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Pedro Arrupe e a Congregação Geral 32: um legado profético para a Igreja do século XXI

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17 Junho 2025

“O século XXI nos chama a retomar o espírito de Arrupe, não como uma simples memória do passado, mas como um guia para a missão cristã hoje. Como dizia São João da Cruz, em uma de suas citações mais recordadas: “No entardecer da vida, seremos julgados sobre o amor””, escreve José F. (Pepe) Castillo Tapia, padre jesuíta, em artigo publicado por Cristianisme i Justícia, 05-06-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Pedro Arrupe, Superior Geral da Companhia de Jesus de 1965 a 1983, é uma das figuras mais relevantes da renovação eclesial posterior ao Concílio Vaticano II. Sua liderança na Companhia de Jesus marcou uma guinada decisiva em prol da opção pela justiça e pelos pobres, especialmente por meio da Congregação Geral 32 (CG 32), realizada entre 1974 e 1975. Seu legado permanece profundamente atual no século XXI, em um momento em que a Igreja, sob a liderança do Papa Francisco [Obs. Este artigo foi escrito no início de fevereiro de 2025, antes da morte do Papa], busca ser mais sinodal, missionária e comprometida com a justiça social e a reconciliação.

Pedro Arrupe: um líder para tempos de mudança

Pedro Arrupe assumiu a direção da Companhia de Jesus em um contexto de grande transformação para a Igreja. O Concílio Vaticano II (1962-1965) tinha aberto novos horizontes para a missão eclesial e reivindicado uma Igreja mais encarnada no mundo e mais atenta às realidades sociais. Neste marco, Arrupe entendeu que os jesuítas deveriam assumir com radicalidade o chamado do Evangelho em um mundo marcado por profundas desigualdades.

Desde o início de seu generalato, insistiu que não é possível viver a fé cristã de forma abstrata ou desconectada da história. Em seu célebre discurso de 1973, em Valência (Espanha), afirmou: “Hoje, nossa fé exige uma promoção da justiça que supere toda injustiça estrutural”. Estas palavras marcaram o rumo da Companhia e foram refletidas na Congregação Geral 32.

A Congregação Geral 32 e a opção pela fé e a justiça

A Congregação Geral 32 (1974-1975) foi um momento crucial para a redefinição da identidade jesuíta no mundo contemporâneo. Nela, os jesuítas discerniram que sua missão deveria ser claramente expressa na seguinte fórmula: “A missão da Companhia de Jesus hoje é o serviço da fé, da qual a promoção da justiça é uma exigência absoluta” (Decreto 4).

Este princípio teve um profundo impacto, não apenas dentro da Companhia, mas em toda a Igreja. Pela primeira vez, um corpo eclesial declarava com contundência que a fé e a justiça são inseparáveis. Isto significa que a evangelização não pode ser reduzida à transmissão de doutrinas, mas deve ser uma transformação integral da realidade humana, especialmente dos pobres e marginalizados.

O Decreto 4 da CG 32 afirmou que não basta pregar o Evangelho, sem combater as estruturas de pecado que oprimem os povos. Isto levou a um maior comprometimento dos jesuítas com os movimentos populares, a educação libertadora e a defesa dos direitos humanos em contextos de repressão política, como na América Latina.

Perseguição e martírio: a cruz da justiça

O compromisso dos jesuítas com a justiça provocou resistência dentro e fora da Igreja. Em vários países da América Latina, padres e religiosos foram perseguidos, presos e até assassinados por regimes militares. Em 1989, na Universidade Centro-Americana (UCA), em El Salvador, seis jesuítas foram brutalmente assassinados por sua defesa dos pobres. Entre eles, estava Ignacio Ellacuría, um dos grandes impulsionadores da teologia da libertação e do pensamento sobre a Igreja dos pobres.

Pedro Arrupe também sofreu a incompreensão de alguns setores da Igreja, que viam seu enfoque profético com receio. Em 1981, após sofrer um derrame cerebral, foi substituído na direção da Companhia por decisão do Vaticano. Apesar disso, seu legado seguiu vigente e tem sido fortemente recuperado nos últimos anos.

A atualidade da CG 32 no século XXI

A missão da fé e a justiça segue vigente

Hoje, o chamado da CG 32 à promoção da justiça é mais urgente do que nunca. A crise climática, as migrações forçadas, o aumento da desigualdade e da exclusão social nos lembram que a fé não pode ser vivida à margem da realidade. A Companhia de Jesus, por meio de suas redes educacionais e sociais, dá continuidade a este legado com iniciativas como o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), que acompanha pessoas deslocadas em todo o mundo.

Uma Igreja sinodal e em saída

O processo sinodal promovido pelo Papa Francisco retoma muitas das intuições de Arrupe e da CG 32. A Igreja do século XXI é chamada a ser uma comunidade de discernimento e de serviço aos pobres, distante de privilégios e clericalismos, pois a Igreja não pode ser a Igreja de Cristo, se não for a Igreja dos pobres. Este princípio é essencial na atual reforma eclesial, que busca uma Igreja mais participativa e comprometida com a realidade do mundo.

O desafio do compromisso político e social

Um dos grandes debates atuais é o papel da Igreja na transformação social. A CG 32 deixou claro que a evangelização inclui a luta contra a injustiça. No entanto, em um mundo polarizado, este compromisso é visto com suspeita. A Igreja pode seguir denunciando as injustiças, sem ser acusada de fazer política? A resposta é clara: a Igreja deve sempre estar ao lado dos pobres, mesmo que isto incomode os poderosos.

A educação e a formação para a justiça

As universidades e colégios jesuítas continuam desempenhando um papel fundamental na formação de líderes comprometidos com a justiça. Conforme destacava a CG 32, a educação não pode ser apenas transmissão de conhecimentos, mas uma ferramenta de transformação social. A Rede Global de Colégios Jesuítas e a Associação de Universidades Jesuítas trabalham nesta linha hoje, formando jovens com consciência crítica e senso de missão.

Conclusão: Um legado profético que segue iluminando o caminho

Pedro Arrupe e a Congregação Geral 32 deixaram uma marca na história da Igreja. Sua insistência na inseparabilidade entre fé e justiça continua sendo um desafio atual. Em tempos de crise ecológica, exclusão social e desafios migratórios, sua mensagem ressoa com força:

- Não há evangelização autêntica sem compromisso com a justiça;

- A Igreja deve ser sinodal, ou seja, uma comunidade em discernimento e em saída;

- A educação é fundamental para formar agentes de mudança.

O século XXI nos chama a retomar o espírito de Arrupe, não como uma simples memória do passado, mas como um guia para a missão cristã hoje. Como dizia São João da Cruz, em uma de suas citações mais recordadas: “No entardecer da vida, seremos julgados sobre o amor”.

Esse amor, para a Igreja hoje, só pode ser expresso em um verdadeiro compromisso com a justiça e a dignidade dos mais vulneráveis. O legado de Pedro Arrupe e da CG 32 permanece mais vivo do que nunca.

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