07 Outubro 2025
O chanceler: um ano de serviço militar ou civil seria exigido para todos. Mas os sociais-democratas estão resistindo e querem manter o serviço voluntário. O ministro da Defesa, Pistorius, adia seu anúncio sobre a reforma.
A reportagem é de Tonia Mastrobuoni, publicada por La Repubblica, 06-10-2025.
As tensões aumentam dentro do governo Merz às vésperas de semanas importantes: o ministro da Defesa, Boris Pistorius (SPD), está prestes a apresentar uma reforma do sistema de recrutamento militar, e os sociais-democratas insistem que ele permaneça voluntário. Mas a CDU/CSU vem alertando há dias que o recrutamento voluntário não seria suficiente para garantir o aumento de 80 mil soldados e atingir a meta de 260 mil soldados prometida à OTAN. E ameaça bloquear a reforma.
Na noite de domingo, o chanceler e líder da CDU, Friedrich Merz, esclareceu que seria necessário introduzir um serviço militar ou comunitário de um ano para todos. O pré-requisito seria uma emenda constitucional com maioria de dois terços no Bundestag: a atual maioria democrata-cristã e socialista precisaria da muleta dos Verdes ou do Partido de Esquerda.
A pressa de Merz em avançar provavelmente desencadeará um novo embate com os sociais-democratas, que insistem em incentivos para tornar o recrutamento obrigatório mais atraente, mas descartam o serviço obrigatório. Enquanto isso, a reforma anunciada por Pistorius foi adiada para a próxima semana. O próprio Merz enfatizou que o acordo atual com seus parceiros de governo estipula, de fato, que ela seja voluntária. Em suma, não está claro até que ponto a CDU/CSU irão reforçar a reforma de Pistorius.
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