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20 Mai 2025

"A desumanização do trabalho é sua dimensão mais selvagem dessa tragédia. Essa desantropomorfização (Lukács) se traduz na perda qualitativa do trabalho vivo e sua subordinação ao trabalho morto, o efetuado por máquinas (Karl Marx). Fator humano substituído por algoritmos, IA, internet, robôs. O ser humano tornou-se apêndice do digital", escreve Élio Gasda, professor e pesquisador no departamento de Teologia da FAJE, em artigo publicado por Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE, 18-05-2025.

Eis o artigo.

Armínio Fraga, banqueiro, um dos homens mais ricos do Brasil, expressando a proposta das elites econômicas aos trabalhadores: “É preciso congelar o salário-mínimo, em termos reais, por seis anos”. Simone Tebet, atual ministra do Planejamento e Orçamento, assumindo publicamente suas reais intenções no governo: “Fazer o ajuste fiscal, cortar gastos, cortar o supérfluo, fazer uma política num arcabouço mais rigoroso, que não mate o paciente”.

No (falso) debate entre neoliberalismo progressista e direita neoliberal, quem perde é o trabalhador. Sem disfarces, seus representantes evidenciam a naturalização da precariedade que fere de morte o trabalhador, mas “sem matá-lo”.

Metade dos trabalhadores recebe menos que o salário mínimo e enfrenta severas restrições ao acesso à saúde e à educação, alimentação e moradia (alvos do corte de gastos). Eles ganham, em média, R$ 824 (IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2024). Não conseguem comprar sequer uma cesta básica em São Paulo (R$ 851,82). Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2025, o salário-mínimo deveria estar acima de R$ 7 mil.

Mais de 32 milhões de trabalhadores são informais (sem CNPJ), estão empregados sem carteira assinada (IBGE). Esses números não incluem os 4,3 milhões de trabalhadores domésticos sem carteira assinada e os 2,8 milhões do setor público sem carteira, em resumo: o país possui quase 40 milhões de trabalhadores em regime de trabalho sem direitos. Por um lado, milhares não conseguem se inserir no mercado de trabalho em nenhuma hipótese. Outros se inserem em condições extremamente inseguras. Mas nada é tão ruim que não possa piorar. O ministro Gilmar Mendes suspendeu o andamento de processos trabalhistas que discutem a legalidade da contratação de pessoas físicas como pessoas jurídicas. É a institucionalização de formas de subemprego via STF.

Num contexto em que a maioria da população desconhece seus direitos, surgiu uma nova realidade. O trabalho não está desaparecendo, mas sendo transformado. Empresas aumentam seus lucros introduzindo maquinário digital que aumenta exponencialmente a exploração da força de trabalho na indústria, na agricultura e nos serviços. Inovações tecnológicas desencadearam uma transição acelerada para um capitalismo estruturado na revolução digital: empresas plataforma, Inteligência Artificial, internet das coisas, algoritmização.

A desumanização do trabalho é sua dimensão mais selvagem dessa tragédia. Essa desantropomorfização (Lukács) se traduz na perda qualitativa do trabalho vivo e sua subordinação ao trabalho morto, o efetuado por máquinas (Karl Marx). Fator humano substituído por algoritmos, IA, internet, robôs. O ser humano tornou-se apêndice do digital.

Uma das faces da precarização é a plataformização do trabalho humano por empresas de internet sem vínculo trabalhista. É o caso das plataformas de delivery e de transporte por aplicativo. Convertido em mercadoria, este serviço é retrato visível deste capitalismo de plataforma (Srnicek). Além de proprietárias de informação, estas empresas estão se tornando proprietárias da infraestrutura da sociedade com forte potencial monopolista e concentrador da economia.

Motoristas e entregadores são a face mais visível (e, talvez, mais explorada) da precarização digital. Os jovens são os primeiros a sentir seus impactos. A eles é negado o direito ao futuro, pois sua vida está uberizada. Apesar da invisibilidade social (“não é ninguém, é só o entregador”), os motoboys compõem a paisagem de nossa cidade.

O Brasil nunca teve tantos jovens. Mas a realidade, especialmente nas periferias, é de exclusão, violência, pobreza e incertezas. Mais de 30% não estudam e não trabalham. Milhares abandonam os estudos para ajudar suas famílias (IBGE. Síntese de Indicadores Sociais, 2023). A pobreza é uma barreira difícil de superar. Submetidos, com suas famílias à vulnerabilidade social, são descartados como desnecessários. São 12 milhões sem direito a trabalho digno. A maioria que trabalha recebe baixos salários em regime de superexploração. Um terço de todos os acidentes de trabalho atingem os jovens (FIOCRUZ. Dossiê Saúde dos Jovens Trabalhadores, 2023).

A angústia coletiva e a hedonia depressiva – incapacidade de fazer qualquer coisa além de buscar gratificação – (Mark Fischer) está caracterizando as gerações mais jovens, viciadas em tecnologias digitais. A individualização da culpa leva à proliferação de discursos motivacionais, coaching, jogos on-line e isolamento virtual. Através da educação financeira e da ideologia do empreendedorismo, são convertidos em mercado a ser explorado.

“Que haja trabalho para todos. Mas trabalho digno, não de escravo” (Papa Francisco). Na luta contra a precariedade, as expectativas dos jovens mudaram. Querem autonomia, flexibilidade, crescimento individual, liberdade. Como transformar esses anseios em resistência? Para que o trabalho constitua uma atividade digna, é hora de pôr fim às relações de superexploração. Enquanto os direitos continuarem precarizados, vamos presenciar a violência sobre os jovens. A defesa dos seus direitos é pauta inadiável para o Estado, para os sindicatos e movimentos sociais, para universidades, igrejas e partidos políticos. “O que cai do céu é chuva; o resto se conquista”.

A superação da precarização juvenil é determinante para a construção de uma sociedade mais equitativa e justa. “O trabalho ocupa o centro de todo pacto social” (Papa Francisco). É um direito sagrado. “É matar o próximo tirar-lhe os meios de subsistência; privar o assalariado do seu salário é derramar seu sangue (Sirácida 34, 26-27).

Leia mais

  • Empresas-plataforma: o Brasil na retaguarda. Artigo de Renan Bernardi Kalil
  • Na contramão da regulação do trabalho. Artigo de Renan Bernardi Kalil
  • PLP 12/2024 e o fim do salário-mínimo: o que não lhe contaram. Artigo de David Deccache
  • Trabalho em plataformas digitais: um empreendedorismo que leva à miséria
  • Sem legislação sobre o trabalho, as plataformas estão “nadando de braçada” no Brasil. Entrevista especial com Roseli Figaro
  • Viagem ao inferno do trabalho em plataformas
  • Maratona DigiLabour discute as múltiplas dimensões do trabalho em plataformas
  • “Aplicativos”: por que mudar o rumo da prosa
  • Trabalho por aplicativos: jornada extensa, poucos direitos e até ‘rendimento negativo’
  • Aplicativos de delivery: a nova faceta do trabalho infantil
  • Três projetos para regular as empresas-aplicativos
  • Aplicativos de entrega usam trabalho de menores no Brasil
  • Pandemia eleva desemprego e escancara precarização do trabalho de entregadores por aplicativos
  • Nem CLT, nem autônomo: o projeto de lei que quer ‘regrar’ a relação de aplicativos com trabalhadores
  • Uma geografia da uberização no Brasil
  • Atividades de cuidado. A uberização do trabalho pelo processo de plataformização. Entrevista especial com Ana Claudia Moreira Cardoso
  • A gigante (e invisível) uberização do Cuidado
  • “O trabalhador inserido na uberização está longe de achar que a moto dele é uma microempresa”. Entrevista com Ludmila Costhek Abílio

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