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“Parecia a república ideal de Platão”: o legado cultural das missões jesuíticas na Bolívia

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09 Mai 2025

Uma exposição e o recente reconhecimento de documentos históricos pela Unesco revelam como as comunidades preservam sua identidade espiritual, social e artística.

A reportagem é de Caio Ruvenal, publicada por El País, 07-05-2025

A batalha espiritual na conquista da América foi tão importante quanto a campanha militar. A evangelização dos povos indígenas permitiu que eles se integrassem e povoassem áreas remotas, como as fronteiras conflituosas entre os domínios espanhol e português. Lá, no extremo leste do Vice-Reino do Peru, os jesuítas embarcaram em uma corrida no final do século XVII para implementar seu modelo missionário. Muitos religiosos pereceram ao longo do caminho, vítimas de tribos rebeldes ou do clima rigoroso, uma transição entre a selva subtropical e a floresta seca do Chaco. O sacrifício resultou no que os historiadores chamam de um exemplo de vida comunitária, com uma organização social e econômica distinta do restante da colônia, onde os indígenas desfrutavam de benefícios. A influência foi tão grande que a expulsão da ordem em 1767 não impediu que suas sociedades mantivessem muito de seu modo de vida até hoje.

A herança missionária sobreviveu mais fortemente no que hoje é o leste da Bolívia, nas terras baixas. E o que mais sobrevive é o conselho municipal, um lugar onde as decisões são tomadas entre o povo e as autoridades indígenas e eclesiásticas; as monumentais igrejas de pedra; e a presença onipresente da música barroca, cultivada pelos jesuítas como forma de louvor. Tudo isso está retratado no livro de fotografia Guardiões Invisíveis, de Mariana Balcázar, cujas fotos estão expostas na Fundação Patiño, em Cochabamba (Bolívia). Seu trabalho destaca como a música continua viva nas ruas dessas comunidades, desde orquestras sinfônicas a luthiers, passando por festivais especializados e escolas públicas de música. "Os jesuítas plantaram sementes que floresceram até hoje. Vi como a ancestralidade e a ancestralidade europeia se entrelaçaram, por meio da escultura, da arquitetura e da música", diz o fotógrafo.

Balcázar limitou seu trabalho às missões estabelecidas em Mojos e Chiquitos, ambas províncias que receberam nomes de grupos étnicos que habitam essas áreas. O primeiro está localizado no departamento de Beni. É uma região composta por vastas savanas e planícies verdes que inundam sazonalmente, onde, entre 1682 e 1744, foram fundadas 26 cidades. No seu auge, no século XVIII, chegou a ter 31.000 convertidos. As Cavernas de Chiquitos, Patrimônio da Humanidade desde 1990, foram criadas em 1691, entre as florestas tropicais desta província, a leste do departamento de Santa Cruz. Foram estabelecidos dez assentamentos, com até 24.000 habitantes.

As missões do Paraguai eram maiores, mais antigas (1584) e tinham uma população maior, chegando a 100.000 no auge, de acordo com documentos coloniais. Entretanto, sua posição estratégica fez com que fossem alvo de constantes disputas entre Espanha e Portugal, de modo que o nível de harmonia alcançado na atual Bolívia não pôde perdurar. O que resta são ruínas, também patrimônio da Unesco. “Ao contrário das missões no Paraguai, as de Mojos e Chiquitos foram formadas em um contexto de isolamento, devido ao seu afastamento e difícil acesso. Este é o primeiro ponto a considerar para sua autonomia política, social e religiosa”, explica o historiador e teólogo Roberto Tomichá, diretor do Instituto Latino-Americano de Missiologia da Universidade Católica Boliviana.

O estado formado pelos assentamentos jesuítas durante seus primeiros 50 anos tinha "muitos pontos em comum com a ideia de Platão de uma república ideal", escrevem os historiadores José de Mesa e Teresa Gisbert em sua História da Bolívia. Cada chefe de família recebia uma porção de terra para cultivo, cujo produto era distribuído pelos missionários entre os moradores, padres e artesãos, de acordo com suas necessidades. Os líderes religiosos também introduziram o gado nas vastas pampas, uma atividade que desde então fornece a principal fonte de renda no leste da Bolívia, abastecendo todo o país com carne bovina. Além disso, os chefes indígenas co-governavam com os sacerdotes, e os nativos estavam livres da mita (trabalho semi-escravo na mina) e da encomienda (entrega de índios aos conquistadores).

"Como você consegue isso? Por meio da estratégia de imersão na comunidade, aprendendo sua língua, convivendo com eles e adotando suas instituições e seu modo de vida", diz Tomichá, natural da capital, Santa Cruz, cujos pais são de Chiquitano. Ele esclarece que também havia interesse dos indígenas em aceitar uma nova vida, já que estariam protegidos dos bandeirantes. Eram expedicionários portugueses que capturavam indígenas para escravizá-los nos engenhos de açúcar. Os jesuítas também proibiram a entrada de qualquer homem branco, exceto eles próprios.

Junto com um modelo de desenvolvimento baseado na partilha de bens e na autossuficiência, os nativos desenvolveram técnicas sofisticadas em artes e ofícios. Eles aperfeiçoaram a fundição de canhões, bem como a construção de relógios, "imitando os europeus, com a mesma precisão e habilidade que eles", como afirma a Historia de Bolivia. De todas essas práticas, as que alcançaram maior importância e ainda perduram foram a construção de igrejas — com designs de interiores que fundem elementos nativos e ocidentais, no que Balcázar chama de “barroco tropical” — e a prática musical. Em relação a estes últimos, foram projetados e fabricados trombetas, órgãos e violinos. “Antes de aprender espanhol, eles sabiam escrever música”, diz Balcázar.

O envolvimento dos indígenas com a música foi tão grande que, após a expulsão da Companhia de Jesus, eles próprios ficaram com as partituras. A exposição fotográfica recupera as composições encontradas em 1972 pelo italiano Domenico Zipoli, o mais importante músico europeu que visitou a América, nas igrejas de Santa Ana e San Rafael (Chiquitos). Os documentos foram um dos 5.000 descobertos durante restaurações lideradas pelo arquiteto suíço Hans Roth. "A música é como uma bíblia para eles; a divindade que os protegia estava presente nela. É um texto de invocação", explica Tomichá.

“Apesar de todas as transformações que o tempo traz, as igrejas permanecem como um símbolo de identidade para as comunidades missionárias. É um espaço onde o religioso encontra o social, o político e, agora, até o ambiental”, continua o padre de Santa Cruz. Em algumas províncias de Chiquitos, como São Francisco ou Concepción, a prefeitura ainda está de pé, como na época colonial, ao lado do monumental templo de pedra.

O recente resgate e inclusão, no ano passado, no programa Memória do Mundo da Unesco, da coleção sobre Mojos e Chiquitos (1758-1888) do historiador Gabriel René Moreno ajudou a esclarecer o que aconteceu com essas comunidades utópicas após a expulsão dos jesuítas. Esses relatórios, correspondências, censos e registros descrevem como as comunidades permaneceram sob os cuidados da Diocese de Santa Cruz, cujos membros tentaram imitar o sistema missionário até a segunda metade do século XIX, quando foram dispersos e levados à beira da extinção pelo ciclo da borracha. A chegada dos franciscanos no início do século passado trouxe uma nova força para construir sobre o que seus ancestrais haviam conquistado: o triunfo da cruz sobre a espada.

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