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O medo da vacina e o senso de comunidade. Artigo de Massimo Recalcati

Foto: Pixabay

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04 Janeiro 2021

Existe um componente psicológico “irracional” na recusa a se vacinar que não deve ser subestimado. Não é muito diferente da angústia que impossibilita viajar de avião ou frequentar lugares lotados, submeter-se a uma anestesia ou atravessar um longo túnel de carro. O denominador comum de todas essas situações aparentemente tão heterogêneas é a inevitável perda de controle que, de forma mais ou menos acentuada, o sujeito é forçado a experimentar.

A opinião é de Massimo Recalcati, psicanalista italiano e professor das universidades de Pavia e de Verona, em artigo publicado em La Repubblica, 27-12-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Segundo ele, "uma das lições mais significativas transmitidas pelo terrível magistério da Covid consiste em ter nos mostrado que a salvação ou é coletiva ou é impossível, e que, consequentemente, ou a liberdade é vivida como solidariedade ou permanece como uma declaração meramente retórica".

Eis o artigo.

Não esperávamos outra coisa. Nos últimos dias deste ano terrível, as primeiras doses da vacina serão distribuídas por toda a Europa. Finalmente, pode-se ver um pouco de luz no fim do túnel. No entanto, injetar no próprio corpo uma substância estranha, mesmo que encarregada de defendê-lo do mal, absolutamente não é algo que é vivido por todos como um benefício. E não só por problemáticas ideológicas, como ocorreu na Itália com os chamados No-vax. E nem por uma avaliação racional sobre os eventuais efeitos colaterais que a vacina poderia, mesmo que em porcentagens mínimas, determinar.

Existe um componente psicológico “irracional” na recusa a se vacinar que não deve ser subestimado. Não é muito diferente da angústia que impossibilita viajar de avião ou frequentar lugares lotados, submeter-se a uma anestesia ou atravessar um longo túnel de carro. O denominador comum de todas essas situações aparentemente tão heterogêneas é a inevitável perda de controle que, de forma mais ou menos acentuada, o sujeito é forçado a experimentar.

E se o avião caísse no vazio ou o túnel desabasse repentinamente ou se tornasse cenário de um acidente que prendesse todos os viajantes, não lhes deixando rotas de fuga?

Em todas essas situações e em muitas outras ainda que o psicanalista ouve cotidianamente na sua prática, a angústia surge do sentimento de não poder governar a situação em que se encontra, inclusive forçosamente. Uma parte dessa angústia, se não se torna paralisante – se não me impede de suportar viagens de avião necessárias para o meu trabalho ou operações cirúrgicas igualmente necessárias para a minha saúde –, é normal, porque revela a nossa constituição vulnerável, ou seja, dependente das ações dos outros – o piloto do avião, o médico – aos quais devemos nos confiar.

É a mesma angústia que leva muitos seres humanos a preferirem o isolamento à vida de relações, sendo esta última um fator de perturbação inevitável do nosso equilíbrio. Não por acaso é do desconforto que surge a partir da relação com outros seres humanos que os pacientes de todos os sexos, raças e classes sociais falam com mais insistência: no trabalho, na família, nas relações afetivas mais profundas, a presença do outro, se por um lado é considerada essencial para a nossa vida, por outro é experimentada como fonte perpétua de desconforto.

Tomar a vacina é uma necessidade objetiva de saúde que poderá debelar o vírus, salvar vidas e permitir a retomada da nossa vida coletiva. Por essa razão, devemos estar prontos para as inúmeras objeções que extraem a sua linfa dessa angústia de não controle.

Como favorecer a adesão à campanha de vacinação? Sem dúvida, além das óbvias e decisivas argumentações estritamente sanitárias, trata-se de sustentar culturalmente que a vida humana não pode ser uma mônada fechada em si mesma, mas feita para ficar junto. E que a condição de estar junto é, nesta conjuntura dramática, a da vacinação.

Vencemos coletivamente a angústia do não controle potencializando a confiança no outro e mostrando que a ciência é um parceiro confiável. Esta fiabilidade exigira, acima de tudo, uma comunicação pública não improvisada e incoerente como, infelizmente, é preciso dizer, tem acontecido até hoje. Mas, acima de tudo, que haja gestos éticos capazes de testemunhá-la concretamente. Por parte dos cientistas, sobretudo, mas também dos nossos representantes políticos. Que sejam eles as primeiras testemunhas da importância da vacinação como possibilidade de libertação do mal e não como sabe-se lá qual risco de contaminação.

Mostrar que a vacina é um parceiro confiável ajudaria a reduzir a angústia pelo fato de tomá-la. É mais um exemplo de como a liberdade individual sem inscrição em uma comunidade solidária é uma pura abstração.

Já escrevi várias vezes nas páginas deste jornal: uma das lições mais significativas transmitidas pelo terrível magistério da Covid consiste em ter nos mostrado que a salvação ou é coletiva ou é impossível, e que, consequentemente, ou a liberdade é vivida como solidariedade ou permanece como uma declaração meramente retórica.

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