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30 Julho 2025

Caiu a máscara. Estão num beco sem saída: ou apoiam Donald Trump contra a economia brasileira, ou apoiam o Brasil contra o Donald Trump que sempre apoiaram. Vide o boné trompista “Make America Great Again” usado por lideranças bolsonaristas, como o governador de São Paulo.

O artigo é de Liszt Vieira publicado por A Terra é Redonda, 29-07-2025. 

Liszt Vieira é professor de sociologia aposentado da PUC-Rio. Foi deputado (PT-RJ) e coordenador do Fórum Global da Conferência Rio 92. Autor, entre outros livros, de A democracia reage (Garamond).

Eis o artigo.

Trump negocia como sempre: coloca um elefante na sala e sai com um bode. A Europa cedeu, mas o preço foi alto — soberania em troca de alívio imediato. Agora, o Brasil é o alvo, e o jogo é o mesmo: ameaça, barganha e um rastro de dependência. Resta saber qual será o tamanho do bode que sobrará desta vez.

1.

Segundo o jornal Le Monde, de 27 de julho de 2025, a União Europeia garantiu vitória política a Donald Trump para evitar caos comercial. Ursula von der Leyen e Donald Trump anunciaram em 27 de julho, que haviam chegado a um acordo que impõe tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos europeus importados pelos Estados Unidos. Os países da União Europeia também se comprometeram a comprar mais petróleo e gás americanos e a investir nos EUA.

Para a União Europeia, Donald Trump anunciou uma taxa de 30%, e acabou fechando acordo com 15%. Essa é a estratégia comercial de Donald Trump. Coloca o elefante na sala, negocia, tira o elefante e deixa um bode que antes não existia. Vejamos outros exemplos:

Japão: a taxação dos carros japoneses passaria de 25 a 15%. Indonésia: a taxa de importação inicialmente fixada em 32%, passaria para 19%. / Vietnã: a taxa passaria de 46% para 20%, / Filipinas: de 20% para 19% / China: negociação em curso (O Globo, 28/7/2025).

Trata-se de uma barganha perigosa, porque não leva em conta as consequências na consciência política da nação. A médio ou longo prazo, provavelmente haverá retaliação. É bom não esquecer um ditado indígena: Quanto maior a árvore, maior a queda.

Esse acordo da União Europeia com os EUA foi amplamente rejeitado na França por lideranças políticas de diversas correntes. O Primeiro-ministro da França, François Bayrou, criticou o acordo UE-EUA: “um dia sombrio de submissão”. Para ele, o pacto entre Donald Trump e Von der Leyen afronta valores da Europa e impõe condições inaceitáveis aos países do bloco.

Dominique de Villepin, ex-primeiro-ministro francês, criticou o acordo da União Europeia com os EUA que considerou uma “Declaração de Dependência”. Denunciou o tratado como injusto, desequilibrado e prejudicial à soberania energética e econômica da União Europeia. Segundo ele, trata-se de “um tratado desigual, onde um paga tarifas alfandegárias de 15%, mas o outro nenhuma. Como não chamar isso de tributo?”

Conforme publicado na imprensa europeia (Le Monde, Libération, The Guardian, BBC, El País e outros jornais), houve ampla rejeição a esse acordo. A esquerda francesa falou em “vergonha” e “rendição”. O fundador da legenda de esquerda La France Insoumise (LFI), Jean-Luc Mélenchon, afirmou que tudo foi cedido a Donald Trump, e as regras do jogo estabelecidas ao longo de 75 anos de relações bilaterais foram alteradas. Entre os socialistas moderados também houve indignação. O eurodeputado Pierre Jouvet classificou o entendimento como “um pacto de vassalagem para a Europa”, uma “capitulação diante da pressão americana”.

De um modo geral, os líderes políticos e empresariais europeus criticaram o acordo União Europeia e EUA. A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, afirmou que o acordo representa um “fiasco político, econômico e moral”. Viktor Orban, primeiro-ministro húngaro, de extrema-direita, disse que “Trump comeu Von der Leyen no café da manhã”.

O jornal francês Libération afirmou que a União Europeia, além de pagar a taxa de 15%, prometeu também financiar massivamente a economia dos EUA. Mas o chanceler alemão Friedrich Merz se disse “aliviado” e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também apoiou o acordo.

2.

O próximo capítulo terá o Brasil como protagonista. Como “um raio em céu azul”, Donald Trump lançou a ameaça de taxar os produtos brasileiros em 50% alegando déficit comercial dos EUA e perseguição a seu aliado Bolsonaro que, como ele, tentou um golpe de Estado. Como todo mundo sabia, menos Donald Trump, os EUA têm superávit comercial com o Brasil. Essa desculpa não cola. O governo americano está buscando outra justificativa jurídica.

Na realidade, a anistia a Jair Bolsonaro é uma sobremesa que, conforme o acordo, pode ser dispensada. O prato principal é a defesa das empresas americanas – daí o ataque ao Pix – e o combate ao BRICS que, a médio ou longo prazo, ameaça o dólar e, a curto prazo, ameaça os interesses econômicos das empresas norte-americanas, principalmente as big techs, que se sentem ameaçadas com qualquer regulação por parte dos governos.

Além disso, Donald Trump colocou na mesa de negociação as Terras Raras brasileiras, minerais estratégicos principalmente para a indústria de comunicação digital e Inteligência Artificial. E, como bom businessman, Donald Trump aproveita tudo para ganhar dinheiro. Pouco antes de anunciar um tarifaço, seus amigos jogam na Bolsa de Valores e ganham fortunas com o câmbio e a subida e descida das ações.

Do ponto de vista político, porém, o tarifaço é um tiro que saiu pela culatra. Os empresários da indústria, agricultura, serviços e também os sindicatos, todos serão prejudicados. Como os empresários não são burros, ficaram contra Donald Trump, deixando os bolsonaristas trumpistas sem discurso. Os que se auto proclamavam “patriotas”, em sua maioria, hoje apoiam Donald Trump contra o Brasil.

Caiu a máscara. Estão num beco sem saída: ou apoiam Donald Trump contra a economia brasileira, ou apoiam o Brasil contra o Donald Trump que sempre apoiaram. Vide o boné trompista “Make America Great Again” usado por lideranças bolsonaristas como, por exemplo, o governador de São Paulo.

3.

Lula se tornou o grande defensor da soberania nacional e da economia brasileira. Mas deve enfrentar imensas dificuldades na negociação que, de uma forma ou de outra, deverá ocorrer. Primeiro, porque Donald Trump só recuará se obtiver alguma vantagem, o que significa desvantagem para algum setor da nossa economia ou da democracia.

E qualquer concessão de Donald Trump vai acarretar apoio imediato dos setores menos prejudicados e rejeição dos mais prejudicados. O conflito será político e econômico. Provavelmente, os empresários e as lideranças políticas vão se dividir.

A reputação e popularidade de Donald Trump dentro dos EUA está se deteriorando. Já foi acusado de criminoso pela Justiça e agora foi confirmado que seu nome aparece como pedófilo no famoso caso Epstein, que fazia tráfico sexual de menores, e oferecia meninas menores de idade para pessoas famosas, entre as quais o empresário Donald Trump.

E a melhor maneira de escapar de conflitos internos é uma guerra contra um país estrangeiro. No caso, guerra comercial, sem esquecer o apoio militar dos EUA ao genocídio dos palestinos pelo Governo de Israel.

No caso do Brasil, na falta do déficit comercial, a mídia destacou o ingrediente político em defesa de Jair Bolsonaro que certamente existe, mas é secundário face ao interesse econômico de defender as empresas americanas, principalmente as big techs, de obter os minerais nas Terras Raras do Brasil e combater o BRICS, visto como ameaça ao dólar.

Embora já tenha se orgulhado de nunca ter lido um livro, Donald Trump aprendeu na prática, no mundo dos negócios, o sentido daquele ditado latino: Qui nescit dissimulare, nescit regnare (quem não sabe dissimular, não sabe reinar).

Mais cedo ou mais tarde, haverá negociação. E Donald Trump vai tirar o elefante da sala. Resta saber o tamanho do bode que vai deixar.

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