Bispo de Mainz: "Há padres assumidamente gays na Alemanha, e eles são bons pastores"

• O Bispo de Mainz se opõe à inferência inquestionável de "verdades eternas" de passagens bíblicas sobre homossexualidade.
  
  
• Ele argumenta que descobertas contemporâneas nas ciências humanas também devem ser levadas em consideração.

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 27-06-2025.

"Há padres assumidamente gays na Alemanha, e eles são bons pastores." O bispo de Mainz, Peter Kohlgraf, alertou contra a interpretação de passagens bíblicas sobre homossexualidade como diretrizes "atemporais", observando que é essencial sempre entender as passagens das Escrituras sobre homossexualidade em seu contexto contemporâneo, disse ele em uma transmissão matinal de domingo na rádio Südwestrundfunk (SWR).

Para o bispo alemão, "não se pode pegar uma frase da Bíblia e dizer: 'Esta é a frase que inquestionavelmente se aplica a todos'". Verdades eternas e atemporais não podem ser simplesmente derivadas de passagens bíblicas sobre homossexualidade. Em vez disso, as descobertas contemporâneas nas ciências humanas devem ser sempre levadas em consideração. Ele trata os textos bíblicos de forma diferente, em vez de simplesmente usá-los como um recurso. A teologia com base científica está consideravelmente mais avançada hoje, observou o pastor, de acordo com declarações publicadas pelo site Katholisch.

"Es gibt bekennend homosexuelle Priester in Deutschland, und die sind gute Seelsorger."

Das sagte der Mainzer Bischof Peter Kohlgraf heute im SWR.

Auch wenn die Aussage ein bisschen pauschal sein mag, ist sie eine feine Geste.

Danke, Herr Bischof!#Kirche #Katholisch #Queer pic.twitter.com/S8xYQ6sWxw

— Wolfgang F. Rothe (@WolfgangFRothe) June 22, 2025

Kohlgraf queria enfatizar dessa forma que a Igreja Católica na Alemanha pode falar abertamente sobre o tema da homossexualidade e queria dar o exemplo durante sua participação no Fórum da Democracia organizado pela SDR no Castelo de Hambach sobre o tema "Tabus em nossa sociedade: entre moralidade, poder e mídia".

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