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Cinema: Entre batalhas e homens partidos. Comentário de José Geraldo Couto

Cena do filme "Uma batalha após a outra" (Foto: Reprodução)

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04 Outubro 2025

"Política, sexo e violência aparecem imbricados do início ao fim, de maneiras diversas. Um tom de desafio e insubordinação permeia toda a narrativa. Há quem já aposte no filme como franco favorito para o próximo Oscar. Se isso se confirmar, será a resposta mais eloquente do mundo do cinema ao protonazismo do governo Trump".

O comentário é de José Geraldo Couto, crítico de cinema, publicado por Blog do Cinema do IMS, e reproduzida por Outras Palavras, 02-10-2025.

Eis o comentário.

“Este é tempo de partido,/ tempo de homens partidos.” Os versos de Carlos Drummond de Andrade poderiam servir de epígrafe a Uma batalha após a outra, o filme de Paul Thomas Anderson que está sendo apontado com razão como um dos melhores do ano.

A história da humanidade sempre foi feita de conflitos – entre tribos, nações, classes sociais, etnias, religiões. Em nosso tempo, todos esses embates se entrelaçam e se retroalimentam, criando uma atmosfera permanente de tensão. É esse espírito do tempo que, a meu ver, torna Uma batalha… tão poderoso e atual.

Repressão e resistência

Para criá-lo, Paul Thomas Anderson se inspirou em Vineland, o caudaloso romance publicado por Thomas Pynchon em 1990. Mas, se o livro era ambientado em 1984, no segundo governo Reagan, e centrado na famigerada “guerra às drogas”, o filme desloca o foco principal para a guerra aos imigrantes, grande bandeira da extrema-direita mundial. Melhor dizendo: para a resistência a essa tendência xenofóbica e fascistoide.

No centro do drama há um triângulo erótico instável, para não dizer explosivo: a guerrilheira negra Perfidia Beverly Hills (Teyana Taylor), seu companheiro de lutas Bob Ferguson (Leonardo DiCaprio) e o coronel Steven Lockjaw (Sean Penn), agente da repressão aos imigrantes ilegais.

A narrativa se desenvolve, grosso modo, em dois tempos. O primeiro narra a libertação armada de um campo de detenção de imigrantes e a repressão que ela desencadeou. A segunda se passa dezesseis anos depois, quando o grupo guerrilheiro sobrevive disperso, na clandestinidade. Nesse meio-tempo nasceu e cresceu Willa (Chase Infiniti), filha de Perfidia. Não convém antecipar aqui quem é o pai. O fato é que ela foi criada por Bob.

Mistura de gêneros

À parte a infinidade de temas contemporâneos aflorados no filme – da imigração aos conflitos raciais, da proliferação das armas ao ressurgimento de grupos supremacistas (a Ku Klux Klan agora como um clube de ricos engravatados) –, importa destacar o vigor e a fluência com que Paul Thomas Anderson transita entre os gêneros clássicos: thriller político, comédia, suspense, drama familiar e até mesmo o western.

Em seus melhores momentos, o filme parece combinar a dimensão épica de um Coppola com a energia narrativa de um Scorsese e o humor sangrento de um Tarantino. É, nesse sentido, um filme americano até a medula. Seu senso do ritmo é tão certeiro que as quase três horas de exibição transcorrem sem nenhum momento de tédio ou frouxidão.

Entre os inúmeros achados visuais notáveis está a cena em que uma Pefidia grávida, de barrigão à mostra, dispara uma metralhadora contra inimigos imaginários, num treinamento de guerrilha. É uma imagem tão sintética e poderosa quanto a da guerrilheira Ci (Dina Sfat), com sangue no rosto, empunhando duas metralhadoras, por falta de uma, no Macunaíma de Joaquim Pedro de Andrade.

Outro momento de irresistível força cinematográfica é a perseguição entre três carros numa estrada solitária no deserto, com suas íngremes descidas e subidas. O enquadramento adotado, com a câmera próxima ao asfalto, não apenas intensifica o suspense (o que virá depois de cada pico vertiginoso da estrada?) como também cria um efeito sensorial de montanha-russa. Eis o sortilégio de certo cinema: abordar os temas mais graves e candentes sem deixar de ser uma atração de feira, de parque de diversões.

Política, sexo e violência

Cabe destacar ainda a criação de personagens singulares, um tanto excêntricos (virtude habitual de Paul Thomas Anderson), perfeitamente caracterizados por seus intérpretes: DiCaprio como o junkie avoado que oscila entre o ímpeto revolucionário e a letargia; Sean Penn como o militar durão que combate os negros, mas tem tara pelas negras; Benicio Del Toro como um mestre chicano de artes marciais que combina a serenidade zen e o pragmatismo dos sobreviventes. E uma galeria de mulheres fortes, sobretudo negras, com seus nomes significativos: Perfidia Beverly Hills, Junglepussy (Shayna McHayle), Mae West (Alana Haim), Deandra (Regina Hall).

Política, sexo e violência aparecem imbricados do início ao fim, de maneiras diversas. Um tom de desafio e insubordinação permeia toda a narrativa. Há quem já aposte no filme como franco favorito para o próximo Oscar. Se isso se confirmar, será a resposta mais eloquente do mundo do cinema ao protonazismo do governo Trump.

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