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Religião e ciência: um assunto sério. Artigo de John Polkinghorne

Foto: Rakicevic Nenand | Pexels

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15 Março 2021

No dia 9 de março passado, em Cambridge, morreu John Polkinghorne, físico matemático, teólogo e padre anglicano. Figura central no debate sobre a relação entre ciência e religião no século XX.

O sítio Settimana News, 14-03-2021, publicou um breve discurso dele, no qual ele sintetiza a sua abordagem sobre a questão. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

A ciência e a religião são duas das forças mais influentes na sociedade contemporânea. Alguns as veem como alternativas, em competição; mas alguém como eu, que é ao mesmo tempo ex-professor de Ciências em Cambridge e padre anglicano, quer assumi-las com a mesma seriedade.

Estou orgulhoso pelo fato de Cambridge ter sido a primeira universidade do Reino Unido a conceder uma cátedra em Teologia e Ciência.

A possibilidade de uma interação frutuosa entre ciência e religião nasce do fato de que ambas estão interessadas na busca de uma compreensão verdadeira, a ser alcançada por meio de crenças motivadas. Naturalmente, esta é uma afirmação filosoficamente contestada, mas a minha experiência científica me encoraja a adotar a posição do “realismo crítico” em relação às intuições tanto da ciência quanto da religião.

O termo “realismo” significa a convicção de que podemos obter um conhecimento efetivo da natureza da realidade; enquanto a descrição “crítica” assinala que esse conhecimento nunca é completo ou absolutamente certo, embora suficientemente bem sustentado por evidências para tornar o compromisso com ele um ato racional.

A ciência e a religião olham para domínios diferentes de encontro com a realidade. A ciência tem a ver com uma dimensão objetiva, na qual as coisas podem ser manipuladas e os eventos, repetidos, tendo acesso assim à grande arma da verificabilidade experimental. No entanto, todos sabemos que existem muitos níveis de encontro com a realidade – tanto o pessoal quanto, eu diria, o transpessoal com a realidade divina – nos quais nem a manipulação nem a repetição são possíveis sem violentar a realidade encontrada.

Nunca ouvimos um quarteto de Beethoven duas vezes do mesmo modo, embora reproduzamos a mesma gravação. Nesse âmbito pessoal, a experimentação deve dar lugar a algo como a confiança.

A diferença de domínios significa que a ciência e a religião fazem perguntas diferentes sobre a realidade: no primeiro caso, como as coisas acontecem; no segundo, se há significado, propósito e valor naquilo que acontece – questões que a ciência tende a excluir do seu discurso. Ciência e religião, portanto, se complementam mutuamente, em vez de serem rivais no mesmo terreno. Para uma plena compreensão, precisamos de ambos os modos de intuição.

Para dar um exemplo familiar, a chaleira está fervendo porque o gás aquece a água (processo) e porque eu quero fazer uma xícara de chá (propósito). Alguns argumentaram que essas diferenças são tão completamente separadas que não têm nada a dizer uma à outra, mas eu acho que esse ponto de vista está equivocado. As suas perguntas são diferentes, mas as respostas dadas devem ser reciprocamente compatíveis. Voltando ao exemplo doméstico, colocar a chaleira na geladeira colocaria em dúvida a minha intenção de fazer uma xícara de chá.

A busca comum pela verdade torna a ciência e a religião amigas, e não inimigas, com dons a oferecer uma à outra. A ciência pode dizer à religião como são efetivamente a natureza e a história do universo, um dom a ser recebido com gratidão, enquanto a teologia busca compreender o cosmos como uma criação divina.

Incomoda-me ver algumas pessoas religiosas que se recusam a levar a sério a verdade que a ciência tem a oferecer. O dom que a religião tem a oferecer à ciência não é o de responder às suas perguntas – porque temos todas as razões motivos para esperar que as perguntas científicas recebam respostas científicas; mas sim o de tomar as intuições da ciência e inseri-las em um contexto de inteligibilidade mais amplo e profundo.

As metaperguntas que surgem da experiência de fazer ciência nos levam para além da capacidade de resposta da ciência. Um exemplo pode bastar: por que a ciência é possível no modo profundo que a IR (radiação infravermelha) demonstrou ser? É claro, o processo evolutivo deve ter moldado o cérebro humano para que possamos compreender o mundo cotidiano no qual os nossos antepassados tinham que sobreviver.

Mas por que também somos capazes de compreender o mundo nebuloso e inconstante da física quântica, que parece tão distante do mundo cotidiano? Por que é a matemática – a mais abstrata das disciplinas – que fornece a chave para revelar os segredos profundos do mundo físico?

É uma verdadeira técnica de descoberta na física fundamental procurar teorias que sejam expressadas em termos daquilo que os matemáticos podem reconhecer e concordar com belas equações. Essa estratégia não é um ato de indulgência estética, porque, de vez em quando, demonstrou-se que são precisamente essas teorias que fornecem a fecundidade de explicação de longo prazo, que nos convence de que elas descrevem o modo como o mundo físico é.

O universo demonstrou ser surpreendentemente transparente do ponto de vista racional e belo do ponto de vista racional. Trata-se apenas de uma fortuna casual ou de um fato de grande significado? A ciência explora esse fato, mas não é capaz de explicá-lo.

Eu descrevi um mundo que, na sua profunda inteligibilidade, poderia ser justamente descrito como um mundo atravessado por signos da mente. Eu acho que é totalmente razoável acreditar que é a mente divina do Criador que está por trás da maravilhosa ordem do cosmos.

Gosto de dizer que a minha visão do mundo tem “dois olhos”: através da perspectiva da ciência e da religião. Uma visão binocular que me torna capaz de olhar para além daquilo que eu veria com um olho só. Devo levar a ciência e a religião com a mesma seriedade.

 

Leia mais

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