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Entre a seca e o calor extremo, indígenas destacam emergência climática na eleição

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03 Outubro 2024

Altas temperaturas e a longa estiagem afetam as campanhas de candidatos indígenas nas eleições de 2024; postulantes defendem a aliança entre ciência e conhecimento tradicional indígena contra as mudanças climáticas

A reportagem é de Ariene Susui, publicada por Repórter Brasil, 03-10-2024.

A fumaça, a seca e o calor extremo invadiram as campanhas indígenas nas eleições de 2024. Enquanto as estações do ano mostram que não são mais as mesmas, os candidatos indígenas tentam convencer os eleitores de que as mudanças climáticas afetam a todos e que o conhecimento dos povos originários é um aliado nesse combate.

A líder indígena Chirley Pankará (PSOL), que concorre ao cargo de vereadora em São Paulo, exalta essa sabedoria tradicional ao dizer que os povos indígenas possuem uma relação muito forte com os rios, as árvores e os animais.

“Os povos indígenas são competentes, sabem dialogar, entendem de burocracia, de cosmologia e de terra. Sabem fazer essa relação dos saberes, da ciência das universidades e das ciências tradicionais de uma forma espetacular”, ela diz.

“Muitas das vezes as pessoas olham para gente e dizem assim: ‘ah, é uma pauta identitária’. Mas quando eu trago as questões ambientais, não são só os povos indígenas que vão respirar”, continua Chirley.

Nascida em Floresta, Pernambuco, ela vive há 26 anos na capital paulista. O estado de São Paulo foi alvo de queimadas intensas no final de agosto, que atingiram lavouras de cana-de-açúcar e cafezais. Entre agosto e setembro, o estado foi o nono mais queimado do país, com 6.134 focos detectados pelo BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Se eu estou lutando contra as queimadas, estou lutando pela sociedade que está dentro desse clima, para que eles não tenham que respirar esse ar aqui em São Paulo. A sociedade precisa olhar para nós e entender que temos capacidade de unir nossa sabedoria ancestral e a ciência no freio às mudanças do clima. Somos autoridades climáticas e isso não vai servir só para os indígenas, e sim para todos”, finaliza.

Em meio ao céu cinza de Rondônia por conta da fumaça das queimadas, Almir Suruí, de 50 anos, diz à reportagem que a emergência climática precisa ser debatida com mais seriedade. O líder do povo Paiter Suruí é candidato pelo PDT a prefeito de Cacoal (RO). O estado é o sexto com mais queimadas desde o início de agosto, com 7.261 focos, segundo o Inpe.

Ele também cobra as autoridades para fortalecerem não apenas o conhecimento científico e tecnológico, mas também o saber tradicional indígena como instrumento de desenvolvimento para a Amazônia. “É preciso fazer a educação ambiental. É possível produzir com quantidade e qualidade usando o sistema agroflorestal, ou seja, junto com a floresta”, ele diz.

Para isso, o candidato diz que é essencial ter indígenas nos espaços de decisão. “Essa queimada no Brasil, na Amazônia e em Rondônia é alarmante. Estamos respirando esse ar insalubre! Tem gente queimando a floresta que é patrimônio de todos. Isso já traz prejuízo à saúde dos idosos, das crianças e da população em geral”, continua.

Em Santarém, a jovem Raquel Tupinambá (PT) tem como um de seus principais compromissos o enfrentamento à emergência climática, cujos efeitos se refletem diretamente nas comunidades. “Muitas aldeias ficam sem acesso à água potável porque não tem poço artesiano ou o poço tem pouca profundidade”, diz.

Ela menciona que as secas no município estão mais severas e o rio está secando cada vez mais, fazendo com que o principal meio de locomoção dos indígenas entre aldeias e cidades seja afetado. Isso tem dificultado as vidas das populações que precisam se locomover. O Pará é o segundo mais queimado do país entre agosto e setembro, com 31.237 focos de incêndio no período.

A perda de agrobiodiversidade também é um tema trazido por Raquel para a campanha. “Muitas variedades de mandioca foram perdidas na seca do ano passado, enfrentamos uma mortalidade enorme de plantas que estão nos quintais e nas roças”, diz.

Seca afeta pelo menos 42 terras indígenas na Amazônia

Dados divulgados em setembro pela Gerência de Monitoramento Territorial Indígena (GEMTI), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), revelaram que, em julho, a seca extrema atingiu 42 territórios indígenas na Amazônia, entre 15 povos e um povo isolado. Essa área corresponde a 53% dos territórios indígenas da Amazônia brasileira, afetando diretamente mais de 3.000 domicílios indígenas, 110 escolas e 40 unidades de saúde dentro dos territórios.

De acordo com o levantamento do GEMTI, os territórios indígenas que apresentaram maior quantidade de focos de calor ao longo de 2024 foram quatro de Mato Grosso (Paresi, Utiariti, Parabubure e Areões), três do Tocantins (Parque do Araguaia, Inawebohona e Kraolândia), dois do Pará (Kayapó e Munduruku) e um território no estado de Roraima (Yanomami).

Na cidade de Manaus, a candidata a vereadora Vanda Witoto (Rede Sustentabilidade), que também é ativista climática, conta que esse cenário alarmante afeta não apenas a sua campanha, mas a sua vida de modo geral, pois sua saúde já não é a mesma por conta da alta temperatura. “Nesse momento de calor extremo, o nosso corpo está muito adoecido. Estou bem debilitada de saúde, com baixa imunidade, com a garganta dolorida, o olho que arde, o corpo que arde com essa temperatura que a gente está sentindo aqui”, diz.

O aumento da temperatura fez com que a campanha da candidata tivesse outra dinâmica para fazer suas reuniões e conversas com os eleitores. “A gente está tendo que escolher horários para o fim da noite, fim da tarde ou de manhã bem cedo, para ir para algum ponto, porque é insuportável você estar fazendo campanha nessa temperatura”, relata Vanda.

Ela destaca também o risco enfrentado por indígenas em territórios quase isolados em razão da seca, e critica a falta de um plano para enfrentamento. “[Estou] vendo essa situação dramática das nossas comunidades ao longo dos municípios do interior com a seca. [Mas] a gente não pode fazer muita coisa, porque a cidade não tem um plano para enfrentarmos essa situação climática”, afirma.

Vanda destaca a necessidade de ter representantes preocupados com a pauta ambiental, pois muitos dos que estão hoje no poder são negacionistas quando se trata desse assunto, diz ela.

“As periferias e as comunidades estão em condições de vulnerabilidade, muitas estão sendo impactadas [pelo clima] num grau de desigualdade extrema. Dentro dessa trajetória política, um dos meus objetivos é criar mecanismo de enfrentamento a esses desafios, a essas desigualdades sociais que a gente já enfrenta historicamente e que hoje estão aguçadas pelas questões climáticas”, finaliza a ativista.

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