Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 9º Dia

Foto: Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania | Flickr CC

05 Março 2020

 

Dia 9 de Navegação - 05 de março (quinta-feira da semana I)

Desde os confins da terra, somos chamados à conversão

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva.

 

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios)

Jesus disse aos discípulos: “Pedi e vos será dado! Procurai e encontrareis! Batei e a porta vos será aberta! Pois todo aquele que pede recebe, quem procura encontra, e a quem bate, a porta será aber-ta. Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas. (Lucas 7,7-12)

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

O que pedimos e o que esperamos? O que eles nos pedem e o que oferecemos? Temos um Deus que nos deu o melhor que ele tem e colocou tudo à nossa disposição. Na Amazônia, os povos originários souberam reconhecer essa dimensão sagrada da Criação, algo que expressam com respeito e cuidado. Essa é uma maneira de dar, de deixar para seus filhos, para as gerações futuras, um meio de encontrar sustento.

Nossas atitudes, mediadas pelo imediatismo e pela falta de um pensamento de longo prazo, nos levam a deixar apenas pedras pelo caminho, a não deixar aquilo que permite uma vida em harmonia, vestígios de nossa falta de cuidado com o que nos cerca e de preocupação com aqueles que virão depois de nós. Nossa conversão tem que nos levar a ver a vida de uma forma diferente, a querer aprender não só com Deus, também com aqueles que entenderam sua mensagem e descobriram que d’Ele não virão pedras e cobras.

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e no serviço à Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que vivemos. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito lhe provoca como uma preparação interna para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Meditação Final (Querida Amazônia, 22)

“O Evangelho propõe a caridade divina que brota do Coração de Cristo e gera uma busca da justiça que é inseparavelmente um canto de fraternidade e solidariedade, um estímulo à cultura do encontro. A sabedoria do estilo de vida dos povos nativos – mesmo com todos os limites que possa ter – estimula-nos a aprofundar tal anseio”.

 

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