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Quando a filosofia se renovou com o pensamento fraco de Vattimo. Artigo de Umberto Galimberti

Foto: Pixabay

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09 Junho 2021

 

"Assim como Nietzsche e Heidegger, Vattimo também mina na base as modalidades com que a filosofia do Ocidente se configurou, mas, ao contrário deles, desce ao campo minado da práxis social, não apenas como um filósofo teórico que descreve uma nova modalidade de ler o mundo, não mais com olhos metafísicos, mas com o testemunho da própria vida".

A opinião é de Umberto Galimberti, filósofo e psicanalista italiano, em artigo publicado por La Repubblica, 22-05-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o artigo.

 

Devo muito a Gianni Vattimo porque, sem que soubesse, ele marcou o meu percurso filosófico a partir de 1964, quando, durante a minha estada em Basel, onde Karl Jaspers (objeto da minha tese de doutorado) havia passado os últimos anos de ensino, eu lia “Ser, história e linguagem em Heidegger”, que Vattimo publicara no ano anterior pela editora Giappichelli, de Turim.

Naquele ano, eu ia visitar Jaspers e começava a ser seduzido por Heidegger, não como o conhecera na Universidade Católica, mas como o livro de Vattimo o estava me fazendo conhecer sob uma luz totalmente nova. Era um Heidegger que se despedia da metafísica inaugurada por Platão, que, durante séculos, presidiu o ordenamento do mundo e se colocou como garantia da sua estabilidade.

O Heidegger lido por Vattimo demolia essa estabilidade (que já havia sido abalada por Nietzsche com a sua denúncia da morte de Deus que a presidia) e inaugurava uma visão do ser não como uma estrutura sólida e irrefutável, mas como um evento que acontece na linguagem de quem o interpreta.

Eu era aluno de Emanuele Severino, o filósofo de “A estrutura original”. Uma estrutura que não se deixava arranhar. Quem a preside é o princípio da não contradição que, como diz Aristóteles: “Mesmo quem o nega, para o negar, deve empregá-lo”. Nenhuma objeção era praticável, e mesmo quem tentou, fracassou. Essa estrutura, ou se aceitava ou se rejeitava.

E qual podia ser, então, o meu percurso? Mais uma vez, sem que ele soubesse, Vattimo veio em meu socorro, de quem eu comecei a frequentar os seminários de verão que ele ministrava nos anos 1980, na Úmbria. Em um desses seminários, Vattimo definiu o pensamento de Severino como “pensamento forte”.

Foi naqueles anos que o “pensamento fraco” de Vattimo foi contraposto ao “pensamento forte” de Severino. A ambos é preciso reconhecer o grande mérito de terem emancipado de forma decisiva a filosofia italiana, que por muito tempo não havia ido além da herança de Croce e Gentile.

Mas o que significa “fraco”? Significa que nenhuma forma de pensamento é capaz de expressar uma verdade absoluta como a metafísica pretendia; significa que não há um Deus que, como quer a tradição platônico-aristotélica, pode ser pensado como causa do ser e como fundamento da moral; significa que o ser não pode ser conhecido por meio da sua objetivação, como a ciência pretende fazer; significa que o homem submetido aos valores da moral deduzida da metafísica entra em declínio, e que, em seu lugar, abre-se o espaço do “Além-do-homem” (como Vattimo traduz o Übermensch de Nietzsche, geralmente traduzido como “Super-homem”), que, escreve Vattimo: “Manifesta-se como uma forma de humanidade colocada além do homem como ele é hoje”, ou seja, pensado no topo da hierarquia do ser, ao qual foi atribuído o domínio da terra.

O homem, como quer a lição de Heidegger, é um ser lançado ao mundo, em uma determinada época histórica, cultura e tradição, fatores estes que condicionam a sua compreensão do ser e dos quais, aliás, não pode prescindir. A partir daí começa o caminho de Vattimo rumo à hermenêutica de Gadamer, para o qual não há uma leitura da realidade válida para todos, pois cada um julga a partir dos seus próprios preconceitos, que são os condicionamentos culturais em que cada um nasceu e cresceu; e, como não se pode prescindir de tais preconceitos, “é preciso estar neles – escreve Gadamer – do modo certo”.

O modo certo é o de comparar a própria visão do mundo em um diálogo contínuo com a visão do modo dos outros. Essa é a verdadeira essência da “tolerância”. Essa atitude tem imediatamente aplicações práticas: em termos religiosos, significa uma retomada do “cristianismo” que se despede dos dogmas da tradição em favor dos valores da fraternidade e da caridade; em termos políticos, significa a retomada do “comunismo” que se despede das suas falimentares realizações históricas para voltar a concordar com os motivos de fundo que o geraram, que são, aliás, as desigualdades que absolutamente não desapareceram da face da terra.

Assim como Nietzsche e Heidegger, Vattimo também mina na base as modalidades com que a filosofia do Ocidente se configurou, mas, ao contrário deles, desce ao campo minado da práxis social, não apenas como um filósofo teórico que descreve uma nova modalidade de ler o mundo, não mais com olhos metafísicos, mas com o testemunho da própria vida.

Porque, como escreve Antonio Gnoli na sua estupenda “Introdução” aos “Scritti filosofici e politici” (Ed. La nave di Teseo, apresentação de Gaetano Chiurazzi), de Vattimo: “O modo com que ele concebeu a filosofia coincide em parte com o sentimento com que ele interpretou a sua vida”.

Vattimo abriu o caminho. Agora, o caminho espera por quem, em um mundo instável e nada garantido, têm a coragem de se pôr a caminho não só com o próprio pensamento.

 

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