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24 Janeiro 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,12-23, que corresponde ao 3° Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Eis o texto

Não é difícil resumir a mensagem de Jesus: Deus não é um ser indiferente e distante, que se move no seu mundo, interessado apenas na sua honra e nos seus direitos. É alguém que procura o melhor para todos. Sua força salvadora está a agir no mais profundo da vida. Só quer a colaboração das suas criaturas para conduzir o mundo à sua plenitude: «O reino de Deus está próximo. Mudai».

Mas, o que é colaborar no projeto de Deus? O que é preciso mudar? A chamada de Jesus não se dirige apenas aos «pecadores» para que abandonem sua conduta e se pareçam um pouco mais com os que já observam a lei de Deus. Não é isso que o preocupa. Jesus dirige-se a todos, porque todos têm de aprender a agir de maneira diferente. Seu objetivo não é que em Israel se viva uma religião mais fiel a Deus, mas que seus seguidores introduzam no mundo uma nova dinâmica: a que responde ao projeto de Deus. Indicarei os pontos principais.

A compaixão deve ser sempre o princípio de atuação.

Há que introduzir, no mundo, compaixão por aqueles que sofrem: “Sejam compassivos como é o Vosso Pai»”. Sobram as grandes palavras que falam de justiça, igualdade ou democracia. Sem compaixão para com os últimos não são nada. Sem ajuda prática para com os desgraçados da terra, não há progresso humano.

A dignidade dos últimos deve ser o primeiro objetivo.

“Os últimos serão os primeiros.” Há que imprimir à história uma nova direção. Há que colocar a cultura, a economia, as democracias e as igrejas a olhar para aqueles que não podem viver de forma digna. Há que promover um processo de cura que liberte a humanidade do que a destrói e degrada: “Ide e curai”.

Jesus não encontrou uma linguagem melhor. O decisivo é curar, aliviar o sofrimento, sanear a vida, construir uma convivência orientada para uma vida mais saudável, digna e feliz para todos.

Esta é a herança de Jesus. Em nenhum lugar a vida será construída como Deus quer se não for libertando os últimos da sua humilhação e sofrimento. Nunca será abençoada por Deus, nenhuma religião, se não se procura justiça para eles.

 

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