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Deus, uma lembrança

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28 Janeiro 2011

Onde estava Deus enquanto as encostas da serra fluminense despencavam, acabando com a vida de tanta gente? "Se é onipotente, onisciente e onipresente, por que nada fez? Estava dormindo?", pergunta um indignado Rubem Alves, teólogo, filósofo, psicanalista, colunista da "Folha de S. Paulo" e ex-pastor protestante.

A reportagem é de Marília de Camargo César e publicada pelo jornal Valor, 28-01-2011.

Esta entrevista é para falar sobre coisas boas - tema de seu novo livro, segunda edição atualizada de "Livro sem Fim", lançado em 2002 pelas Edições Loyola. Agora, é editado pela Planeta. Em "Variações sobre o Prazer", Alves passeia por ideias de Santo Agostinho, Friedrich Nietzsche e Karl Marx e pela sabedoria da protagonista do filme "A Festa de Babette" para refletir sobre teologia, filosofia, economia e culinária e chegar às coisas que realmente importam - a beleza do voo do sabiá, o cheiro da manga, a contemplação artística e as crianças. Mas a tragédia está por toda parte, e o autor parece querer desabafar. "Não, não estou com raiva de Deus, porque ele não existe. Se existisse, ia fazer alguma coisa."

A indignação não estaria mirando o alvo errado? Não são os seres humanos os responsáveis pela tragédia, por causa de decisões erradas? "É engano dizer que as coisas estão acontecendo apenas por nossa responsabilidade - isso é coisa da natureza -, o mundo inteiro está assim - na China é o gelo, na Europa, as chuvas -, o mundo está de cabeça para baixo! Se Deus amasse realmente o mundo, ele tomaria uma providência. Em primeiro lugar, ele mataria as pessoas certas. Ele está com a pontaria péssima - se fosse meu empregado, já estaria demitido há muito tempo - incompetência administrativa."

Para o escritor Rubem Alves, Deus, hoje, é apenas uma nostalgia. É curioso notar que com seus mais de 100 livros - dentre os quais 35 para crianças, ele inspira ainda hoje seminaristas e pastores evangélicos progressistas, que encontram em seus textos uma teologia mais liberal e autêntica.

O escritor cita o verso de "Pedaço de Mim", de Chico Buarque, para ilustrar o que quer dizer: "A saudade é arrumar o quarto pro filho que já morreu". E pergunta: "Qual é a mãe que ama mais, aquela que arruma o quarto para o filho que vai chegar amanhã ou a que arruma para o filho que não vai chegar? Você pode amar uma coisa que não existe. Para mim, é assim, Deus é meu filho que não existe, é meu pai que não existe".

Alves esteve doente, muito doente. O ano passado foi pesado: lutou contra um câncer no estômago - fez uma cirurgia para remover o órgão -, trocou uma válvula do coração e teve um sério problema de coluna. Nem todo esse sofrimento fez que se voltasse para o Deus dos cristãos, que um dia seguiu. "Fé para curar o câncer eu não tenho. Sabe o que é fé? É estar no avião com um paraquedas nas costas e de repente dar um salto no abismo, acreditando que o paraquedas vai abrir", afirma. "Ser generoso, honesto, não porque Deus está mandando ou por esperar uma recompensa."

Muitos cristãos, acredita o escritor, são ensinados hoje num tipo de Evangelho interesseiro, que iria, como Alves define no livro, direto para a "caixa de ferramentas". O autor toma emprestado um conceito de Agostinho e separa os elementos da vida em duas caixas - uma para as coisas feitas para dar prazer e ser contempladas (a caixa dos brinquedos) e outra para tudo o que é objetivo e utilitário. Santo Agostinho escreveu que todas as coisas do mundo estavam guardadas em duas feiras - a feira das utilidades e a feira da fruição. A primeira, segundo a releitura do autor, é a feira do poder. "A feira da fruição é o lugar do amor."

Resgatar o prazer que há em, por exemplo, lambuzar-se ao comer um caqui ou uma manga entra, segundo o escritor, na experiência erótica do tato. "Come-se por prazer. Comer uma fruta é uma alegria. Não foi por acidente que os escritores sagrados, profundos conhecedores da alma humana, escolheram uma fruta como o lugar onde os deuses depositaram o seu saber. O saber dos deuses é comestível, saboroso, é `sapientia`", escreve no livro.

O erotismo do tato, da contemplação estética ou mesmo do olfato é algo estranho ao universo de muitos cristãos, segundo Alves. "Os cristãos têm um problema com o prazer. Você não vê ninguém fazendo uma promessa a Deus e dizendo assim: `Oh, Deus, se tu me deres esta bênção, prometo tocar toda manhã um CD de Bach, ou tomar toda noite uma taça de bom vinho`. As pessoas oferecem a Deus cascas de ferida porque elas acham que Deus fica feliz quando a gente está sofrendo. Têm uma ideia sádica de Deus."

Essa dimensão erótica precisa ser resgatada também no campo da economia, da filosofia e da culinária. "Marx tinha a ver com prazer - ele fala que a economia é para produzir prazer. Nos Manuscritos de 1844, já fala disso, que a economia é para tornar os homens felizes, para gozar a vida, a arte. Nós eliminamos tudo isso da tradição marxista - eu adoro Marx, mas tenho raiva dos marxistas, porque eles não lidam com a dimensão erótica de Marx."

No capítulo sobre Nietzsche, Alves observa que o filósofo foi mal traduzido em seu conceito sobre o "super-homem". Na visão de Rubem Alves, a melhor tradução para o termo alemão "übermensch" seria o "homem transbordante", um ser humano tão rico interiormente que chega a transbordar, como se fosse uma fonte. "Qual é o ideal desse homem transbordante? A criança."

O ideal, então, é uma utopia - tornar-se como as crianças "para herdar o reino", como prega o Deus dos cristãos, que um dia Rubem Alves seguiu, mas hoje é apenas uma lembrança.

 


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