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“A mentalidade ocidental foi moldada pela Igreja Católica”. Entrevista com Joseph Henrich

Foto: Pixabay

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24 Abril 2021

 

De acordo com Joseph Henrich, professor na Universidade de Harvard, a psicologia da população ocidental é marcada pelos preceitos da Igreja Católica desde o fim da Antiguidade.

A entrevista é de Anne Guion, publicada por La Vie, 21-04-2021. A tradução é de André Langer.

Joseph Henrich é professor de biologia evolutiva humana em Harvard e publicou The WEIRDest People in the World. How the West Became Psychological Peculiar and Particularly Prosperous (As pessoas mais 'Weird' do Mundo. Como o Ocidente se tornou Psicologicamente Peculiar e Particularmente Próspera, em tradução livre), ed. Farrar, Straus and Giroux.

 

Eis a entrevista.

 

Você poderia descrever o que chama de “Weird”, e por que escolheu essa sigla?

Durante cinco anos, juntamente com dois colegas, revisamos a literatura científica sobre as diferenças psicológicas no mundo. Depois de compilar todos os resultados disponíveis nos campos da psicologia, economia e ciências do comportamento, descobrimos que as diferenças psicológicas entre as populações eram significativas. Mas também que esses estudos sempre testaram o mesmo tipo de pessoa: 96% dos trabalhos diziam respeito a ocidentais e, entre eles, muitas vezes a americanos.

No entanto, sua psicologia é muito particular em comparação com a psicologia do resto da população mundial! Para aumentar a tomada de consciência sobre esse viés metodológico (pesquisadores que focam seus estudos em uma população nada representativa do resto do mundo), nós o chamamos de “Weird” (a palavra inglesa weird significa “estranho, bizarro”, nota do editor.) para Western (ocidental), educated (educado), industrialised (industrializado), rich (rico) e democratic (democrático).

Os ocidentais são tão estranhos assim? Em que eles são diferentes de outras populações?

Uma de suas características mais surpreendentes é o individualismo. Eles têm a tendência a se concentrar primeiro em si mesmos e estão muito preocupados com a imagem que transmitem. Enquanto em outras partes do mundo, quando as pessoas pensam em si mesmas, elas pensam primeiro em seu lugar na família e na sua rede social.

Assim, nem todos respondem a mesma coisa à pergunta “quem sou eu?” Quando você perguntar a estudantes americanos, eles responderão: “Eu sou curioso”, “Eu sou um caiaquista”, ao passo que outra parte das pessoas dirá: “Eu sou filho de Joshua”, “Eu pertenço a tal clã, a tal grupo étnico”...

Os ocidentais também tendem a pensar de maneira analítica. Essa forma de pensamento coloca as pessoas ou os objetos em categorias distintas e atribui a eles propriedades para explicar seu comportamento. Ao passo que, fora do Ocidente, as pessoas pensam de forma holística: elas dependem primeiro das relações interpessoais e do contexto.

Finalmente, uma outra característica da psicologia ocidental é a preocupação com a intenção. Quando os ocidentais se perguntam se alguém é culpado de um delito ou crime, quase sempre perguntam: qual era a intenção da pessoa? Em que estado mental ela estava naquele momento?

Em muitas sociedades não Weird, as penalidades para os homicídios premeditados e acidentais são as mesmas, ao passo que em muitas sociedades Weird elas dependem dos estados mentais, das intenções e das suas crenças.

Como os ocidentais se tornaram Weird?

Existem muitos fatores. Tudo começou quando a Igreja Ocidental, que mais tarde se tornou católica romana, quebrou, no final da Antiguidade, o padrão familiar da época ao estabelecer uma série de tabus em relação aos casamentos entre primos, uma campanha contra os casamentos polígamos e novos costumes em matéria de herança.

As famílias europeias que eram anteriormente estruturadas por parentesco e clãs evoluíram para famílias nucleares monogâmicas. É essa estrutura familiar e suas variações que, aos poucos, vão dando origem a esse pensamento particular, mais individualista e analítico.

Quando as sociedades europeias se tornaram cada vez mais dominadas pelas famílias nucleares monogâmicas no início da Idade Média, foram criadas leis que se concentravam cada vez mais no indivíduo e em suas intenções, direitos e obrigações como pessoa, distintas de seus grupos de origem.

Essas leis moldaram, na continuidade, o mundo em que os europeus cresceram, e houve esse tipo de coevolução entre nossa psicologia, de um lado, e nossas normas e instituições sociais, do outro.

Por que a Igreja Católica fez isso?

Sem dúvida porque os clérigos pensaram que isso era vontade de Deus! Mas há outra maneira de ver isso. A maneira como as religiões lidam com o casamento e as questões familiares têm consequências para sua perenidade.

Por exemplo, os Shakers [ou também denominada Sociedade Unida dos Crentes na Segunda Aparição de Cristo], uma Igreja protestante americana radical nascida no século XVIII, proibiam as relações sexuais durante o casamento. O que não oferece as condições ideais para se desenvolver uma religião... E essa Igreja, claro, acabou morrendo.

No final da Antiguidade, a Igreja Católica estabeleceu uma série de tabus extremos em torno do casamento. Os clérigos da época provavelmente não estavam cientes das consequências de longo prazo dessas políticas. Embora o próprio Santo Agostinho tenha escrito que esse novo padrão conjugal e familiar possibilitaria a criação de novos vínculos entre as populações.

Você argumenta que é essa mentalidade Weird tão particular que está na origem do boom econômico e da dominação do Ocidente. Por quê?

Concentro-me em meu livro na origem da inovação no mundo ocidental, no surgimento da revolução industrial e sua rápida propagação da Inglaterra para a França, Holanda e Estados Unidos.

Alguns dos elementos específicos da psicologia Weird, como o individualismo e a confiança nos estranhos, facilitam a troca de ideias. No entanto, as inovações sempre aparecem nessa turbulência, o que chamamos de inteligência coletiva.

A psicologia Weird está se espalhando por todo o mundo ou, pelo contrário, está em declínio?

A expansão das tecnologias e a busca por novos mercados levaram à dispersão das populações ocidentais por todo o mundo, às vezes como resultado de conquistas violentas e até de genocídios.

Isso resultou na difusão de instituições e métodos de gestão das populações europeias, o que modificou a psicologia das pessoas em todo o mundo. Mas o que notamos não é tanto a disseminação da psicologia Weird como ela é, mas sim formas de recombinação, novas maneiras de pensar

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O que é o Ocidente? Para esta pergunta simples, esta edição especial oferece uma resposta complexa e fascinante. Desde a época da Grécia antiga, o Ocidente tem mudado constantemente seus contornos para designar sucessivamente o Império Romano, a cristandade medieval, a Europa colonial, o mundo livre... Seus valores universais, seu poder absoluto, suas fraquezas explicam por que sempre desperta fascinação e repulsa. Esta história é contada pelos melhores especialistas e mapas de apoio. Uma obra fundamental para compreender os desafios do mundo contemporâneo.

 

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