Quando Sodano defendeu Mahony

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Por: Jonas | 19 Fevereiro 2013

A sombra dos abusos. Pouco antes do anúncio da renúncia do Papa, o decano do Sacro Colégio, Angelo Sodano tratou, sem êxito, de pedir ao Pontífice um tratamento “soft” ao arcebispo de Los Angeles, Roger Mahony (foto), acusado de encobrir os sacerdotes pedófilos de sua diocese. Agora, a questão provoca uma incandescente polêmica em vista do próximo Conclave. Apesar de estar suspenso de todos os seus encargos públicos, o cardeal estadunidense entrará na Capela Sistina e isto provocou o protesto de diferentes setores do mundo católico. Ele é acusado de ter encoberto 129 casos de abusos sexuais, mas invoca “a graça de suportar as humilhações”.

A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 18-02-2013. A tradução é do Cepat.

Em seu blog, Mahony admitiu o sofrimento pelas críticas dos últimos dias. “Honestamente, não posso dizer que tenha alcançado o ponto para pedir sucessivas humilhações. Encontro-me no estado em que peço a graça de suportar a humilhação que sofro até agora”. “Nos últimos dias, tenho sido humilhado muitas vezes. Em mais de um local, aborda-me gente muito infeliz. Posso entender sua raiva em relação a mim e a Igreja”, escreveu o cardeal.

Além disso, o caso chegou inclusive até os católicos cristãos. “Famiglia Cristiana”, num amplo dossiê, lançou uma pesquisa para pedir a opinião dos internautas: Mahony deve participar do Conclave ou não? Ao mesmo tempo, dom Charles Scicluna, que foi durante dez anos o promotor de justiça do ex-Santo Ofício, disse que “Bento XVI se comprometeu com muita coragem para romper, especialmente, a cortina de silêncio que cobria muitos destes casos, respeitando o princípio de que apenas a verdade nos faz livres”. “Incentivou-nos a purificar o coração, para fazer com que o rosto da Igreja resplandeça com sua verdadeira Santidade”, acrescentou.

Nos Estados Unidos, o caso Mahony está se tornando um fenômeno midiático, haja vista que um grupo muito determinado de fiéis anunciou uma petição para solicitar ao cardeal que não participe do Conclave. Sem contar que é preciso considerar o fato de que antes de ir ao Vaticano, para a Congregação dos cardeais, o cardeal Mahony deverá se apresentar num tribunal de Los Angeles. O purpurado será interrogado, sob juramento, no dia 23 de fevereiro, pelo advogado de um homem que afirma ter sofrido abusos, durante três décadas, de um sacerdote mexicano, Nicolás Aguilar Rivera, que estava na paróquia de Montecito Heights.

O processo contra Aguilar e outros 25 sacerdotes, acusados de abusos durante o mesmo período, acontecerá com portas fechadas. O ex-arcebispo depôs, em diferentes ocasiões, sobre suas relações com os sacerdotes acusados, mas este novo interrogatório será o primeiro desde que a diocese de Los Angeles publicou na internet 12 mil páginas de documentos internos, relacionados com os casos de pedofilia.

Veja também:

Jesuíta alemão chama Bento XVI de ''grande reformador'' na questão dos abusos sexuais

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