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Por: Lara Ely | Tradução: Juan Hermida | 26 Setembro 2017

Actualmente, 8 de cada 10 latinoamericanos vive em áreas urbanas, especialmente en grandes conglomerados. No es una coincidencia que el concepto de “derecho a la ciudad” haya sido tomado como bandera de lucha en el continente. Es que vivir en la ciudad con el pleno ejercicio de los derechos de ciudadano no es un privilegio de la mayoría: problemas urbanísticos como el acceso al transporte colectivo, la informalidad en el trabajo y la vulnerabilidad de los barrios pobres son elementos que obstaculizan el progreso.

En la vivienda, por ejemplo, debido al alto costo, muchas personas buscan áreas periféricas que no poseen servicios básicos, como agua potable o electricidad. En América Latina, cerca de 25% de las personas viven en áreas de asentamientos informales, en donde construyen como pueden – a veces en colinas o en áreas de inundación. El acceso al transporte es restricto en esas regiones. Se estima que 15% de los latinoamericanos no tengan medios de transporte a menos de diez minutos de sus casas. Y los que tienen redes de transportes pasan horas en congestionamientos o hacen diversas combinaciones de modales de transporte – incluyendo ómnibus no autorizados- para llegar a su destino. En relación al trabajo, casi la mitad de los que viven en el continente se ganan la vida con actividades informales.

En entrevista al IHU On-Line publicada este lunes (25/09/2017), la geógrafa Nola Patrícia Gamalho atribuye la desigualdad de las grandes ciudades al desarrollo urbano pautado en la lógica del capital, según ella, en cuanto las ciudades sean pensadas de forma vertical, por una orden distante e ideológica de dominación, se tiene el predomino de los intereses del capital, extraños a lo que da vida a las ciudades, en donde las relaciones socio espaciales son pautadas por la proximidad. “Por un lado, se tiene la ciudad como prácticas de apropiación, por otro, como propiedad. En el primero, tenemos ciudades más humanas, en el segundo la lógica del mercado”, afirma.

Ella menciona la obra de la autora Jane Jacobs Muerte y vida de las grandes ciudades (San Pablo: Martins Fontes, 2014), en que la ausencia de las personas en las calles favorece la violencia. Así, podemos reflexionar sobre el crecimiento de un modo de vida individualista basado en la propiedad privada, de carácter fuertemente neoliberal. Romper con esas fracturas y violencias corroboraría en la constitución de ciudades más humanas

En Brasil, la urbanización, desde los años 1950, ha presentado índices sorprendentes, pues, hasta los años 40, la población urbana brasileña era apenas 37% del total, en cuanto que en los años 1990 ella se aproxima de los 80%. El crecimiento de las ciudades medias, en detrimento del crecimiento de las metrópolis, no ha traído ninguna mejora en la condición de vida para las poblaciones urbanas. Lo que es peor, la distribución de renta empeoró en todos los niveles de aglomeraciones urbanas. El hecho a ser observado es el empeoramiento de las condiciones generales de reproducción de la fuerza de trabajo, o sea, el trabajador viene enfrentando una vida más cara en todas las ciudades, a pesar del aumento del PBI.

La distancia que nos une – un retrato de la desigualdad es el título del estudio divulgado este lunes, 25/09/2017, por la Oxfam Brasil, organización que trabaja en el combate a la pobreza y la desigualdad. El estudio investiga las raíces y soluciones para un país en donde se distribuye de forma desigual factores como renta, riqueza y servicios esenciales, y señala que la disminución del desempleo y el aumento de la formalización del trabajo son factores relevantes en el combate a las desigualdades. En este contexto, la Oxfam defiende la revisión de la recién aprobada reforma laboral, la cual fue responsable por la disminución de derechos.

Aprobada por el Congreso y sancionada por el presidente Michel Temer el 13 de julio, la nueva legislación cambiará la vida de millares de trabajadores brasileños a partir de noviembre. Entre los más afectados están los trabajadores del campo, en donde son bajos los salarios y grande la vulnerabilidad social.

Uno de los cambios más significativos para la población rural es el fin del pagamento por hora de desplazamiento. La reforma amenaza lo que acostumbraba ser un puerto seguro del trabajador del campo: el salario mínimo. Las nuevas formulaciones para el estatuto del trabajador pueden producir reflexiones en la desigualdad y, por consecuencia, en la formación de la vida en las grandes ciudades.

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