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A China continua imbatível nas exportações. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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25 Julho 2025

"Sem dúvida, a China investiu na produtividade interna, na competitividade internacional e nos crescentes superávits comerciais, que não possuem limitações no horizonte. Como mostrou Jeffrey Wu, a exportação mais importante da China hoje não é apenas um produto, mas um processo. E isto redefinirá a natureza da competição global e a geopolítica internacional."

O artigo é de José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia, em artigo publicado por EcoDebate, 23-07-2025.

Eis o artigo. 

Os Estados Unidos da América (EUA) eram o líder do comercial internacional no século XX. Mas a China assumiu a liderança no início dos anos 2000 e já caminha para exportar o dobro das exportações americanas. Nem mesmo o tarifaço de Donald Trump tem se mostrado capaz de interromper a ascensão das exportações chinesas. O Gigante Asiático não está apenas exportando mais bens e serviços, está exportando um novo modelo de produção implacavelmente eficiente, impulsionado por automação, Inteligência Artificial (IA) e pela otimização industrial orientada pelo Estado e pelo esforço coletivo.

O saldo comercial chinês de todo o ano de 2024 foi pouco menos de US$ 1 trilhão, enquanto o déficit americano superou a marca de US$ 1 trilhão pelo quarto ano consecutivo. A questão agora é saber se a comunidade internacional será capaz de absorver e conviver com o ritmo de avanço da fábrica do mundo.

O gráfico abaixo mostra o superávit comercial da China no primeiro semestre (janeiro-junho) de 2020 a 2025. Nota-se que o saldo comercial foi de US$ 168 bilhões no primeiro semestre de 2020 (durante a pandemia), chegou a US$ 380 bilhões em 2022, a US$ 438 bilhões em 2024 e deu um salto para US$ 586,5 bilhões no primeiro semestre de 2025.

Isto significa que é muito provável que a China terá um superávit superior a US$ 1 trilhão em 2025. Há 40 anos a situação era diferente. Em 1984, o Brasil exportou US$ 27 bilhões e teve um saldo comercial de US$ 12 bilhões, enquanto a China exportou US$ 26 bilhões e teve um déficit comercial de US$ 1,7 bilhões. Hoje em dia a China exporta 11 vezes mais do que o Brasil e caminha para exportações na casa de US$ 4 trilhões (quase duas vezes o tamanho do PIB brasileiro).

 

 

 

Como mostrei no artigo “Taxas de poupança e investimento da China são o triplo das registradas no Brasil”, publicado no # Colabora (Alves, 30/06/2025) o grande sucesso do desenvolvimento econômico da China decorre das altas taxas de poupança e investimento, mantidas, no longo prazo, acima de 40% do PIB. Com recursos abundantes para aumentar a produtividade da economia, a China busca liderar a aplicação tecnológica no sistema de produção para ter competitividade internacional, mesmo em um contexto do crescimento do protecionismo.

O artigo “China’s Unbeatable New Export”, publicado no Project Syndicate (WU,11/07/2025) mostra que a China não está apenas movimentando mais mercadorias, está exportando um novo modelo de produção impulsionado pela automação, IA e otimização industrial orientada pelo Estado. Essa mudança é disruptiva, deflacionária e ainda amplamente mal compreendida.

A ascensão da China como a fábrica do mundo no final do século XX foi impulsionada pela mão de obra barata e pela escala. Mas agora, a China busca alcançar uma nova forma de domínio por meio da infraestrutura inteligente. Não mais confinada a aplicativos ou chatbots, a IA foi incorporada à economia física – guiando tudo, desde braços robóticos e frotas de armazéns até linhas de produção autônomas. Por exemplo, a fábrica “lights-out” da Xiaomi em Pequim pode montar dez milhões de smartphones anualmente com intervenção humana mínima. A IA conduz uma sinfonia de sensores, máquinas e análises que formam um ciclo industrial fortemente entrelaçado, impulsionando eficiências que os fabricantes tradicionais só conseguem alcançar de forma incremental.

Esse sistema impulsionado pela tecnologia também não está confinado a uma única fábrica. O modelo de linguagem de código aberto de 671 bilhões de parâmetros da DeepSeek já está sendo implementado não apenas para codificação, mas também para otimizar a logística e a manufatura. A JD.com está reformulando suas redes de suprimentos por meio da automação. A Unitree está exportando robôs bípedes para armazéns. E a Foxconn (principal parceira de fabricação da Apple) está desenvolvendo microfábricas modulares, baseadas em IA, para reduzir sua dependência de linhas de produção estáticas.

Descartar a abordagem da China como meramente distorcida é perder o foco. O governo chinês não está apenas jogando o velho jogo do comércio com mais afinco; está mudando as regras, e não por meio de tarifas, mas por meio de uma transformação industrial. Se a última onda de globalização buscou mão de obra mais barata, a próxima buscará sistemas mais inteligentes. A inteligência não estará mais apenas na nuvem – mas em máquinas, armazéns e linhas de montagem 24 horas por dia, 7 dias por semana.

De acordo com o Instituto Australiano de Política Estratégica, um think tank independente financiado pelo Departamento de Defesa Australiano, os Estados Unidos lideravam a China em 60 das 64 tecnologias de ponta, como IA e criptografia, entre 2003 e 2007, enquanto a China liderou os Estados Unidos em apenas três. No relatório mais recente, abrangendo 2019 a 2023, as classificações foram invertidas. A China liderou em 57 das 64 tecnologias-chave, e os Estados Unidos mantiveram a liderança em apenas sete (David Autor, Gordon Hanson, NYT, 14/07/2025).

A China lidera a produção de carros elétricos com dezenas de fabricantes.

A BYD, maior fabricante chinesa, já superou a Tesla em vendas globais de veículos elétricos (EVs) em 2024, aumentando a competição em um dos principais eixos da disputa tecnológica entre China e Estados Unidos. Até poucos anos atrás, a vantagem da Tesla parecia incontestável. Mas a BYD aproveitou o período em que a rival americana se concentrou em novos mercados e em questões políticas domésticas para acelerar em inovação, cortar custos e expandir a produção. Essa trajetória reflete uma estratégia mais ampla de Pequim para garantir autossuficiência em setores críticos, em resposta a restrições e sanções impostas pelos EUA. A BYD representa, assim, não apenas uma rivalidade empresarial, mas um capítulo central na disputa tecnológica entre as duas maiores economias do mundo.

No primeiro semestre deste ano, as exportações chinesas de produtos de alta tecnologia aumentaram 9,2%, marcando nove meses consecutivos de crescimento, de acordo com os dados alfandegários. Notavelmente, as exportações de máquinas-ferramentas de ponta, navios e equipamentos de engenharia marítima cresceram mais de 20% cada.

A China lidera as exportações de produtos da transição energética. O país se consolidou como uma força dominante na fabricação e exportação de tecnologias de energia limpa, como: painéis solares, baterias de íon-lítio, veículos elétricos (VEs) e turbinas eólicas.

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 5,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). O crescimento do PIB no segundo trimestre representou uma desaceleração em relação à expansão de 5,4% nos primeiros três meses do ano. No total, o crescimento do PIB no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, foi de 5,3%, segundo o NBS. Está previsto uma desaceleração no segundo semestre, mesmo assim a China terá um crescimento significativo em 2025.

Diante do tarifaço de Trump, líderes da União Europeia e da China, anunciaram a realização de uma cúpula, a ser realizada nos dias 24 e 25 de julho de 2025, em Pequim, marcada para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que o bloco pretende propor ações para “reequilibrar as relações econômicas, reduzir riscos e promover a diplomacia em questões globais, incluindo o clima.

A China tem reciclado os seus imensos superávits comerciais por meio da exportação de capitais, cujo maior esforço foi colocado na Iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road Initiative – BRI). A chamada Nova Rota da Seda, é um programa ambicioso de investimentos em infraestrutura global que inclui: Infraestruturas verdes: priorizando investimentos em infraestruturas que promovam a sustentabilidade ambiental; Energia e transportes sustentáveis: foco maior em projetos de energias renováveis (solar, eólica, hidrelétrica) e em sistemas de transporte mais eficientes e menos poluentes e Tecnologia e inovação: a China busca estabelecer mecanismos de diálogo e intercâmbio para a indústria solar e redes de especialistas em desenvolvimento verde e de baixo carbono.

Sem dúvida, a China investiu na produtividade interna, na competitividade internacional e nos crescentes superávits comerciais, que não possuem limitações no horizonte. Como mostrou Jeffrey Wu, a exportação mais importante da China hoje não é apenas um produto, mas um processo. E isto redefinirá a natureza da competição global e a geopolítica internacional.

Leia mais

  • China contorna caos tarifário de Trump, cresce 5,3% e tem recorde de exportações no 1º semestre
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