Conselho Mundial de Igrejas pede ação ecumênica pelo meio ambiente, pelos imigrantes

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29 Junho 2015

O secretário-geral do Conselho Mundial de IgrejasCMI diz que os cristãos devem aproveitar este “momento ecumênico único” criado pela nova encíclica Papa Francisco sobre o meio ambiente. Ele também acredita ser essencial responder, de forma mais prática e pastoral, aos migrantes na Europa que estão mudando radicalmente a nossa “reflexão sobre quem está em comunhão com quem”.

A reportagem foi publicada no sítio da Rádio Vaticano, 24-06-2015. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

O Rev. Dr. Olav Fykse Tveit estava em Roma na terça-feira para participar das celebrações que marcam o 50º aniversário do Grupo de Trabalho ConjuntoGTC, composto por membros da Igreja Católica e do CMI. Criado pouco antes do final do Concílio Vaticano II, o GTC está realizando uma sessão plenária em Roma esta semana para dar início a sua décima rodada de diálogos ecumênicos.

Em uma mensagem ao Rev. Fykse Tveit para marcar a ocasião, o Papa Francisco disse que devemos nos sentir encorajados com a colaboração que o Grupo tem promovido “não só em questões ecumênicas, mas também nas áreas do diálogo inter-religioso, da paz e da justiça social, bem como em obras de caridade e de ajuda humanitária”. No texto, o pontífice ressaltou também que, apesar das muitas conquistas ecumênicas, “a missão e o testemunho cristãos ainda sofrem por causa das nossas divisões”.

O secretário do CMI diz que é importante para celebrar não apenas a “mudança significativa” trazida pelo Concílio Vaticano II, mas também a normalização das relações que ocorreram desde então, “tendo projetos conjuntos, trabalhando em parceria em muitas iniciativas”.

Em relação às divergências que ainda dividem as Igrejas, o Rev. Fykse Tveit cita questões eclesiológicas que “foram trabalhadas de forma muito séria” para construir “um entendimento muito mais comum de Igreja, de ministério ordenado e dos sacramentos”. Mas, diz ele, ainda é um escândalo o fato de não podermos celebrar juntos a Eucaristia, “nem mesmo em famílias em casamentos mistos; esta é uma ferida que nos magoa verdadeiramente”.

As outras questões que ele refere têm a ver com a justiça – tal como tem ocorrido na América Latina, nos últimos anos, no tocante às relações da Igreja com o Estado ou com as injustiças econômicas: “Com o Papa Francisco”, diz ele, “temos um porta-voz para aquilo que muitos teólogos e muitas igrejas protestantes vêm apontando como problemático. Nesse sentido, estamos vendo as coisas se transformarem”. Mas há também novas discussões sobre “a vida familiar, a sexualidade humana, o aborto” e estas são áreas onde “temos de continuar trabalhando, e a Igreja Católica está mostrando que estas são questões em que há uma necessidade de trabalharmos também dentro das nossas instituições”.

Ao comentar sobre a nova encíclica papal, o Rev. Fykse Tveit disse que ela “corresponde totalmente ao que tem sido o trabalho do CMI nos últimos 30 anos”. Há um grande consenso, diz ele, não apenas sobre as mudanças climáticas, mas também sobre como elas se relacionam com a injustiça econômica, a pobreza e os conflitos”.

O secretário-geral afirmou que vivemos um “momento que não podemos deixar passar, também enquanto movimento ecumênico (...). Devemos mostrar que nós, como igrejas, temos algo a contribuir juntos, a partir da nossa perspectiva de fé mas também a partir dos laços de unidade que criamos”.

Por fim, o reverendo falou que devemos reagir às palavras do Papa Francisco sobre ser a realidade mais importante do que as ideias: se olharmos para as nossas igrejas europeias, com tantos migrantes, diz ele, “muitos não prestam muita atenção se a constituição religiosas destas pessoas era católica, anglicana, luterana ou metodista – eles vão para a igreja na qual encontram um lugar. Então, até que ponto faz sentido dizer: ‘não, você não pode participar’?” Devemos seguir os sinais que o Papa Francisco nos tem dado, concluiu. “Devemos ver isso como um problema pastoral e não só como uma questão canônica. A alternativa é que muitas pessoas, na próxima geração, não pertencerão a lugar algum, ou que poderão simplesmente criar as suas próprias igrejas, o que não serve para a unidade da Igreja”.

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