05 Junho 2025
A nota é formulada pelas dez congregações religiosas do Brasil que compõem o Vivat International, em solidariedade à ministra Marina Silva e repúdio da misoginia e da violência ambiental, 0-06-2025.
As dez congregações religiosas do Brasil que compõem Vivat International, organismo acreditado na ONU em defesa dos Direitos Humanos, vêm a público solidarizar-se com a ministra Marina Silva pelas graves agressões e o profundo desrespeito sofrido na audiência da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, no dia 27 de maio de 2025.
A Vida Religiosa Consagrada promove e respeita o protagonismo das mulheres e acredita na dignidade e no compromisso de quem – como a ministra Marina – se empenha na política com fundamento na ética, no cuidado da Casa Comum, da vida da inteira Criação e dos direitos das futuras gerações.
Repudiamos a arrogância, a misoginia e a violência que empobrece o debate político e torna a Casa de Lei uma arena de disputa de interesses de curto prazo.
Diversos relatores de direitos humanos da ONU manifestaram-se junto ao governo brasileiro com séria preocupação a respeito do Projeto de Lei 2.159/2021, que institui uma nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental, contestado pela ministra Marina e pelo Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima na audiência no Senado. A Igreja Católica no Brasil também expressou seu repúdio a este Projeto de Lei.
O núcleo brasileiro de Vivat International recomenda aos poderes legislativo, executivo e judiciário do País a defesa do Licenciamento Ambiental como garantia mínima de proteção dos direitos das pessoas e do cuidado da Casa Comum, em tempos de grave crise ambiental e climática.
A Vida Religiosa renova seu compromisso em defesa da vida e seguirá animando e caminhando junto às comunidades cristãs, em obediência ao Evangelho da Criação.