa dos pobres. Para ele, como expressou em memorável testemunho no concílio, em dezembro de 1962, o tema dos pobres não deveria ser um entre outros temas do concílio, mas o 'único tema' do concílio (DT 84)", escreve Faustino Texeira, teólogo, professor emérito da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos – IHU 

Eis o artigo.

Com grande alegria, acolhemos a Exortação Apostólica do papa Leão XIV, sobre o amor para com os pobres: Dilexi te (DT - “Eu te amei”). Como ocorre nos documentos do magistério, o título veio tomado das primeiras palavras do documento, retiradas do livro do Apocalipse (Ap 3,9). É um documento precioso, em profunda sintonia com a Teologia da Libertação, com os documentos de Puebla e Medellín e com a sensibilidade do papa Francisco.

Trata-se de um documento que foi gestado nos últimos meses da vida de Francisco, tendo sido acolhido com gratidão por Leão XIV, que acrescentou ao texto “algumas reflexões” (DT 3), como podemos perceber, por exemplo, na sua reflexão sobre Agostinho e os pobres (nºs 43-47). Sobre o documento diz Leão XIV:

“Ao receber como herança este projeto, sinto-me feliz ao assumi-lo como meu – acrescentando algumas reflexões – e ao apresenta-lo no início de meu pontificado, partilhando o desejo do meu amado Predecessor” (DT 3).

A marca de Francisco está, sobretudo, na preocupação de apresentar uma rica fundamentação bíblica à exortação. Singular a referência ao texto de Mateus 26,7, que trata da unção em Betânia. O exemplo apresentado na exortação traz o singelo episódio da mulher que derrama um frasco de alabastro sobre a cabeça de Jesus. Trata-se de um gesto gratuito e “expressão de carinho” e proximidade (DT 4).

O traço recorrente no documento é a afirmação da essencial dignidade dos pobres no projeto de Deus e de Jesus. Como diz a Dilexi te (DT), o afeto que une os cristãos ao Senhor deve ser sempre acompanhado pelo “afeto aos pobres” (DT 5). Eles são, de fato, os destinatários privilegiados da mensagem evangélica.

O clamor pelos pobres já está muito presente no Primeiro Testamento, como podemos testemunhar no rico episódio da sarça ardente (Ex 3,7): “Eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor por causa dos seus opressores”. E o texto não para aí. Ao clamor dos pobres segue-se a convocação à sua libertação: “Vai, pois, e eu te enviarei a Faraó, para fazer sair do Egito o meu povo” (Ex 3, 10). É um texto capital na Teologia da Libertação, que vem agora assumido pela DT. Como diz Prevost, “ao ouvir o clamor do pobre, somos chamados a identificar-nos com o coração de Deus, que está atento às necessidades dos seus filhos” (DT 8)

De fato, a opção pelos pobres traduz essa rica aproximação ao “coração de Deus”. Isso me faz lembrar com alegria o lindo livro de Jacques Dupont sobre as Bem Aventuranças, que tanto inspirou Gustavo Gutiérrez, e que foi um dos singulares textos a mostrar essa íntima relação entre Deus e os pobres. O tema repercute no Documento de Puebla, também lembrado na DT:

“Só por este motivo, os pobres merecem uma atenção preferencial, seja qual for a situação moral ou pessoal em que se encontrem. Criados à imagem e semelhança de Deus para serem seus filhos, esta imagem jaz obscurecida e também escarnecida. Por isso Deus toma a sua defesa e os ama (Puebla, 1142).

Em sua exortação apostólica, Leão XIV sinaliza que a condição dos pobres traduz, em verdade, um “grito que, na história da humanidade, interpela constantemente a nossa vida, as nossas sociedades, os sistemas políticos e econômicos e, sobretudo a Igreja” (DT 9). O compromisso com os pobres é essencial, mas continua ainda “insuficiente”, dado que o que ainda predomina em nossa sociedade são as tremendas desigualdades que obstaculizam sua dignificação (DT 10). E o documento é contundente a respeito:

“Num mundo onde os pobres são cada vez mais numerosos, vemos paradoxalmente crescer algumas elites ricas, que vivem numa bolha de condições demasiado confortáveis e luxuosas, quase num mundo à parte em relação às pessoas comuns. Isto significa que persiste – por vezes bem disfarçada - uma cultura que descarta os outros sem sequer se aperceber, tolerando com indiferença que milhões de pessoas morram à fome ou sobrevivam em condições indignas do ser humano” (DT 11).

Em precioso livro que aborda as condições no mundo atual, Déborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro situaram bem a questão ao dizer que em nosso tempo “há sobretudo, gente de menos com mundo demais e gente demais com mundo de menos” . A exortação apostólica adverte-nos sobre a urgência de atenção permanente a tal situação de exclusão: “Não devemos baixar a guarda diante da pobreza” (DT 12), é o que aponta o documento com razão.

Na visão de Leão XIV, em sua reflexão, a opção preferencial pelos pobres bebe suas raízes em Deus mesmo, daí ser uma opção teologicamente fundada (DT 16). Em seu belo e cativante livro sobre Jesus de Nazaré, José Antonio Pagola sinaliza que “o caminho que conduz a Deus não passa, necessariamente pela religião, pelo culto ou pela confissão de fé, mas pela compaixão para os ´irmãos mais pequenos"” . Por que a mensagem de Jesus toca, assim, tão profundamente o coração dos pobres? Os pobres sintonizam-se com tal mensagem pois era justamente o que eles mais precisavam ouvir: “Deus se preocupa com eles. O reino de Deus que Jesus proclama corresponde ao que eles mais desejam: viver com dignidade”.

Como mostra a exortação de Prevost, a predileção de Deus pelos pobres está vivamente presente tanto no Primeiro como no Segundo Testamento. O ministério de Jesus começa com essa inclinação decisiva ao mundo dos pequenos: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres” (Lc 4,18 – DT 21). O passo fundamental de solidariedade com os pobres é decorrência de nossa fé em Cristo. É o que lembra a DT (n. 23) e o documento de Puebla: “O serviço dos pobres é medida privilegiada (...) de nosso seguimento de Cristo” (n. 1145 e 476). O ensinamento de Jesus é bem claro: junto com o primado de Deus vem a convocação do amor aos pobres (DT 26). Como diz igualmente o teólogo Karl Rahner, o amor ao próximo é, em certo sentido, condição que precede o amor a Deus, pois é no amor ao próximo que podemos, de fato, saber quem é Deus. Na mesma linha vai a reflexão do papa Francisco, que sublinhou em entrevista que o amor (ágape) é “o único modo que Jesus deixou indicado para encontrar o caminho da salvação e das Bem-aventuranças” .

Em linha de sintonia com a tradição bíblica, essa opção pelos pobres ganhou também cidadania com os padres da Igreja, que viam no pobre “um acesso privilegiado a Deus” (DT 39). Dentre os padres destaca-se São João Crisóstomo, considerado um dos mais contundentes defensores da justiça social no mundo cristão (DT 41). Com ele e outros padres da Igreja, o exercício de acolhida dos pobres e de serviço a eles revela-se um traço fundamental para a veracidade do culto que se presta a Deus (DT 42). Passo semelhante podemos encontrar em Agostinho e na vida monástica, onde o cuidado e a hospitalidade para com os mais pobres firmaram-se como dados fundamentais do exercício da fé cristã. O mesmo se observa na dinâmica vivida pelas Ordens mendicantes.

Como indica a exortação apostólica de Leão XIV, o magistério eclesial, sobretudo nos últimos cento e cinquenta anos, apontou com clareza e rigor esse testemunho em favor da cidadania dos pobres na vida eclesial. Merece um destaque particular o Concílio Vaticano II, com João XXIII, bem como testemunhas importantes na assembleia conciliar, como o cardeal Lercaro, que foi um dos grandes pilares na defesa dos pobres. Para ele, como expressou em memorável testemunho no concílio, em dezembro de 1962, o tema dos pobres não deveria ser um entre outros temas do concílio, mas o “único tema” do concílio (DT 84). Esse passo essencial, apontado no Concílio, expresso por exemplo, na LG 8, vai ter bonita continuidade na vida eclesial latino-americana, com Medellin, Puebla e toda a trajetória da Teologia da Libertação.

Já ao final da exortação apostólica, o papa Leão XIV sublinha:

“Escolhi recordar esta história bimilenária de atenção eclesial aos pobres e com os pobres para mostrar que ela é parte essencial do caminho ininterrupto da Igreja. O cuidado com os pobres faz parte da grande Tradição da Igreja, como um farol de luz que, a partir do Evangelho, iluminou os corações e os passos dos cristãos de todos os tempos. Portanto, devemos sentir a urgência e convidar todos a entrar neste rio de luz e vida que provém do reconhecimento de Cristo no rosto dos necessitados e sofredores” (DT 103).

Referências

[1] Gustavo Gutiérrez. A força histórica dos pobres. Petrópolis: Vozes, 1981, p. 210-213.

[2] Déborah Danowski; Eduardo Viveiros de Castro. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis/São Paulo: Cultura e Barbárie/Instituto Socioambiental, 2014, p. 129.

[3] José Antonio Pagola. Jesus, aproximação histórica. Petrópolis: Vozes, 2010, p. 235.

[4] Ibidem, p. 124

[5] Karl Rahner. Amar a Jesus, amar al hermano. Santander: Sal Terrae, 1983, p. 94-95.

[6] Papa Francesco; Eugenio Scalfari. Dialogo tra credenti e non credenti. Torino: Einaldi/La Repubblica, 2013, p. 56

Nota do IHU

A íntegra da Exortação Apostólica Dilexit te pode ser lida, em português, aqui.

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