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O assassinato de Kirk e a perversa alternativa do Ocidente. Artigo de Giuseppe Savagnone

Foto: Gage Skidmore/Flickr

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16 Setembro 2025

"O assassinato de Charlie Kirk, por sua violência, é certamente o sintoma alarmante de uma crise da civilização e da democracia do Ocidente. Mas talvez ainda mais grave, porque mais profunda e menos percebida pela opinião pública e pelos observadores, é a redução de direita e esquerda – nos Estados Unidos e entre nós – a essa perversa alternativa, que exclui não apenas o evangelho, mas a nossa própria humanidade."

O artigo é de Giuseppe Savagnone, diretor do Escritório para a Pastoral da Cultura da Arquidiocese de Palermo, Itália, publicado por Settimana News, 13-09-2025. 

Eis o artigo. 

A morte de um ser humano é sempre uma tragédia, sobretudo se se trata de um jovem de 31 anos com uma esposa graciosa e dois filhos. Mas o brutal assassinato de Charlie Kirk assume um significado particularmente dramático aos olhos de quem tem a democracia no coração, porque é o indício de um clima exasperado de conflitividade que a envenena, e não apenas nos Estados Unidos.

Por essa razão, parece apropriado o comentário do nosso ministro das Relações Exteriores, Tajani: A violência verbal e a criminalização do pensamento alheio podem acender pensamentos lúgubres em mentes doentes que, sob o signo do ódio, podem cometer atos criminosos como aqueles que provocaram a morte do blogueiro americano Charlie Kirk. Quem pensa diferente de nós nunca é um inimigo, mas um adversário com quem nos confrontamos.

Um ato de violência que fere a democracia

Kirk foi morto enquanto dialogava com os estudantes de um campus universitário, dando continuidade à missão à qual se havia consagrado com grande sucesso: questionar a cultura woke dominante, muitas vezes em formas intolerantes, nas universidades americanas. Era um homem muito próximo de Donald Trump e constituía quase uma correia de transmissão entre o Tycoon e o mundo juvenil.

Mas isso não justifica as acusações histéricas que foram imediatamente dirigidas à esquerda por políticos e jornalistas da direita. Como aquelas gritadas no Capitólio, aos democratas presentes, pela deputada republicana Anna Paulina Luna, segundo a qual foram eles que causaram tudo isso. Outros foram ainda mais longe. Jesse Watters, apresentador da Fox News (emissora muito próxima de Trump), declarou: Vingaremos a morte de Charlie da maneira como ele gostaria. E o jornalista Matt Forney chegou a escrever: É hora de uma repressão total contra a esquerda. Todo político democrata deve ser preso e o partido deve ser banido.

Na realidade, os expoentes democratas foram unânimes em condenar o homicídio. Não há lugar em nosso país para esse tipo de violência. Deve cessar imediatamente, declarou o ex-presidente democrata Joe Biden no X. E na mesma linha se pronunciaram todos os outros líderes da oposição.

Mas quem pareceu não levar isso em conta foi, sobretudo, Trump. O presidente definiu Kirk como uma vítima da retórica da esquerda radical, que há anos compara americanos maravilhosos como Charlie aos piores criminosos da história, criando um clima de ódio: Essa retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo no país e deve cessar agora.

Trump também evocou a liberdade de pensamento e de expressão: A violência e o homicídio, disse ele, são as trágicas consequências da demonização daqueles com quem não se concorda, acusando mais uma vez a esquerda radical de incitar ao ódio e ao caos.

Não se pode evitar a impressão de que o chefe da Casa Branca esteja aproveitando o assassinato de Kirk para reafirmar e fortalecer sua política de militarização do país, já em curso com o deslocamento da Guarda Nacional para as principais cidades americanas, na maioria administradas pelos democratas. Uma política justificada pelo presidente como necessária para combater um suposto aumento da criminalidade, desmentido, no entanto, de forma categórica pelas estatísticas, que indicam, ao contrário, uma redução.

Além disso, Trump, ao lembrar casos anteriores de violência política, não disse uma palavra justamente sobre o mais grave e recente desses episódios, o assassinato, no último mês de junho, de Melissa Hortman, figura de destaque do Partido Democrata em Minnesota, encontrada morta com o marido em sua residência.

Segundo as primeiras investigações, um homem armado, disfarçado de policial, teria cometido aquilo que o governador de Minnesota, Tim Walz, definiu como um homicídio político deliberado, que, porém, teve na mídia e na opinião pública uma repercussão imensamente inferior à de Kirk e agora não foi sequer mencionado na reconstrução de Trump.

A gratidão a Deus do deputado Bignami

Também na Itália – país agora estreitamente ligado aos Estados Unidos pela sintonia entre Trump e nossa primeira-ministra – o assassinato de Kirk desencadeou uma campanha de demonização dos expoentes da esquerda. O líder da bancada do FdI, Galeazzo Bignami, nessa ocasião, os definiu como impregnados de ódio, rancor e ressentimento. Agradeço a Deus por não ter me criado como eles.

Morto à direita, festa à esquerda, é o título de Libero. Na primeira página, o jornal traz também uma imagem, publicada nas redes sociais, em que Kirk é representado de cabeça para baixo, com a inscrição -1 sobreposta. E Il Giornale, sob o título Mataram a liberdade de expressão, escreve: A esquerda justifica o assassino. Meloni: não nos intimidam.

Na realidade, os comentários da esquerda política foram unânimes em condenar de forma contundente. Que sirva de exemplo o de Elly Schlein: O assassinato de Charlie Kirk é dramático e chocante. Em uma democracia não pode e não deve haver espaço para a violência política, que deve ser sempre condenada de forma clara, independentemente das ideias de quem a comete.

O principal alvo das acusações da direita, porém, foram os intelectuais, em particular Roberto Saviano, que comparou o assassinato de Charlie Kirk ao incêndio do Reichstag, em 1933, instrumentalizado por Hitler para proclamar o estado de emergência e reprimir os direitos civis, abrindo o caminho para a ditadura nazista. Preocupação legítima, à luz do que vimos antes. Mas – sublinhou imediatamente o escritor – palavras são palavras e violência é violência (...). Não existem homicídios que defendem ideias: o sangue derramado enfraquece sempre a democracia. Precisão que, de fato, desmente de modo inequívoco a tese de sua suposta conivência com o ocorrido. Para alívio de Meloni, ao que parece ninguém quer intimidá-la.

Se de violência se deve falar…

Retorna a pergunta: mas é realmente a esquerda – ou, pelo menos, apenas a esquerda – a responsável pelo clima de violência que transformou a democracia-símbolo do Ocidente em um barril de pólvora – segundo a definição de Robert Pape, professor de Ciências Políticas da Universidade de Chicago –, levando-a ao que Newt Gingrich, ex-presidente republicano da Câmara, chamou de guerra civil cultural?

Talvez, se falamos de violência, deveríamos considerar o papel que, em seus efeitos muitas vezes dramáticos, tem o livre comércio de armas, garantido pela Segunda Emenda da Constituição americana, fortemente apoiado pelas indústrias bélicas e defendido ferrenhamente pelos republicanos contra a esquerda democrática.

Não deixa de impressionar, a esse respeito, que o próprio Charlie Kirk tenha sustentado, pouco antes de seu assassinato, que algumas mortes causadas por armas de fogo são um custo aceitável a pagar para poder manter a Segunda Emenda.

Mas, sobretudo, é inevitável comparar as palavras de Trump, sobre a violência da linguagem e a demonização dos adversários políticos, com seu estilo habitual. A começar pelo ameaçador aviso lançado, já antes de sua reeleição, em 17 de março de 2024, no palco de Ohio: Se eu perder, será um banho de sangue.

Para continuar com as promessas de vingança e punição de seus inimigos, repetidas várias vezes durante as últimas semanas da campanha eleitoral, com o juramento de extirpar o inimigo interno, precisando que chegaria até a usar o exército para caçar seus adversários políticos. E cumpriu a palavra. Já mencionamos o uso desproporcional e alarmante do exército. Mas é todo o comportamento do novo presidente que confirma suas ameaças.

Estamos certamente assistindo a uma onda de vingança por parte de Trump que nunca vimos antes, constatou um observador. Indo muito além do uso fisiológico do spoils system, ele expurgou o governo federal e o exército, cortou verbas para universidades, meios de comunicação, instituições culturais e até equipes esportivas. Insultou publicamente seu predecessor imediato, Biden e, em julho, em um post em sua rede Social Truth, compartilhou um vídeo gerado por inteligência artificial no qual o outro presidente democrata, Barack Obama, era mostrado algemado por agentes do FBI e arrastado para fora do Salão Oval.

Sem falar da prometida campanha de deportação de onze milhões de latinos imigrantes (em grande parte já inseridos na sociedade americana), alvo de uma verdadeira caçada pelas ruas, da qual o Tycoon às vezes fazia questão de exibir imagens, postando-as com satisfação, mostrando grupos deles acorrentados e de joelhos.

A crise mais profunda

A essa causa Charlie Kirk consagrou sem reservas suas grandes qualidades de intelectual e comunicador, defendendo-a com eficácia em inúmeros debates. E apoiando, assim, também as escolhas do presidente americano em política externa, a começar pelo apoio incondicional a Israel no que muitos, inclusive judeus israelenses, já chamam de genocídio.

Daí as dolorosas condolências do primeiro-ministro Netanyahu, que declarou: Charlie Kirk foi assassinado por dizer a verdade e defender a liberdade. Um amigo corajoso de Israel, ele combateu as mentiras e se ergueu em defesa da civilização judaico-cristã. Condolências às quais se juntou o ministro extremista Ben Gvir, que comentou: A conluio entre a esquerda global e o Islã radical é o maior perigo para a humanidade hoje.

Talvez seja justamente nesses últimos pontos a chave para entender a posição de Charlie Kirk. Como sublinhou Antonio Socci, no Libero, em um editorial intitulado A lição cristã do trumpista assassinado, Kirk era um devoto cristão evangélico. É sabido que as seitas evangélicas estão entre as principais apoiadoras de Trump, que veem nele a única alternativa à cultura woke, apoiada por muitos democratas, e à crescente influência do islã por meio dos movimentos migratórios. Também muitos católicos – emblemático o caso do vice-presidente Vance – alinharam-se ao seu lado.

Não é por acaso que as duas vitórias eleitorais de Trump foram obtidas contra Hillary Clinton e Kamala Harris, ambas explícitas e ferrenhas defensoras da total liberalização do aborto, em linha com a cultura absolutizada dos direitos e em radical contraste com a visão cristã da pessoa.

Infelizmente, por mais distante que seja do evangelho a visão individualista e libertária da esquerda, nada pode autorizar a definir a de Kirk, para usar as palavras de Socci, uma lição cristã. Assim como não o é a de políticos que também na Itália gostam de brandir o evangelho e exibir sua adesão à perspectiva católica.

Questionado por jornalistas, na véspera das últimas eleições americanas, sobre qual dos dois candidatos preferia, o papa Francisco respondeu simplesmente: Ambos são contra a vida, seja aquele que joga fora os migrantes, seja aquele que mata as crianças. Sem falar das pobres vítimas de Gaza…

O assassinato de Charlie Kirk, por sua violência, é certamente o sintoma alarmante de uma crise da civilização e da democracia do Ocidente. Mas talvez ainda mais grave, porque mais profunda e menos percebida pela opinião pública e pelos observadores, é a redução de direita e esquerda – nos Estados Unidos e entre nós – a essa perversa alternativa, que exclui não apenas o evangelho, mas a nossa própria humanidade.

Leia mais

  • Quem é Charlie Kirk, o ativista ultraconservador assassinado em Utah que mobilizou eleitores jovens?
  • O assassinato do ativista de Trump, Charlie Kirk, levanta o espectro da violência política nos Estados Unidos
  • O Projeto 2025 e as ambições da ultradireita nos EUA. Artigo de Rudá Ricci
  • Guerras, desastres climáticos e tecnomilionários: 2025 inaugura uma nova ordem mundial
  • MAGA: como o tiro de Trump sai pela culatra. Artigo de Timothy Hopper
  • Os primeiros seis meses de Trump e a crise do poder presidencial
  • Trump e os sintomas de uma iminente crise institucional. Entrevista especial com Flávio Limoncic
  • “Donald Trump é o sintoma mórbido de um país que está para repetir a sua guerra civil”. Entrevista com Sylvie Laurent
  • “Trump quer que todos se curvem à sua vontade imperial”. Entrevista com Larry Diamond, sociólogo
  • Autoritarismo em expansão para disciplinar a sociedade. Artigo de Julio C. Gambina
  • "Trump não é detido pela lei, mas pela política". Entrevista com Michael J. Sandel
  • “Trump se torna um epicentro para a organização da extrema direita global”, afirma cientista político
  • A extrema direita se apoderou dos jovens? Artigo de Moisés Mendes
  • Por que cada vez menos jovens acreditam na democracia. Artigo de Oriol Bartomeus
  • “Os movimentos mais críticos e anticapitalistas não nascem da relação salarial”. Entrevista com Raúl Zibechi

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