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Cimi investiga a presença de parentes do ‘Índio do Buraco’, em Rondônia

Registro de Tanaru no filme “Corumbiara” (2009). Foto: Vincent Carelli/Filme ‘Corumbiara’ Crédito: filme "Corumbiara", Vicent Carelli

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19 Setembro 2025

A InfoAmazonia entrevistou a família de Mercedes Guaratira, matriarca que morreu em 2015, deixou seis filhos e passou a vida toda afirmando ter nascido no rio Tanaru. Conselho Indigenista Missionário afirma que os Guaratira são, na verdade, Tanaru, cuja linhagem histórica se perdeu.

A reportagem é de Jullie Pereira, publicada por InfoAmazônia, 18-09-2025.

Indigenistas do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirmam que o “Índio do Buraco” não foi o último do povo Tanaru, de Rondônia. O indígena, que morreu em agosto de 2022, era conhecido por ser o último sobrevivente da etnia, dizimada por uma série de violências que acompanharam a colonização de Rondônia na segunda metade do século XX. Ele recebeu esse nome por cavar grandes buracos, do tamanho de uma pessoa, nas palhoças que construía.

O Cimi atua na região há mais de 30 anos. Após a morte do “Índio do Buraco”, a organização acendeu um alerta e passou a investigar a possibilidade de contato direto dos Tanaru com outro povo: os Guaratira. A iniciativa foi motivada por relatos de uma família indígena de Rondônia sobre a matriarca Mercedes Guaratira, que viveu por mais de 90 anos e contava a história de como nasceu e precisou fugir do território onde viveu o “Índio do Buraco”.

Agora, os indigenistas estão em uma expedição visitando comunidades para escrever um relatório. O documento será composto por relatos e fotos, e será enviado para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e para o Ministério dos Povos Indígenas (MPI). O Cimi afirma que o povo Guaratira é, na verdade, o povo Tanaru, cuja linhagem histórica se perdeu.

“A Funai tem que reconhecer esse equívoco histórico. Aqui, nesse caso, reconhecer esse erro histórico nem precisaria de estudo antropológico. Era só acreditar naquilo que os filhos da dona Mercedes, os descendentes do povo, estão falando”, diz a antropóloga do Cimi, Laura Vicuña Pereira Manso.

A reportagem procurou a Funai e o MPI e questionou se os órgãos conhecem a história da família que alega ser do povo Tanaru. Até a publicação desta reportagem, não havia recebido uma resposta a essa pergunta.

A InfoAmazonia também questionou os dois órgãos sobre qual o processo oficial de reconhecimento desse povo. Ambos enviaram uma nota publicada pela Funai em junho deste ano, informando que o reconhecimento étnico não é uma responsabilidade do Estado. O texto também explica que existem dois documentos usados para fazer o reconhecimento: a autodeclaração, feita pelo indígena, e uma declaração da comunidade a qual pertence.

“A exigência do reconhecimento estatal como requisito para o acesso a direitos configura-se como uma barreira institucional para o exercício da cidadania e confunde-se com a antiga política tutelar não recepcionada pela Constituição Federal de 1988. O texto constitucional trouxe um novo entendimento sobre os processos individuais e sociais a respeito da construção e formação de identidades étnicas ou de pertencimento de povos, reforçando a autonomia das comunidades indígenas”, diz a nota.

A história de Mercedes

Mercedes teve seis filhos e faleceu em 2015. Sua filha, Rosalina Guaratira Sakyrabiar, conta que a mãe nasceu à beira do rio Tanaru, na bacia do rio Madeira, e foi oficialmente reconhecida como do povo Guaratira do rio Tanaru, etnia que habita a região. A Terra Indígena (TI) Tanaru recebeu esse nome em homenagem a esse rio.

Depois que saiu do território, segundo relatos da família, Mercedes se casou com um indígena da etnia Sakyrabiar, que vive na TI Rio Mequéns. Rosalina diz que a mãe se considerava parente do “Índio do Buraco”, e que o seu sonho era retornar à sua terra.

“Ela contou como era onde morava. Que era Tanaru. O lugar lá onde ela veio. Não foi que ela quis vir. Foi por causa do massacre que aconteceu lá. Muitas doenças também. Eles [Tanaru] foram se apartando. Muitos fugiram, se espalharam”, explica.

Segundo Rosalina, a mãe dizia que a família costumava fazer buracos no chão, assim como o “Índio do buraco”. “Ela me contava tudo, contava que os parentes faziam os buracos, onde escondiam as crianças e as mulheres. Porque não podiam ficar assim, sozinhos. Contava que [os brancos] era um povo bravo, que queria matar ”.

“Por causa da doença, por causa do pessoal branco que estava levando meninos e mulheres. Eles [Tanaru] tinham medo e largaram tudo. Não era o que eles queriam. Muitos morreram e muitos sumiram no mato. Ela falou pra mim”, conta Rosalina, sobre o que a mãe dizia para ela.

O desejo de Rosalina, agora, é ser reconhecida como descendente de Tanaru e realizar a vontade da mãe de voltar ao território. Ela avalia que, para isso, precisaria de ajuda das autoridades. “Ela sempre teve um desejo em vida, que era o de voltar lá no Tanaru”, afirma.

Além dos relatos, os indigenistas do Cimi estão interessados em comparar as características da família com o que já se sabe sobre o “Índio do Buraco”. “Nós estivemos com dois irmãos da dona Rosalina, conversando. Um deles, se você colocar a foto do Índio [do Buraco] com ele, você vai ver muitas, muitas semelhanças físicas”, afirma a antropóloga Laura Vicuña Pereira Manso.

O frei Volmir Bavaresco, indigenista do Cimi que atua na Amazônia há 40 anos, conheceu Mercedes e participa da composição do relatório que será enviado à Funai. “Sempre a vó [Mercedes] falava isso, ‘eu não sou daqui’, ‘eu não sou desse povo’, ‘eu nasci no Tanaru’. Então, para mim isso é claro. Eu ficava na casa deles, a gente sentava ao redor dela e ela conversava. O que a gente sabe é que a Funai está negando muito a identidade de vários povos e esse é mais um”, diz Volmir.

Além dessa família, os indigenistas também estão em busca de investigar outras histórias. A reportagem obteve, de forma exclusiva, a certidão de registro de uma outra mulher, nascida em 1915, que recebeu o nome Tanaru, mas viveu fora do território. Eles estão em busca de saber se ela teve filhos, em quais comunidades viveu e relatos do seu passado.

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