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10 Dezembro 2014

Menos da metade dos jovens na idade considerada adequada (até 19 anos) concluiu a Educação Básica no Rio Grande do Sul no ano passado. O percentual de 48,8% – divulgado ontem pelo Todos Pela Educação (TPE) – está abaixo da média brasileira, de 54,3% dos estudantes concluindo a etapa na idade certa.

A reportagem é de Eduardo Rosa, publicada pelo jornal Zero Hora, 09-12-2014.

O desempenho gaúcho também está bem abaixo da meta estabelecida pelo movimento para 2013, de 66,4% (veja o gráfico). Os indicadores foram calculados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo afirma que desconhece a metodologia utilizada no estudo. O governo gaúcho faz análises com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

– Tivemos, em 2006, 38,6% na taxa de distorções idade/série (alunos que estão em uma série que não corresponde a sua idade). E ela vem baixando: em 2013, tivemos 31,3% – relata.

O titular da Educação também salienta que, entre os alunos dos terceiros anos do Ensino Médio com até 19 anos, o índice de conclusão é de 93%. A diferença entre as análises feitas pelo Todos Pela Educação e pelo secretário está na origem: o movimento faz uma projeção de todos os jovens gaúchos até 19 anos, enquanto o governo trabalha com os matriculados na rede estadual. Azevedo ainda destaca a queda na taxa de evasão escolar: de 11,7% para 10,1% entre 2012 e 2013:

– A melhora na taxa de evasão e no rendimento é produto da reforma no Ensino Médio e de formação dos professores. Aumentamos a carga- horária, introduzimos diretrizes do Conselho Nacional de Educação, e a pesquisa mobilizou os alunos.

Para ONG, resultado é reflexo de soma de fatores

Gerente de Conteúdo do TPE, Ricardo Falzetta analisa que os dados brasileiros relativos à Meta 4 – todo jovem de 19 anos com Ensino Médio concluído – são uma consequência do não cumprimento das outras metas, como universalização do ensino e aprendizagem adequada:

– Se pensarmos em termos de qualidade da educação desde o início, como a alfabetização, são questões que vão se somando e acabam gerando o resultado no fluxo.

Falzetta diz que não há uma solução única para o problema, mas um conjunto de medidas que passa pela coordenação entre União, Estados e municípios. A formação continuada dos professores, a valorização da carreira e a gestão dos docentes também são apontadas como necessárias.

– Há agendas do século passado que não resolvemos. Muito se falou que o Ensino Fundamental estava universalizado, mas faltam cerca de 600 mil alunos (em todo o território brasileiro). Há infraestrutura precária desde questões superbásicas, como o acesso a água tratada, até mais avançadas, como laboratórios de ciências. E sempre se trabalhou com o atingimento de padrões mínimos, mas precisamos de padrões máximos – explica o gerente de conteúdo do TPE.

Para o Todos Pela Educação, a sociedade civil organizada pode auxiliar cobrando o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), lei que estabelece 20 metas para planejar o ensino brasileiro durante uma década.

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