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As grandes indústrias querem se livrar do CO2 injetando-o no fundo do mar

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07 Dezembro 2024

Capturar CO2 em Fos-sur-Mer, uma das maiores zonas industriais da França, liquefazê-lo e depois transportá-lo para a Itália num barco para ser enterrado no fundo do mar. Este é o projeto Callisto, que preocupa os ambientalistas.

A reportagem é de Nina Hubinet e Pierre Isnard-Dupuy, publicada por Reporterre, 05-12-2024. A tradução é do Cepat.

Para se livrar do CO2 emitido em grandes quantidades pelas zonas industriais, por que não injetá-lo no fundo do mar? Esta é a ideia do projeto Callisto (Transporte e Armazenamento de Liquefação de Carbono), uma imensa rede no Mediterrâneo dedicada à captura, transporte e armazenamento de dióxido de carbono. Parte deste CO2, proveniente das fábricas francesas, seria enviado para Fos-sur-Mer, a segunda maior zona industrial da França, localizada entre Marselha e Camargue, e levado para o Adriático contornando a Itália. Ficaria depositado em antigos bolsões de gás localizados no fundo do mar, anteriormente explorados pela petrolífera italiana ENI.

A ENI, assim como a empresa francesa Air Liquide, estão entre os principais contratantes do projeto Callisto. A francesa será responsável pelo transporte e liquefação do gás captado das chaminés das fábricas, provavelmente num local dedicado a isso em Lavéra, perto de Fos. A ENI o receberá para enterrá-lo. O início previsto para entrar em funcionamento será nos próximos meses para o CO2 das indústrias italianas e a partir de 2029 para o poluente importado da França.

Inicialmente, cerca de 4 milhões de toneladas de dióxido de carbono serão injetadas anualmente no subsolo do mar na costa de Ravenna. Depois, a partir de 2030, até 16 milhões de toneladas por ano poderão ser injetados no armazenamento geológico. Se na Itália o Callisto está pronto para entrar em operação, na França ainda estamos na fase dos anúncios.

O Projeto Callisto. © Louise Allain / Reporterre

De qualquer forma, a iniciativa foi selecionada pela Comissão Europeia para integrar a lista de “projetos de interesse comum”. A Comissão fez da captura e armazenamento de CO2 (CCS) um elemento essencial da sua estratégia para reduzir as emissões industriais em 90% até 2040. Dentro de alguns meses, as indústrias do norte da Europa serão as primeiras a armazenar o seu CO2 nas águas norueguesas e dinamarquesas.

Uma solução de último recurso?

Para grande consternação de muitas ONG ambientais, que apontam os riscos de vazamentos tóxicos e, de forma mais geral, os limites climáticos do método. “Devem ser feitos esforços nas bases para liberar menos gases de efeito estufa, pede Grégoire Atichian, da France Nature Environnement Bouches-du-Rhône. Se o CO2 for armazenado, as mudanças necessárias para parar de poluir não serão feitas”. Não há “um verdadeiro questionamento do sistema produtivo atual”, confirma a Rede de Ação Climática (RAC) no seu relatório sobre a descarbonização dos cinquenta maiores emissores industriais da França.

Os fabricantes e o Estado repetem que a implementação de soluções para reduzir as emissões é uma prioridade, e que a utilização da CCS só virá mais tarde, para tratar o CO2 irredutível. O fabricante petroquímico Ineos pretende, dessa maneira, reduzir as suas emissões “através de métodos de eficiência energética e da eletrificação de parte da ferramenta industrial”, afirma Susana Vanneste-Porqueras, gestora de descarbonização da unidade Ineos-Naphtachemical em Lavéra.

“Sempre haverá emissões fatais, que não podemos reduzir. São estas que pretendemos sequestrar e armazenar. Isto representaria cerca de dois terços, um pouco mais da metade das nossas atuais emissões de CO2”, especifica. Ao mesmo tempo que sublinha que a sua empresa prefere que os locais de armazenamento estejam mais próximos do local de produção, se possível nas águas mediterrânicas francesas.

A ArcelorMittal quer eletrificar um dos dois altos-fornos da unidade de Fos e introduzir uma porção de aço reciclado na fabricação. Quanto aos fabricantes de cimento, também estão considerando a utilização de materiais reciclados e a mudança de combustível para abandonar os fósseis. “A alavanca de descarbonização CCS deve ser avaliada para as emissões residuais que não podem ser reduzidas por outras alavancas de descarbonização mais eficazes: eletrificação, eficiência energética, hidrogênio, reciclagem, eficiência material”, resume a Direção Regional da Economia, Emprego, Trabalho e Solidariedade (Dreets) Paca.

Mesmo que o armazenamento de CO2 seja apresentado como uma solução de último recurso, não é marginal. “Em última análise, estima-se que 3 a 4 milhões de toneladas de CO2 na área de Fos e no lago Berre poderiam ser ‘abatidos’ desta forma”, afirma Nicolas Mat, secretário-geral da Piicto, a associação local de industriais, que os apoia na sua transição. Isto representa quase um quinto dos 18 a 20 milhões de toneladas de CO2 emitidos anualmente pela região.

Um “carboduto” de Lyon a Fos

Seguindo a mesma lógica, cerca de quinze indústrias da região de Lyon e do vale do Ródano deverão ser conectadas a Calisto através de um “carboduto” chamado Ródano CO2. Chegando a Fos, parte do CO2, resultante da combustão de biomassa, e não de recursos fósseis, seria utilizado para fabricar combustível. De fato, é possível transformar o CO2, misturando-o com outros elementos químicos, em éter dimetílico utilizado por veículos pesados. Será o caso do dióxido de carbono liberado pela fábrica de pasta de papel Fiber Excellence, em Tarascon, conhecida na região pelas suas incômodas emissões.

O CO2 não recuperado desta forma deverá então ser liquefeito em Fos pela Elengy, para ser carregado em barcos com destino a Ravenna, no leste do norte de Itália, à beira do Mar Adriático. Lá, outros gasodutos de carbono também ligariam as instalações industriais de elevada emissão de Emilia-Romagna e Veneto a uma instalação de liquefação, antes da injeção do CO2 na crosta terrestre, no fundo do mar.

 

O Projeto Ródano CO2 visa transportar o gás capturado por instalações industriais por gasoduto para o terminal de exportação em Fos (para ser enterrado) ou para locais de reutilização ao longo do vale do Ródano. Elengy

Infelizmente, parte da região de Ravenna, por onde passariam os gasodutos, é “classificada como zona de alto risco sísmico”, afirma Elena Gerebizza, gestora de campanha da ONG italiana Recommon, que publicou uma nota sobre o assunto. E as áreas circundantes sofrem cada vez mais enchentes violentas, acentuadas pelo aquecimento global. “Houve três enchentes nesta região nos últimos dois anos”, acrescenta.

E em caso de movimentos de terra?

Elena Gerebizza teme que as infraestruturas que transportam o CO2 sejam danificadas por futuros desastres climáticos e que ocorram fugas tóxicas e até fatais. “A falta de oxigênio no ar pode levar a consequências neurotóxicas. Ora, o CO2 nos gasodutos estará muito concentrado”, explica. Em caso de ruptura, o gás liberado poderá asfixiar os moradores locais. Um acidente deste tipo ocorreu nos Estados Unidos em fevereiro de 2020. Um carboduto rompeu-se depois de um deslizamento de terra em decorrência de fortes inundações no estado do Mississippi, conforme noticia o Huffington Post. Entre os quarenta e nove moradores da cidade onde ocorreu o acidente, cerca de vinte sofreram desmaios e todos sofreram posteriormente de patologias neuronais, pulmonares e gástricas.

Além dos riscos para as populações, “nós não temos garantias de que o CO2 armazenado no fundo do mar não será libertado em função dos movimentos de terra”, acrescenta Elena Gerebizza. Embora planejem utilizá-lo, alguns industriais também destacam as “incertezas” associadas à implementação da CCS. “Nós sabemos como enterrar o CO2 na rocha, mas temos que ser capazes de avaliar a sua porosidade para garantir a impermeabilidade total ao longo dos séculos”, explica Susanna Vanneste-Porqueras da Ineos.

O interesse climático em questão

A virtude climática deste projeto ainda precisa ser provada. Num parecer técnico publicado em 2020 sobre a CCS, a Ademe, a agência da transição, considera que “o futuro depósito de armazenamento geológico deve estar mais próximo da fonte de CO2, entre 100 e 200 quilômetros no máximo”. Para além desta distância, a energia utilizada nos transportes poderia tornar o balanço de emissões negativo.

O custo financeiro também será significativo. Só o Ródano CO2 deverá custar entre um bilhão e 1,5 bilhão de euros. O custo do projeto Calisto não foi especificado pelos nossos interlocutores, apesar dos nossos repetidos pedidos. Em novembro de 2022, Emmanuel Macron prometeu 10 bilhões de euros em ajuda para a descarbonização das cinquenta indústrias que mais poluem na França. Parte deveria ser dedicada a esta solução contestada e dispendiosa de enterrar o dióxido de carbono.

A consulta pública para o gasoduto Ródano CO2 deverá ser aberta nas próximas semanas. Em Fos, o planejamento das infraestruturas ainda nem sequer atingiu esta primeira fase regulamentar, normalmente seguida de um estudo de impacto e depois de um inquérito público. Mas para o Estado e as indústrias, a futura “solução” que consiste em armazenar o CO2 das fábricas do sul da Europa sob o Mar Adriático já parece bem encaminhada.

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