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Mataram uns 12 milhões de indígenas, contabiliza Las Casas. Artigo de Edelberto Behs

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06 Fevereiro 2023

"O Brasil, as Américas, a Europa têm uma dívida histórica para com os povos originários. Uma dívida a ser resgatada com urgência e, bem por isso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva merece aplausos pela criação do Ministério dos Povos Indígenas e a retomada da Funai", escreve Edelberto Behs, jornalista.

Eis o artigo.

Nesta terça-feira, 7 de fevereiro, o Brasil lembra o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas. Tem pouco a comemorar, mas muito, muito, a refletir, denunciar, penitenciar -se e lutar. Depois de o mundo tomar conhecimento do descaso em que o povo Yanomami foi largado nos últimos anos, com a invasão de garimpeiros, fazendeiros, madeireiros em suas terras ancestrais, a pergunta que fica é: o que mudou nos últimos 500 anos?

Em O paraíso destruído (L&PM, 2007), publicado em 1552, o frei Bartolomé de Las Casas denuncia e descreve as atrocidades cometidas por espanhóis nas “Índias”, “descoberta” por Cristóvão Colombo em 1492, que vem a ser a América Central. Mas ele também denuncia a ação devastadora de “cristãos” em terras peruanas, equatorianas, colombianas e venezuelanas.

Os relatos do frei dominicano, que se graduou em Direito e depois seguiu o caminho religioso, é simplesmente apavorante. Como é possível o ser humano chegar a tal ponto de degradação para com seus semelhantes! E o que é que o frei dominicano conta?

Ele narra episódios que, como diz, “vi com os meus próprios olhos” e o que coletou de colegas, o modo de procedimento dos espanhóis no contato com os indígenas. Os europeus eram recebidos amigavelmente, às vezes até com honras, ganhavam alimento e pousada para, em seguida, serem traídos.

Em páginas e páginas Las Casas conta como os espanhóis passavam homens, mulheres, crianças, idosos, ao fio da espada. Ou como colocavam um grupo inteiro em casas e as queimavam. Ou como eram tratados os que tentavam fugir: perdiam o nariz pelo corte da espada.

Milhares de homens foram encaminhados para a mineração. Trabalhavam até a exaustão. Eram mal alimentados, tratados como animais. Tinham, pois, pouca importância, já que ao se desgastarem, morrerem, eram logo substituídos por outros indígenas escravizados.

Las Casas traz o relato do frei franciscano Marc de Nise, da comissão superior da ordem no Peru:

- Sou testemunha de que, sem que esses índios tivessem dado motivo algum, os espanhóis, logo que entraram em seu país (Peru), e depois de haver o grande cacique Ataualpa dado aos espanhóis mais de dois milhões de ouro e haver-lhes submetido o país sem resistência, incontinenti os espanhóis queimaram Ataualpa, que era senhor de todo o país.

- E vi também que os espanhóis fizeram correr os cães sobre os índios para fazê-los em pedaços; e os vi queimarem um número tão grande de casas e povoados que não poderia nunca dizer quantos. É também mui verdadeiro que arrancavam as criancinhas dos seios das mães e que, pegando-as pelos braços, as arremessavam tão longe quanto podiam...

Las Casas contabiliza:

- Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e diabólicas ações dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças; e verdadeiramente eu creio, e penso não ser absolutamente exagerado, que morreram mais de quinze milhões.

Doze milhões até 1550. Quantos milhões de 1550 a 2022?

E qual a razão de tal morticínio em massa, pior que o holocausto nazista:

- A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi unicamente não ter outra finalidade última senão o ouro...

Ouro, ouro, ouro – a desgraça da terra Yanomami. No contato com os europeus, povos indígenas descobriram que o que tinham em mãos – ouro – era cobiçado pela invasores. Certamente, esses povos sequer o tinham como algum valor comercial, assim como não davam tal valor à prata e pedras preciosas.

O que mudou? O método. Já não se matam indígenas ao fio da espada, nem se colocam cachorros a correr atrás deles, ou são queimados vivos. Mas se mata com mercúrio, com doenças transmissíveis, com invasões de suas terras para a extração de riquezas. E isso, até há pouco tempo, com o aval de um governo genocida.

Como será que Yanomamis enxergam os não indígenas? Qual a história que eles teriam a contar? A história dos perdedores, a história dos invadidos, a história dos dizimados?

O Brasil, as Américas, a Europa têm uma dívida histórica para com os povos originários. Uma dívida a ser resgatada com urgência e, bem por isso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva merece aplausos pela criação do Ministério dos Povos Indígenas e a retomada da Funai. Não são só os Yanomamis que se encontram em estado calamitoso ou lutando por terra e vida. Basta olhar para as comunidades Kaingang em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os Guaranis Kaiowá no Mato Grosso do Sul, os Tapajós no Pará, os Tuxá na Bahia...

O ministério recém instalado não resolverá todos os problemas, é claro, mas dá um sinal de que a dívida social, histórica, começa a ser paga. Contra toda a ganância de “pessoas de bem”.

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