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A dois minutos do suicídio

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11 Fevereiro 2020

Em nosso século, a humanidade enfrenta três grandes questões existenciais: parar o aquecimento global, retroceder na proliferação da capacidade de destruição em massa e reduzir a desigualdade social e regional, ou seja, entre setores sociais e partes do mundo. Pela primeira vez na história da humanidade, o futuro da espécie depende da capacidade de responder a esses três desafios do século. É chocante que essa simples realidade soe a alarmismo pretensioso.

A reportagem é de Rafael Poch, publicada por Ctxt, 10-02-2020. A tradução é do Cepat.

Em 2019, o avanço em direção a esse colapso geral progrediu como uma tendência. Isso é indicado no simbólico relógio do dia do juízo (Doomsday Clock) que um grupo de cientistas e físicos que haviam trabalhado no desenvolvimento da primeira bomba atômica, o Projeto Manhattan, instituíram em 1947. Conscientes da máxima de um deles, Albert Einstein, de que “a bomba mudou tudo, exceto a mentalidade do homem”, e que uma eventual guerra nuclear seria a última, e que a próxima seria a pedradas, estabeleceram a meia-noite como o momento final.

Desde 1947, o tempo restante até a catástrofe dessa meia-noite nuclear é avaliado anualmente por esse grupo. Não são radicais de esquerda. Entre eles, se encontram não poucas personalidades acadêmicas liberais dos Estados Unidos, algumas delas ex-membros da administração presidencial. Em seu conselho de patrocinadores, há treze prêmios Nobel. Após avaliar os resultados do ano, o grupo decide se o ponteiro dos minutos avança em direção ao desastre, se o mantém na mesma posição do ano anterior ou se o atrasa. Assim, a partir de um propósito de alerta, a cada ano definem a tendência.

Em 1990, por exemplo, depois que os líderes da União Soviética e dos Estados Unidos assinaram importantes acordos de desarmamento, o grupo de cientistas atrasou a conta o mais distante da fatídica meia-noite, desde que começou esse exercício. Este ano, decidiram colocar a conta do ano de 2019 a 100 segundos das doze, menos de dois minutos. Nunca esse relógio do dia do juízo marcou uma hora tão próxima do Apocalipse.

Em sua decisão, explicada em uma coletiva de imprensa realizada em Washington, no 23 de janeiro, os cientistas disseram que “a situação da segurança internacional agora é mais perigosa do que nunca, ainda mais perigosa do que no auge da Guerra Fria”. Insuficientemente coberto pelos grandes meios de comunicação espanhóis, o ato contou com a presença do ex-secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.

Uma guerra nuclear que acabe com a civilização, seja desencadeada intencionalmente ou iniciada por erro ou simples ausência de comunicação, é uma “possibilidade genuína”. Não é alarmismo – Rafael Poch

Uma guerra nuclear que acabe com a civilização, seja desencadeada intencionalmente ou iniciada por erro ou simples ausência de comunicação, é uma “possibilidade genuína”. Não é alarmismo. A mudança climática que poderia devastar o planeta já está ocorrendo diante de nossos olhos. Não é uma discussão, mas um fato. Mas, por toda uma série de razões que incluem um ambiente de meios de comunicação corruptos e manipulados, e alguns governos e instituições incapazes de resolver esses problemas, a situação não é interrompida.

Os cientistas constatam algo fundamental na hora de justificar sua decisão de avançar na contagem regressiva anual para o desastre em vinte segundos. O problema, dizem, não é apenas que essas tendências ameaçadoras continuem progredindo, o problema do desastroso estado da segurança internacional é também que os líderes mundiais permitiram a degradação de toda a infraestrutura política internacional que foi construída para enfrentá-los. A combinação entre o claro progresso das tendências suicidas e as atitudes dos tomadores de decisão à frente das grandes potências e instituições globais constitui um coquetel aterrorizante que está se tornando óbvio até para os adolescentes.

Em 2019, pioraram as consequências da retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear alcançado com o Irã pelas grandes potências. Os Estados Unidos também se retiraram do acordo de forças nucleares intermediárias na Europa (INF, mísseis “táticos”, com menos de 5.000 quilômetros de alcance) e anunciaram que não estenderão o acordo START sobre mísseis “estratégicos” (de longo alcance). Também se retirarão do acordo que contempla a possibilidade de sobrevoar o território do competidor para confirmar a observância do pactuado (o Open Skies Treaty).

Na negociação com a Coréia do Norte, “o presidente Kim parece ter perdido a fé na vontade do presidente Trump de chegar a um acordo”, destaca o comunicado do grupo de especialistas do Doomsday Clock, que também menciona que, em suas relações, “os Estados Unidos adotaram um tom de intimidação e zombaria para com seus concorrentes chineses e russos”.

Para um grupo tão institucional e tão focado nos Estados Unidos como o desses cientistas, deve ter sido difícil não resumir essa enumeração de retrocessos com uma mera diatribe contra a irresponsável ação internacional de Washington. Porque “a corrupta e violenta oligarquia que governa os Estados Unidos” (são as palavras do ex-presidente Jimmy Carter), e com isso grande parte das decisões do mundo, não é a única oligarquia corrupta do mundo. Há muitas mais, mas ninguém tem tanta responsabilidade no estado de coisas a que chegamos. E a coisa não melhora em outros âmbitos:

Há 28 anos que há cúpulas do clima. Desde então (1992), as emissões não diminuíram, mas aumentaram em mais de 50%. Em termos de aquecimento global, a ação governamental também foi decepcionante em 2019 - Rafael Poch

Há 28 anos que há cúpulas do clima. Desde então (1992), as emissões não diminuíram, mas aumentaram em mais de 50%. Em termos de aquecimento global, a ação governamental também foi decepcionante em 2019. “Os Estados Unidos” - novamente - “se retiraram do acordo de Paris no ano passado. O Brasil recuou na proteção da Amazônia e a cúpula do clima de setembro ficou muito restrita”, afirma o comunicado dos cientistas. Enquanto isso, 2019 foi um dos anos mais quentes desde que há registro de temperaturas. A extração e busca de combustíveis fósseis continuaram aumentando junto com as emissões. A Índia registrou ondas de calor e inundações sem precedentes. A Austrália sofreu os piores incêndios de sua história. As calotas polares sofreram degelos acima do esperado...

A diferença entre a capacidade de destruição em massa e o aquecimento global é o fator tempo. O primeiro pode ser congelado, mantido como uma ameaça em potencial, exatamente como aconteceu durante a Guerra Fria. O segundo é uma ameaça que, caso não se faça nada, ou pouco, progride com o tempo. E ambos os problemas estão relacionados.

War y warming, guerra e aquecimento, não só têm a mesma raiz em inglês, como também exigem a mesma mudança de mentalidade para serem combatidos - Rafael Poch

A mudança climática promete enormes conflitos de recursos, tensões e problemas internacionais. No cenário histórico clássico, a guerra resolveu as diferenças entre os poderes, mas estamos em um novo mundo em que essas soluções não apenas não funcionam, mas também representam suicídio. War y warming, guerra e aquecimento, não só têm a mesma raiz em inglês, como também exigem a mesma mudança de mentalidade para serem combatidos.

Os cientistas do relógio não dizem isso, mas é óbvio que não atingimos essa enormidade suicida devido a alguma misteriosa fatalidade, nem por algumas características intrínsecas dos seres humanos. Chegamos aqui pelas mãos de um sistema socioeconômico concreto.

Esse sistema coloca o econômico e o lucro privado no centro e à frente da humanidade. Este sistema converte a produção em crematística. Esse sistema aumentou a luta de todos contra todos à categoria de religião e destrói a marchas forçadas os rudimentos do direito internacional que surgiram após a Segunda Guerra Mundial. Sua última tendência histórica é um claro aumento das desigualdades e uma bolha especulativa cujo centro e modelo são, mais uma vez, os Estados Unidos, um país que vive a crédito, gerando dívidas que o resto do mundo financia graças ao fato da moeda norte-americana continuar sendo a moeda do comércio global e investimentos de todo o mundo, inclusive de seus principais concorrentes chineses.

É claro que em nosso século não se deveria poder ser representante popular eleito sem ser anticapitalista, ecologista e anti-imperialista. Isso deveria ser o sentido comum, mas quantos desses estão nas instituições representativas? É possível mudar essas instituições para trabalharem orientadas para esse sentido comum? A questão subjacente a essas dúvidas é sobre o fosso entre tudo o que o relógio do dia do juízo adverte e a mentalidade e o nível dos políticos e dos cidadãos no sistema socioeconômico em que estão inseridos.

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