• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“Na Venezuela vivemos em uma ditadura e precisamos de uma transição”. Artigo de Pedro Trigo

Eleições na Venezuela, 2013. Foto: Joka Madruga / Flickr CC

Mais Lidos

  • Uma breve oração pelos mortos no massacre no Rio de Janeiro: “Nossa Senhora da minha escuridão, que me perdoe por gostar dos des-heróis”

    LER MAIS
  • “É muito normal ouvir que Jesus está para voltar. Mas quem está no púlpito dizendo que Jesus está para voltar está fazendo aplicações em ações ou investimentos futuros, porque nem ele mesmo acredita que Jesus está para voltar”, afirma o historiador

    Reflexão para o Dia dos Mortos: “Num mundo onde a experiência fundamentalista ensina o fiel a olhar o outro como inimigo, tudo se torna bestial”. Entrevista especial com André Chevitarese

    LER MAIS
  • De Rosalía a Hakuna, por que a imagem cristã retornou à música? Artigo de Clara Nuño

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

10 Fevereiro 2019

“Os acontecimentos estão em pleno desenvolvimento e há atores-chave cuja atitude é imprevisível”, escreve o teólogo Pedro Trigo, sj, em artigo publicado por Religión Digital, 08-02-2019. A tradução é de Graziela Wolfart.

Eis o artigo.

Estamos diante de uma ditadura com métodos totalitários. Chávez quis implantar um totalitarismo, mas fracassou porque para ele o socialismo do século XXI, em nosso país, era um socialismo rentista: com a renda do petróleo, tendencialmente, não era preciso explorar ninguém. Concebeu, então, um país de entusiastas receptores da renda petroleira, não de produtores. Não se deu conta de que o trabalho não é só um meio de vida, mas, mais do que isso, é um modo de vida: um canal primário de humanização, convivência e solidariedade. Além disso, por ressentimento, quis acabar com a iniciativa privada. Não só por reação ao desemprego empresarial do ano de 2002, mas mais ainda porque as empresas que confiscou foram à bancarrota ou operam com perdas e não gostava que a iniciativa privada produzisse, por isso buscou sufocá-la.

Sequer a PDVSA (Petróleos de Venezuela) funciona, ela que quando Chávez tomou o poder era uma empresa muito sólida. O que se produz é por associação com transnacionais. Quando caíram os preços petroleiros, como não se produz nem há divisas para importar, tudo começou a se esgotar e hoje quase não há nada de nada. O governo enche o país de dinheiro inorgânico e por isso tudo custa cada dia mais e a imensa maioria não tem dinheiro para comprar; além disso, não haveria produtos para todos, nem sequer para a maioria.

Agora o governo tem como único objetivo continuar no poder. Não lhe importa a sorte dos cidadãos. Por isso, a repressão crescente. Mas nenhuma ditadura perdura só por repressão; necessita uma clientela. Chávez a teve por seu poder carismático, realmente monstruoso, capaz de deixar sem palavras inclusive os seus inimigos intelectuais. Este governo, como não tem o carisma, alimenta-se dos nostálgicos que vivem das orientações do "Comandante supremo", agora "Comandante Eterno", que já não chegam nem a 1 milhão, e dos dependentes por alimentos e bônus cada dia mais escassos, que estão desaparecendo. O mesmo ocorre com os funcionários do Estado, cada dia menos dispostos a ir embora, controlados por lista.

Porém, sim, é real e verdadeira essa guerra econômica do império, que era a desculpa imaginária do governo até agora para fugir das suas responsabilidades. Mas, diferente das medidas anteriores que afetavam os funcionários por acusações criminais, estas medidas, sim, afetam drasticamente a cidadania, que, de estar à beira da morte, pode passar à morte de fato.

(Foto: Religión Digital)

Nesta situação temos que ter em conta que não tem sentido apoiar nenhum diálogo com o governo que não seja para uma transição na qual Maduro saia do governo. O governo provou repetidamente que só quer ganhar tempo para se manter. Convocar eleições parlamentares tem menos sentido ainda: primeiro porque não cabe e segundo porque continua sendo uma maneira de ganhar tempo e seguir como está. As únicas eleições têm que ser para eleger Presidente com um conselho eleitoral renovado e em um prazo razoável.

No entanto, se o governo concorda em abrir caminho para uma transição, nós, os demais atores, temos que aceitar que é preciso postergar a execução da justiça. Não haverá impunidade, mas hoje temos que lhes conceder um tempo. É elementar: são maus, mas não tolos. Temos que pagar esse preço, mesmo que seja muito difícil para nós.

Além disso, se somos cristãos, não temos que buscar única e principalmente que "o que se faz, se paga". Temos que buscar sua reabilitação. Não só a dos rostos mais visíveis do governo, mas de todos os funcionários, inclusive dos policiais, que foram delinquentes roubando, maltratando e até matando, como a de tantos cidadãos que se aproveitaram da situação. Se não conseguimos que se reabilitem, o país não será viável. E se não queremos sua reabilitação, seremos parte do problema e não da solução.

É imprescindível um governo de transição com três objetivos: (1) resgatar o Estado, “engolido” pelo governo, colocando em todos os âmbitos da burocracia pessoas idôneas e com probidade moral; (2) resgatar as Forças Armadas e as polícias, tornando-as independentes do governo, com profissionalismo e solidez moral; (3) resgatar a economia, dando garantias e incentivos à iniciativa privada com a exigência de que cumpra com sua responsabilidade social. E as empresas básicas nas mãos do Estado, sobretudo as petroleiras, e as empresas básicas em geral, têm que ser independentes do governo com idoneidade profissional e sentido público. Isto requer um tempo mínimo de três anos, não para que se solucione, mas para que os processos tomem corpo.

(Foto: Religión Digital)

No entanto, temos que ser conscientes de que a maioria dos governos que exercem pressão, digam o que disserem, não atuam para o bem dos cidadãos, mas por duas razões: os governos latino-americanos, sobretudo Bolsonaro e Duque, para sair um vizinho esquerdista e para que o que venha se alinhe com eles. Essa razão vale também para o governo de Trump. Mas para ele, e para a maioria, a razão de fundo é o petróleo: apoiam para ser sócios em condições vantajosas.

Se o governo que suceder Maduro é, como eles, de ultradireita ou simplesmente de direita, nas segundas eleições presidenciais, vão retornar os chavistas, e com toda razão, porque o povo ficará pior do que agora, que já está ruim. Temos que ter em conta que Chávez não ganhou as eleições do fim do século: as pessoas votaram pela saída de um regime que já não tinha nada para dar. As eleições de dezembro de 2015 não foram ganhas pela oposição: as pessoas votaram pela saída de um regime que já não tinha nada para dar. Se o eleito depois do governo de concentração nacional for de direita, as eleições seguintes não serão ganhas pelo chavismo e seremos um país como um carro atolado na lama, que não avança mais e só afunda. É o que de mais triste pode acontecer e que temos que evitar.

A tarefa mais importante hoje, mais que a ajuda humanitária, é nos organizar e nos dirigirmos a uma alternativa superadora. É mais que a ajuda humanitária porque esta, por definição, tem que contar com o Estado e, além disso, é de curta duração: por emergência; e, além do mais, como está a situação, não é fácil que chegue a seus destinatários e não fique pelo caminho. Vamos precisar muita ajuda de organizações solidárias por bastante tempo. Essa, muito mais capilar e direcionada, chega completa aos que a necessitam. Mas o que mais precisamos é discernimento para nos dirigirmos a uma alternativa superadora. Temos que ter em conta que para isso os governos não nos ajudarão, somente pessoas e organizações conscientes e solidárias, que vivam já de um modo alternativo ao que está em vigência, que é o que está atrelado ao binômio produção-consumo.

Temos que reduzir drasticamente a compulsão em adquirir mercadorias, temos que nos restringir ao realmente conveniente e empregar todas as demais energias e recursos na convivência no corpo social de modo mais qualitativo possível, no sentido mais humano, horizontal, criativo, dinâmico, gratuito e simbiótico possível.

Em âmbito estrutural a alternativa consiste em superar a divisão atual, característica da modernidade, entre o privado e o público. Temos que manter obviamente a distinção, mas não a separação como se tem praticado, que reduz o público à eficiência dentro dos moldes estabelecidos e que relega o privado ao gosto de cada um, contanto que não colida com as leis. O que está ausente em ambos os níveis é o processo de constituição em pessoas com qualidade humana e de ambientes que propiciem a humanização. Temos que substituir este horizonte, tanto no público como no privado. E temos que aceitar que a política se ocupe dos mínimos de bem comum indispensáveis para que seja possível a convivência ordenada e humana e para o alento a quem, de outros âmbitos religiosos ou simplesmente humanistas, fomenta estes seres humanos consistentes e solidários, bem como as organizações que se encaminham em aspectos concretos, até os máximos de bem comum, que não são exigíveis por lei.

Um tema imprescindível para uma alternativa superadora é que a empresa cumpra com sua função social, de maneira que sua rentabilidade provenha de sua alta produtividade e não da negação de todos seus direitos ao trabalho, como em grande medida acontece hoje no mundo. Graças a Deus, assim como muita gente, sobretudo popular, aprendeu com este tempo miserável e está disposta a viver de modo mais consciente e responsável que como viveu antes de Chávez, também vários empresários aprenderam com esta dura experiência tão a contracorrente e, por isso, ao ver que seus trabalhadores estão de acordo, estão dispostos a seguir nesse tom, em outro cenário mais flexível.

Leia mais

  • A Venezuela chegou ao fundo do poço. É preciso uma democracia real. Entrevista especial com Pedro Trigo
  • Venezuela: do totalitarismo para a ditadura?
  • ¿A dónde va Venezuela? (si es que va a alguna parte) Entrevista con Manuel Sutherland
  • Paulo Arantes: para militares brasileiros, Venezuela é uma Síria em potencial
  • Tudo o que Chávez deixou como legado
  • Venezuela. Petróleo, religião e política
  • Latinoamérica: La crisis de los gobiernos “progresistas” (IHU/Adital)
  • Venezuela. A fronteira dos desesperados que fogem de Maduro
  • Maduro vence eleição em meio a acusações de manipulação do pleito e boicote da oposição
  • O mapa mundi se povoou de ultradireitistas. De Le Pen e Salvini na Europa, passando por Duterte, nas Filipinas, até Bolsonaro, no Brasil

Notícias relacionadas

  • Solicitan al Canciller interino de Brasil explicar intento de compra de voto contra Venezuela en Mercosur

    LER MAIS
  • Como a crise na Venezuela azedou a diplomacia entre Brasil e Uruguai de forma inédita

    LER MAIS
  • Governos progressistas na América Latina: notas sobre o fim de um ciclo

    “Nos últimos anos, o auge do extrativismo e a limitação de alguns direitos e liberdades levaram a um aumento do conflito entr[...]

    LER MAIS
  • Vaticano aceita mediar negociações entre o chavismo e a oposição

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados