Livro de Rajan é um contraponto ao documentário que ganhou o Oscar

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29 Abril 2011

Para ganhar Hollywood, o filme "Trabalho Interno" pregou Wall Street na cruz. O documentário levou o Oscar da categoria indicando vilões para a crise: banqueiros e gente do governo George W. Bush (2001-2009).

Elegantemente, Rajan procura mostrar que esse argumento é míope e não dá conta de explicar tanta confusão.
"As pessoas fizeram coisas erradas, mas isso aconteceu numa escala tão grande que você tem que se perguntar se isso não é maior do que algumas maçãs podres", diz.

A reportagem é de Roberto Dias e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 30-04-2011.

Rajan defende que é preciso olhar mais fundo e reparar três "falhas geológicas":

1) O conflito político interno nos EUA, fruto do aumento da desigualdade. Rajan mostra como, ao tentar combater esse problema, o governo Bill Clinton (1993-2001) ajudou a criar a crise, incentivando "soluções criativas" para financiar casas para mais e mais americanos.

2) O desequilíbrio comercial entre países como os EUA, que consomem muito, e a China, que depende demais da demanda externa.

3) O confronto entre duas culturas distintas. De um lado, economias de mercado, como EUA e Inglaterra, com leis que enfatizam o cumprimento de contratos e a transparência (ainda que esse último item tenha sumido na crise, como reconhece Rajan).

De outro lado, sistemas financeiros em que há menos informação pública, em que os negócios dependem do relacionamento entre o banco e o tomador de empréstimo. Rajan olha aqui para a Ásia.

Ele diz que não há bala de prata, mas dá um norte para qualquer reforma: "O único sistema realmente seguro é um que não assuma riscos, que não financie a inovação e o crescimento, que não tire as pessoas da pobreza, que dê poucas opções aos consumidores".

FAULT LINES [Falhas Geológicas]
AUTOR Raghuram Rajan
EDITORA Princeton University
QUANTO US$ 26,75 (R$ 42,10; 272 págs.)