12 Fevereiro 2021
Até o meio do ano, a Hanson Robotics, com sede em Hong Kong, vai ofertar no mercado os robôs Sophia e Hansons, que são parecidos com seres humanos. “Isso pode ser muito útil nestes tempos em que as pessoas estão terrivelmente solitárias e socialmente isoladas”, disse para a Reuters o fundador e presidente executivo da empresa, David Hanson.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Pesquisadores preveem que a pandemia abrirá novas oportunidades para a indústria robótica. A própria Sophia, que é capaz de manter uma conversação e reproduzir expressões faciais, tem resposta pra essa questão: “Robôs sociais como eu podem cuidar de doentes ou idosos. Eu posso ajudar a me comunicar, dar terapia e fornecer estímulo social, mesmo em situações difíceis”.
O novo robô da empresa será a Grace, que será vendida para uso no setor de saúde. Hanson acredita que as soluções robóticas para a pandemia vão além da área da saúde, porque também podem ajudar clientes em setores como varejo e companhias aéreas. “O mundo do covid-19 vai precisar de mais e mais automação para manter as pessoas seguras”, afirmou o empresário ao TechBreak do IG.
Em comentário postado no site do Break Point Colson Center, o presidente do Centro Chuck Colson para a cosmovisão cristã, John Stonestreet, levanta uma questão moral quanto à produção de humanoides. Deus criou criaturas à sua imagem, com corpo e alma. “Tentar separar os dois é rejeitar o Seu desígnio”, disse. “Substituir uma relação real de humano para humano por um robô artificialmente inteligente também é separar corpo e alma”, justificou.
Argumentou que nenhuma coleção de frases encantadoras, movimentos humanos, memórias de vida injetadas ou expressões faciais empáticas serão portadoras de imagem. Lembrou que os maiores mandamentos são “amar a Deus” e “amar nosso próximo como a nós mesmo”. Humanóides não são capazes disso.
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Empresa de robótica colocará no mercado robôs para pessoas solitárias - Instituto Humanitas Unisinos - IHU