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Restituir a importância à profissão de ensinar é o melhor remédio contra as dificuldades da Escola. Artigo de Massimo Recalcati

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07 Mai 2024

"A Escola está desorientada - como está desorientado o discurso educativo - porque é cada vez mais difícil fazer existir e transmitir de uma geração a outra o sentido da Lei como condição da possibilidade vital do desejo. No entanto, o sentido da Lei não se reanima olhando para o passado, lamentando nostalgicamente uma Escola disciplinar, pré-1968, fundada nos ideais patriarcais da obediência e do autoritarismo. É verdade que nos momentos de desorientação a tentação da recuperação nostálgica da autoridade indiscutível é máxima, mas nunca é o caminho certo", escreve Massimo Recalcati, psicanalista italiano, em artigo publicado por Repubblica, 03-05-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A dificuldade da Escola é uma dificuldade que não pode ser reduzida àquela dos estudantes nem aquela dos professores nem, muito menos, à das famílias. É antes de tudo a Escola como instituição o que está em dificuldade. Mas o que significa essa dificuldade? Reflete, no nosso tempo, o colapso mais generalizado do discurso educacional. Como fazer com que existam princípios educacionais em uma época como é aquela hipermoderna, cujo mandamento fundamental é o sucesso individual a qualquer custo?

Não acaso um dos maiores mal-entendidos que estamos vivendo é aquele que confunde o plano das regras com aquele do sentido da Lei. A educação não coincide com a regulação da vida, mas com a sua humanização. Educar não significa submeter a particularidade da vida do filho à universalidade abstrata das regras.

O respeito pelas regras é invocado como condição indispensável para garantir a construção de uma boa cidadania, mas o que se esquece é que as regras são apenas impedimentos externos que agem sobre o comportamento querendo limitar seus excessos. Conceber a educação a partir das regras é uma impostura porque não considera a diferença que existe entre as regras e o sentido da Lei. Não por acaso na Itália as regras tendem a multiplicar-se precisamente porque falta a aquisição coletiva do sentido da Lei.

A vida da Escola deveria ter como tarefa máxima a de transmitir o sentido da Lei para além do respeito formal das regras. O sentido da Lei implica a transmissão do sentido do impossível: não se pode ser tudo, fazer tudo, desfrutar tudo, ter tudo, saber tudo.

Se esse sentido não estiver inscrito no coração do filho - se o impossível for negado – afirma-se o princípio perverso - hoje totalmente hegemônico - de que tudo é possível. A consequência maior que está diante dos olhos de todos aqueles que lidam com o desconforto juvenil é a queda do desejo, seu definhamento.

A Escola está desorientada - como está desorientado o discurso educativo - porque é cada vez mais difícil fazer existir e transmitir de uma geração a outra o sentido da Lei como condição da possibilidade vital do desejo. No entanto, o sentido da Lei não se reanima olhando para o passado, lamentando nostalgicamente uma Escola disciplinar, pré-1968, fundada nos ideais patriarcais da obediência e do autoritarismo. É verdade que nos momentos de desorientação a tentação da recuperação nostálgica da autoridade indiscutível é máxima, mas nunca é o caminho certo.

Uma Escola que esteja à altura da tarefa de humanizar a vida não passa pela exumação da dimensão antiquada e repressiva da Lei. O valor indispensável da avaliação e da prova, que na minha opinião seria correto preservar, não pode ser sustentado por um uso sádico da própria avaliação e da prova.

Da mesma forma, se considero importante restituir valor à nota de conduta, é muito mais importante restituir valor à função dos professores num quadro de reforma global dos planos de estudo que favoreça as inclinações singulares dos alunos como já vem acontecendo há tempo em outras partes do mundo. Se o eixo simbólico da autoridade simbólica dos professores - garantido pela força da tradição – enfraqueceu-se, tornando o seu trabalho muito mais difícil, só a restauração da importância crucial da sua função poderá dar o devido peso à sua ação. Como se pode pretender que os alunos respeitem os seus professores se o Estado é o primeiro a não reconhecer o seu valor, a proletarizar as suas condições de vida, a humilhar o seu profissionalismo? É unicamente o trabalho dos professores que pode salvaguardar o nexo que une o sentido da Lei – nem tudo é possível – com a possibilidade geradora do desejo. Isso, porém, imporia uma seleção de sua atitude, a restauração de um critério seriamente meritocrático, a valorização dos melhores e um drástico afastamento da Escola daqueles que a parasitam.

Uma Escola não existe sem provas e avaliações, mas as provas e as avaliações não devem dizer respeito apenas aos estudantes, mas sobretudo a quem ensina. Ouçam os garotos de hoje descreverem seus professores. Quantos podem testemunhar ter encontrado uma testemunha efetiva do desejo de saber? O Estado tem a maior responsabilidade de revalorizar a função dos professores, reconhecendo também em termos econômicos o carácter decisivo da sua profissão. Mas, por outro lado, a vocação ao ensino é algo sério que deveria ser profundamente repensado. Ser professor não pode ser uma alternativa qualquer. Tendo dedicado uma vida ao ensino, sei bem como a palavra de um professor pode ser decisiva no percurso de uma vida. Desde que essa palavra seja viva, acesa, não apagada pelo tédio e pela resignação.

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