06 Setembro 2025
As mulheres estão sub-representadas no comando de editorias de alto padrão de jornais, segundo pesquisa periódica do Reuters Institute, que analisou 240 grandes veículos de notícias on-line e off-line de 12 países, inclusive o Brasil. Apenas 2% dos 171 editores das 240 marcas analisadas são mulheres, embora elas somem, em média, 40% das redações.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A percentagem de mulheres em cargos de editoras de alto escalão varia de mercado a mercado. Elas são 7% na Coreia do Sul, mas 46% no Reino Unido, o maior percentual, acima, inclusive, dos Estados Unidos (38%). Nos dez mercados onde o Instituto da Reuters coletou dados também no passado, ficou constatado que a participação das mulheres em mandos de alto escalão em editorias passou de 23% em 2020 para 28% em 2025. No Brasil, esse percentual caiu de 22% para 21%!
Os 12 mercados pesquisados na edição deste ano foram: Quênia e África do Sul (38%), no continente africano; Hong Kong, Japão e Coreia do Sul (7%), na Ásia; Finlândia (36%), Alemanha, Espanha e Reino Unido na Europa; México e Estados Unidos na América do Norte; Brasil, na América do Sul. Em cada mercado o Instituto se focou nas dez principais marcas de notícias offline (TV, mídia impressa e rádio) e nas dez principais marcas de notícias online, de uso semanal. Das 240 marcas pesquisadas, 227 passaram pela mesma análise no ano passado.
O Instituto dá continuidade a um trabalho de coleta iniciado em 2020, focado na análise de diversidade de gênero nos níveis mais altos das editorias das redações de mídia. Os dados foram coletados no final de
janeiro e início de fevereiro de 2025. A pesquisa foi conduzida por Amy Ross Arguedas e Mitali Mukherjee, ambas do Instituto Reuters, e pelo professor Rasmus Kleis Nielsen, do Departamento de Comunicação da Universidade de Copenhague.
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