Preservar o patrimônio indígena garante o futuro das suas gerações e os impactos do desmatamento

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23 Outubro 2014

Foi realizado entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro, a oficina “Diálogo para a Implementação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Igarapé-Lourdes”, no município de Ji-Paraná (RO). O evento teve como objetivo construir uma estratégia para viabilizar a execução do plano de gestão do território, e foi organizado através de parceria com o IPAM, COICA, COIAB, PADEREEHJ, ASSIZA, COPIR, FOREST TRENDS, ICCO e FUNAI.

A reportagem é de Marcela Bandeira, publicada por Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia -IPAM, 22-10-2014.

A oficina reforçou a importância da implementação de atividades no plano de gestão, pela valorização do patrimônio material e imaterial indígena, recuperação, conservação e uso sustentável dos recursos naturais, assegurando a melhoria da qualidade de vida e condições de reprodução populacional e cultural das atuais e futuras gerações indígenas.

Além das discussões sobre o plano de gestão, os participantes também debateram sobre mudanças climáticas, seus impactos nos TIs, e como a comunidade pode receber recursos externos pelo papel de preservação dos serviços ambientais que realizam, por meio de seus modos tradicionais de vida.

Durante o encontro, a Coordenadora no Núcleo de Povos Indígenas e pesquisadora do IPAM, Fernanda Bortolotto, apresentou através da plataforma SOMAI, em desenvolvimento pelo instituto, como os TIs funcionam como barreiras para o desmatamento e quais são os impactos das alterações climáticas nos territórios indígenas. De acordo com os dados da plataforma, Igarapé Lourdes está se tornando um maciço florestal no meio de diversas pressões de desmatamento.

“Com o SOMAI, por meio de dados de pesquisa, foi possível demonstrar para o povo Gavião presente na oficina, a pressão que o TI de Igarapé Lourdes sofre com o avanço do desmatamento ao redor da área. Também apresentamos os dados de projeções climáticas desenvolvidas pelo SOMAI, e foi interessante observar que muitas das alterações projetadas já são sentidas em campo, como o aumento da “quentura”, destacado por alguns indígenas. Reforçamos nesse encontro a importância do planejamento de atividades como estratégias adaptativas às vulnerabilidades climáticas para o TI”, afirmou Fernanda Bortolotto.

O encontro resultou em uma descrição de diversas atividades que a comunidade deseja desenvolver de acordo com o plano de gestão, além do comprometimento dos parceiros na busca por captação de recursos, capacitação e a criação de um grupo de trabalho para apoiar a implementação dessas atividades.

Também participaram da oficina representantes do Idesam, da Associação Metareilá e uma estudante de doutorado da University College of London.