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“Entendo Martina, o corpo tortura”. Entrevista com Vito Mancuso

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05 Setembro 2024

Respeitar a sacralidade da vida, uma tarefa que toda pessoa de reta consciência deve sentir como sua, significa respeitar a sacralidade da liberdade, que é o lugar onde o viver se manifesta da maneira mais intensa. O filósofo e teólogo Vito Mancuso não tem dúvidas, concorda com Martina Oppelli, a arquiteta de 49 anos de Trieste, que ficou tetraplégica devido à esclerose múltipla, e pede para ter acesso ao suicídio medicamente assistido mas, depois de repetidas recusas, optou por denunciar a empresa de saúde (Asugi) por tortura...

A entrevista é de Valeria Pace, publicada por Il Piccolo di Trieste, 31-08-2024.

Eis a entrevista.

Em que sentido isso é uma tortura?

Embora eu não a conheça e não saiba nada sobre sua situação anterior, o que ela está vivenciando tem um aspecto de tortura, escrevi sobre isso também nos meus livros e ensaios: podemos chegar a sentir nosso corpo como uma tortura.

A vida humana se manifesta de diferentes maneiras, há uma vida física, uma vida psíquica e uma vida espiritual. Respeitar sua sacralidade é respeitar os três níveis em que a vida se manifesta. Normalmente, há uma perfeita identificação entre o corpo e nós mesmos, mas a doença é o momento em que essa identificação falha. Quando a doença se torna algo que separa esses aspectos de forma definitiva e dolorosa, quando se percebe que a dimensão física da existência é inimiga da dimensão mais elevada, aquela livre que se expressa na decisão, é humano, antes mesmo que justo, que uma pessoa chegue a se defender de seu próprio corpo. Nós somos a nossa liberdade.

A Asugi enfatiza o fato de que falta uma definição normativa clara dos procedimentos solicitados. É justo que se peça aos médicos para atuar em um quadro que consideram incerto?

Acredito que os médicos têm a tarefa de cuidar das pessoas. Não é justo pedir a eles que supram as carências da política. Médicos e pacientes precisam ter uma lei clara que mostre que essa é uma forma adicional de cuidado. Como, não sei, não sou jurista. Mas o médico, ao parar de cuidar do corpo, alimenta o cuidado da liberdade. Um Estado digno desse nome só pode permitir que os cidadãos exerçam a autodeterminação.

Os médicos propõem que Martina tome mais medicamentos para a dor e avalie a possibilidade de colocar uma sonda de alimentação. Ela se recusa porque não quer perder a lucidez ou ser violada por tubos...

Quando uma pessoa decide que quer permanecer consciente, no controle de suas ações até a hora da morte, conceder-lhe isso é o máximo do cuidado. Seria uma falta de cuidado enchê-la de fármacos e medicamentos psicotrópicos para impedi-la de sentir dor e tirar sua livre consciência. Uma boa morte é poder vivê-la, poder dizer adeus ou até logo ou o que quer que a espiritualidade pessoal permita dizer ao mundo e aos entes queridos. Não é uma boa morte aquela de quem é deixado para vegetar como um pacote com tubos entrando no corpo. É claro que Martina deve poder recusar os medicamentos se quisermos cuidar dela. Se quisermos explorá-la, transformando-a em uma bandeira ideológica, então que se continue a não lhe prestar atenção, mas assim não se está cuidando dela, muito pelo contrário.

Martina faz questão de parecer arrumada apesar da doença. Isso, segundo ela, desorienta, tanto que, após a segunda recusa, pensou em postar vídeos de seus momentos menos dignos para que sua condição fosse melhor entendida, mas depois reconsiderou...

Considero belíssimo que um ser humano também mantenha sua dignidade do ponto de vista estético. Cada um de nós escolhe como se apresenta aos outros, nós também somos exterioridade. As pessoas que pensam que, para mostrar que estão sofrendo, precisam estar mal arrumados e descuidados, demonstram miopia espiritual, não sabem entender a profundidade do cuidado da beleza em prol do bem-estar.

O que a dificuldade de aceitar que uma pessoa como Martina queira partir diz sobre nós?

Fala da ignorância estrutural com a qual temos de lidar, especialmente neste tempo, em que o ser humano é objeto de uma falsa cultura que o faz sentir-se eternamente jovem, belo, capaz de viajar. Em Bolonha, onde moro - e acho que é o mesmo em todas as grandes cidades -, não se vê mais um anúncio fúnebre, não se vê mais um funeral, não há mais casas exibindo luto. Até recentemente, se rezava para Nossa Senhora ‘agora e na hora de nossa morte’, era algo natural. Platão dizia que toda filosofia é aprender a morrer. E não só aprender a morrer nós mesmos, mas aceitar a morte alheia, que somos finitos, provisórios. Se a busca espiritual tem algum sentido, é justamente aquele de pensar sobre esses limites. A tarefa da espiritualidade é despertar para a verdade das coisas: nós morremos e cada um deve ter a sua morte.

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