30 Mai 2025
Em carta dirigida ao “Honorável” Donald J. Trump, líderes evangélicos dos Estados Unidos pedem que o presidente convoque um conselho consultivo, ou delegue autoridade a uma agência ou conselho existente, que se preocupe “especialmente não apenas com o que a IA pode fazer, mas também com o que deve fazer”.
A reportagem é de Edelberto Behs.
“Em meio a tudo o mais que você está conquistando, você é o Presidente da IA, que ascendeu novamente à presidência exatamente quando esta tecnologia atingiu sua própria ascensão. Como pessoas de fé, acreditamos que você é o líder mundial agora, pela Divina Providência, para também guiar a IA”.
Os líderes dizem, na carta, que não querem ver a IA desacelerar, mas “sim acelerar de forma responsável”. Os esforços para o controle da IA “devem envolver pessoas de fé, especialistas em éticas e outros cuja principal preocupação não seja comercial, mas sim com os melhores resultados para os seres humanos”.
Claro que a liderança deve caber, na visão desses líderes, aos Estados Unidos. “Para deixar claro: não estamos incentivando os Estados Unidos e nossos amigos a fazer nada além de vencer a corrida da IA. Não há alternativa. Precisamos vencer”.
Eles afirmam, na missiva, que a IA pode gerar sofrimento humano, como já alertou “nosso amigo Elon Musk”, e Bill Gates, que previu o desemprego em massa. “As implicações espirituais da criação de uma inteligência que um dia poderá superar as capacidades humanas levantam profundas questões teológicas e éticas que devem ser consideradas com sabedoria e ponderação”, apontam.
Para os líderes evangélicos, “nada é mais importante do que administrar a Era da Inteligência”.
Assinam a carta, entre outros, o superintendente geral das Assembleias de Deus, Doug Clay; o presidente da Associação Americana de Conselheiros Cristãos, Tim Clinton; o fundador de Portas Abertas Internacional, Sealy Yates; o presidente do Congresso de Líderes Cristãos, pastor Johnnie Moore.