16 Junho 2025
Rejeição é estratégia para restringir escopo da FEMA, principal agência para trabalho em desastres, que Trump pretende extinguir.
A informação é publicada por ClimaInfo, 15-06-2025.
A temporada de furacões no Atlântico Norte já começou. Além disso, o Hemisfério Norte está a poucos dias do verão, com temperaturas cada vez mais altas e previsão de incêndios florestais e chuvas extremas. Mas para o negacionismo climático de Donald Trump, nada disso importa.
A Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos (FEMA, sigla em Inglês), subordinada ao Departamento de Segurança Interna do governo, rejeitou pedidos de verba para resiliência do Programa de Subsídios para Mitigação de Riscos, para Iowa, Mississippi, Missouri e Oklahoma. As negativas confirmam uma tendência: são uma estratégia do governo Trump de tentar cortar custos e restringir o escopo da FEMA, explicou a Bloomberg.
Um alto funcionário do governo disse que Trump está recebendo pedidos de financiamento federal para “incidentes não catastróficos que poderiam ter sido evitados” se governos e governadores anteriores tivessem agido de forma diferente. Trump estaria focado em garantir que os estados invistam em “projetos sensatos que minimizem perdas recorrentes e façam progressos significativos na execução dos fundos atualmente disponíveis”.
Trump disse que sua equipe seguirá em frente com a desativação de grande parte da FEMA – mas somente depois da temporada de furacões, que algumas projeções mostram que pode ser particularmente mortal, informa a Bloomberg. “Faremos isso de forma bem diferente”, disse o “agente laranja”.
A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, disse que o governo criaria um conselho “nos próximos meses” para planejar o futuro da agência sob seu departamento. “Isso dará poder aos governadores para saírem e responderem a situações de emergência”, disse ela, ao lado de Trump.
Qualquer mudança desse tipo representaria uma reformulação drástica da assistência federal a desastres, que atualmente inclui subsídios aos governos estaduais e pagamentos diretos aos sobreviventes. A FEMA também mobiliza pessoal e infraestrutura para resposta imediata e de longo prazo, em campo.
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, sigla em Inglês) planeja enfraquecer uma regulamentação do governo Biden que exigia que as usinas de eletricidade reduzissem os poluentes, incluindo as emissões de mercúrio, de acordo com um documento interno da agência, informaram NY Times e Reuters. Administrador da EPA, Lee Zeldin também deverá anunciar uma proposta para eliminar os limites de emissões de gases de efeito estufa dessas termelétricas.
O climate.gov, website de entrada do Programa Climático da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), não publicará mais novos conteúdos em breve, segundo vários ex-funcionários responsáveis pelo conteúdo do website cujos contratos foram rescindidos recentemente. “Toda a equipe de produção de conteúdo foi demitida em 31 de maio” disse um ex-contratado do governo que preferiu permanecer anônimo por medo de retaliação. “Fomos informados de que nossos cargos seriam eliminados”. A notícia é do Guardian.
Diante de protestos crescentes em todo os EUA, Donald Trump resolveu aproveitar o 250º aniversário do Exército estadunidense e seu aniversário para promover uma parada militar e tentar intimidar os manifestantes. O Institute for Policy Studies e o Guardian quantificaram as emissões resultantes dos veículos militares usados na “micareta do Trump”: o equivalente à quantidade gerada pela produção de 67 milhões de sacolas plásticas ou à energia usada para abastecer cerca de 300 casas em um ano.
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