Sacerdócio de homens casados e consulta para a escolha do novo vigário de Roma: as novidades do papa

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13 Março 2017

As novidades bergoglianas nunca acabam, e, por isso, chegaram mais duas: o prenúncio de uma “reflexão” sobre a ordenação sacerdotal de homens casados e o anúncio de uma consulta para a escolha do novo vigário de Roma.

A reportagem é de Luigi Accattoli, publicada no jornal Corriere della Sera, 11-03-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Trata-se de duas novidades de sinal reformador, embora não surpreendentes: sobre a ordenação de homens casados para as comunidades que não têm sacerdotes celibatários, reflete-se há muito tempo, e o fato novo é só que o papa falou a respeito, enquanto a consulta para a escolha do vigário – que nunca ocorreu – estende para Roma aquilo que já se faz, mais ou menos, em todas as dioceses.

Francisco mencionou a disponibilidade para estudar a ordenação dos casados em uma entrevista ao jornal alemão Die Zeit: “Devemos refletir se os viri probati’ (homens maduros casados) são uma possibilidade e também devemos estabelecer quais tarefas eles podem assumir, por exemplo, em comunidades isoladas. A Igreja deve reconhecer o momento certo no qual o Espírito pede alguma coisa”.

“A crise das vocações sacerdotais representa um problema enorme” - disse o papa ao jornal –, e “a Igreja deverá resolvê-la”, mas “o celibato livre não é uma solução”, nem o fato de abrir as portas dos seminários para pessoas que não têm uma autêntica vocação. “O Senhor nos disse: rezem. É isso que falta, a oração. E falta o trabalho com os jovens que buscam orientação.”

O tom das palavras bergoglianas não é de entusiasmo com a ordenação dos homens casados, mas sim de disponibilidade de enfrentar situações de necessidade.

Ainda como cardeal, Bergoglio tinha se manifestado contrariamente à superação do celibato obrigatório: “Por enquanto – tinha dito no livro a duas mãos com o judeu argentino Abraham Skorka – eu sou a favor da manutenção do celibato, porque são dez séculos de experiências positivas mais do que de erros. É uma questão de disciplina, e não de fé. Pode-se mudar”.

Para entender a “novidade” da reflexão proposta pelo papa, é preciso lembrar que a ordenação de homens casados existe desde sempre nas Igrejas católicas orientais, e que Bento XVI também a concedeu às comunidades anglicanas que passaram para a Igreja Católica.

Quanto à falta de padres celibatários, o caso mais dramático é o Brasil, onde, em algumas regiões, os católicos veem um padre apenas algumas vezes por ano.

A consulta para a escolha do novo vigário de Roma não é um projeto a ser estudado, mas já está em vigor, depois do anúncio feito por Francisco em um encontro em São João de Latrão com os “párocos prefeitos”, que são cerca de 30: padres e leigos da diocese, a partir do último sábado, 11, até o dia 12 de abril, podem escrever ao papa indicando exigências, perfis e nomes para esse cargo.

O cardeal Agostino Vallini, o atual vigário, completará 77 anos em um mês, e o papa pretende nomear seu sucessor até meados do ano.

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