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"Israel está mais unido do que parece, isso fica evidente no consenso à extrema-direita". Entrevista com Gideon Levy

Foto: RS/Fotos Públicas

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30 Setembro 2025

Um dos jornalistas mais renomados de Israel, editorialista do Haaretz, há décadas empenhado em mostrar a questão palestina dentro de Israel, Gideon Levy recebeu o Prêmio Kapuscinski em Roma, no Festival de Literatura de Viagem. Nós o entrevistamos partindo de seu último livro publicado na Itália, "Killing Gaza" (Meltemi, 332 páginas).

A entrevista com Gideon Levy é de Chiara Cruciatidi, publicada por il Manifesto, de 28-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Num editorial de 08-10-2023, apesar do choque e da dor, você apontou a responsabilidade de Israel na opressão de outro povo, quase surpreso pelo espanto da sociedade israelense. Desde quando os israelenses pararam de enxergar os palestinos?

Desde o início do sionismo, que nunca quis construir nada em conjunto, os israelenses nunca enxergaram os palestinos como seres humanos iguais, mas como seres a serem substituídos, a serem expulsos. No início da década de 1920, os pioneiros falavam abertamente de conquista do trabalho, isto é, de tirar os empregos dos palestinos e tomá-los. A desumanização dos palestinos existe há décadas; o 7 de outubro apenas intensificou tudo, e Israel se manifestou abertamente. A maioria dos israelenses acredita que Israel tem o direito de fazer o que quiser e que não existem palestinos inocentes. Sente que tem não apenas o direito, mas também o dever de realizar um genocídio e uma limpeza étnica.

Em fevereiro de 2024, participei da Marcha da Vitória, da extrema-direita, em Jerusalém. Naquela praça, um homem me disse uma frase esclarecedora, que encontrei em seu livro: "Nossas ideias se tornaram mainstream". É isso mesmo?

Infelizmente, essa é uma visão compartilhada. Há uma oposição dentro de Israel, mas está ligada aos reféns e à substituição de Netanyahu, não ao genocídio. A maioria dos que protestam pelos reféns acredita que Israel pode fazer o que quiser em Gaza. Israel é muito mais unido do que parece à primeira vista: quando se trata de questões-chave, realmente se vê quanto consenso hoje a extrema-direita desfruta e quanto o 7 de outubro é percebido como uma oportunidade a ser aproveitada. Isso não significa que todos os israelenses sejam loucos fascistas, mas que a maioria sente uma indiferença doentia pelo que está acontecendo em Gaza.

Em um artigo sobre o esfacelamento da chamada frente pacifista, você escreve que a esquerda desmorona diante de cada crise. Pode explicar?

Essa dinâmica também começou antes do 7 de outubro. A esquerda sionista não tem nenhum plano nem liderança, quer tudo: quer continuar a ocupação, mas torná-la liberal, humana; quer um Estado judeu, mas também democrático; quer um Estado sionista, mas também a igualdade. Não tem objetivos claros. Por exemplo, todos os partidos de esquerda são contra a iniciativa francesa de reconhecimento do Estado da Palestina. Então, o que vocês querem? É por isso que estão desaparecendo, e não existe um campo pacifista, exceto por meia dúzia de grupos radicais, infelizmente marginais.

Já antes de 7 de outubro, falava-se de uma emigração significativa de Israel, especialmente de pessoas que chamaríamos de liberais. Você vê algum perigo nessas saídas? Em que tipo de sociedade espera viver nos próximos anos?

Há uma tendência muito clara: Israel está se deslocando cada vez mais para posições fundamentalistas, nacionalistas e racistas. É um problema se dezenas de milhares de pessoas de esquerda ou jovens irem embora, mas o que mais me preocupa é a maioria que se encaminha para a escuridão. Não importa quantos deixem Israel, este país de qualquer forma está perdendo todo tipo de espírito liberal. Daqui a dez, vinte anos, será um lugar muito desagradável para se viver.

Em artigos dos anos anteriores a 2023, você fala sobre seus dias em Gaza, as amizades e a atmosfera que o acolheu. A ocupação nunca desapareceu, mas pode-se dizer que piorou depois do Muro na Cisjordânia e do cerco a Gaza?

Definitivamente piorou, é catastrófica. Tenho amigos em Gaza que sentem saudades dos dias em que tinham empregos em Israel; dizem que aqueles eram os dias mais felizes. Limpavam ruas, trabalhavam em canteiros de obras, faziam trabalhos difíceis, em condições terríveis, mas podiam se movimentar livremente, recebiam um salário, sustentavam suas famílias. Um paraíso comparado aos dias de hoje. A ocupação está em constante mudança, e hoje vemos sua fase mais bárbara: agora é genocídio. E na Cisjordânia, a situação se torna mais terrível a cada dia; os pogroms de colonos são um fenômeno diário. As pessoas vivem no terror. Toda ocupação se torna pior com o tempo, e é por isso que quem fala de uma ocupação "liberal" se engana. É um ciclo: cada ocupação gera resistência, a resistência torna a ocupação mais cruel e a resistência se torna mais cruel.

Entre os objetivos oficiais da liderança israelense está a libertação de reféns e a destruição do Hamas, mas muitos observadores — o último: a Comissão de Inquérito da ONU — os veem como objetivos de fachada. O verdadeiro objetivo é a limpeza étnica.

Não é preciso ser um crítico do governo israelense; basta ouvir suas palavras. O plano é muito claro: empurrar a população de Gaza para campos de concentração no sul e então "oferecer-lhes" a escolha: ficar na jaula ou deixar Gaza. Isso é limpeza étnica. Da mesma forma, os assassinatos em massa, a destruição sistemática e a eliminação de bairros inteiros servem para tornar aquela terra inabitável. O governo demonstra em suas ações e declarações que está cometendo um genocídio planejado.

No livro, afirma que, sem uma pressão internacional, uma intervenção externa, Israel nunca acabará com a ocupação e o apartheid. Como avalia as intervenções mais recentes, dos reconhecimentos do Estado da Palestina às tentativas, até agora inúteis, da UE de impor sanções parciais? Por que o Ocidente é incapaz de intervir com força?

É uma combinação de razões que têm suas origens no passado e que ainda estão presentes na relação entre a Europa e Israel. De um lado, ainda existe um sentimento de culpa entre os europeus, e Israel manipula esse sentimento. Pelo outro, há o receio de Donald Trump: a Europa é totalmente passiva e sabe que, se pressionar demais Israel, sofrerá consequências. É um comportamento patético, vergonhoso. Agora, alguns estão falando em reconhecer a Palestina, mas isso não promove um Estado, não impede a guerra em Gaza. As pessoas estão sendo massacradas, e eles reconhecem o Estado. A Europa não está dando nenhuma contribuição para o fim do genocídio.

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