A Casa Branca divulga uma foto do telefonema de desculpas de Netanyahu ao sheik do Catar

Foto: Daniel Torok/Casa Branca/Flickr

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02 Outubro 2025

A conversa com al-Thani solicitada após o ataque de 9 de setembro em Doha contra a liderança do Hamas.

A reportagem é de Gabriella Colarusso, publicada por La Repubblica, 01-10-2025.

A Casa Branca esperou algumas horas antes de divulgar as fotos cuidadosamente encenadas: o presidente dos EUA, Donald Trump, sentado com a testa franzida ao lado do primeiro-ministro israelense, que fala ao telefone com o sheik Mohammed bin Abdulrahman Al Thani. Este é o momento em que Benjamin Netanyahu pede desculpas ao governante do Catar pelo ataque militar israelense a Doha em 9 de setembro, que teve como alvo a liderança do Hamas no exterior. O atentado matou cinco pessoas, incluindo um oficial de segurança do Catar.

O presidente Donald Trump lidera uma ligação telefônica trilateral com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o primeiro-ministro do Catar Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, discutindo o plano de paz dos EUA para Gaza, segunda-feira, 29-09-2025, no Salão Oval (Foto: Casa Branca | Daniel Torok | Flickr CC)

O sheik exigiu um pedido público de desculpas do primeiro-ministro israelense, que recebeu, mas também recebeu algo mais em troca. Trump assinou um decreto concedendo ao seu aliado do Golfo um Artigo 5 de fato da OTAN: os Estados Unidos se comprometem a garantir a segurança do Catar contra qualquer ataque ao território ou à soberania do emirado, o que também será considerado uma ameaça à segurança americana. Um acordo desse tipo entre os EUA e um país árabe é inédito e um paradoxo para Netanyahu, que buscava fortalecer a aliança de defesa com Washington com um acordo semelhante.

O ataque a Doha, no entanto, saiu pela culatra para o primeiro-ministro israelense: não só não conseguiu eliminar a liderança do Hamas no exterior, como também endureceu a posição do sheik, um valioso aliado dos americanos no Golfo e amigo próximo de Trump, a quem ele até presenteou com um Boeing particular. Doha abriga a principal base americana no Golfo, al-Udeid, e atua como mediadora em diversas questões internacionais.

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