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A origens pagãs do menino Jesus

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02 Janeiro 2011

Não seria o menino Jesus que fez o Natal, mas sim o natal que fez o Jesus menino. Parece ser essa a mensagem dos últimos pagãos.

Publicamos aqui o artigo de Marino Niola, antropólogo da contemporaneidade italiano e professor da Università degli Studi Suor Orsola Benincasa, de Nápoles, na Itália, publicado no jornal La Repubblica, 19-12-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Para reencontrar as origens do Natal, é preciso ir aos altiplanos do Hindu Kush, entre o Afeganistão e a Caxemira, onde vivem os últimos pagãos. São os orgulhosos Kalasha (foto), ciumentos protetores das suas remotíssimas tradições indo-europeias. Esses homens que sabiam de antiguidade ainda em 330 antes de Cristo, quando Alexandre Magno os encontrou durante a sua marcha para Jalalabad, nos revelam as raízes da nossa história e da nossa religião.

O seu grandioso rito solsticial de inverno, 12 dias que iniciam com a descida do deus entre os homens e se concluem com o início do novo ano, é, de fato, a arqueologia viva da natividade. A afirmação é do antropólogo Augusto Cacopardo, em um livro recém publicado pela editora Sellerio. O título, mais do que eloquente, é Natale pagano (Ed. Sellerio, 476 páginas). O tema é a milenar gestação de uma festa que não teria sido inventada pelo cristianismo, mas que começou muito antes.

Na realidade, muitos defenderam que a mãe de todas as festividades do Ocidente nasceu de antigos ritos agrários e astronômicos pré-cristãos. Como os da Atenas de Péricles, berço da democracia ocidental, onde, nos últimos dez dias de dezembro, se decorava uma árvore sempre verde com taças e odres em honra a Dionísio, o deus do vinho que oferece em alimento o seu corpo e o seu sangue. Enquanto em Roma, ainda em dezembro, durante as Saturnais, se ornamentavam as casas com abetos e outras árvores perenes, símbolos da vida que continua. Tudo culminava na festa de Mitra, o deus solar nascido em uma gruta e representado como uma criança resplandecente de luz. O seu nascimento coincidia com o solstício de inverno, quando os dias começam a se prolongar e o sol tem a prevalência sobre as trevas. A mesma coisa faziam os Celtas da Europa do Norte, que, no mesmo período, ofereciam às divindades da luz composições de visgos e ramos de abetos.

O livro de Cacopardo acrescenta a essas hipóteses históricas uma prova viva. Os Kalasha, que resistiram a toda tentativa de cristianização e de islamização, continuam professando uma religião surpreendentemente semelhante à da antiguidade. Esses montanheses multicoloridos que Fosco Maraini achava mais antigos do que exóticos parecem ser o eco presente de um tempo muito distante, a reverberação de um passado remoto milagrosamente conservado em uma bolha da história. Suspensa a dois mil metros nas alturas rarefeitas de Birir, a dois passos dos teatros de guerra do Afeganistão.

Esses portadores sadios de uma origem desaparecida em outros lugares nos fazem tocar com a mão o espírito da religião antes da chegada dos monoteísmos. E principalmente reencontrar o politeísmo dos antigos povos indo-europeus, muitas vezes ainda presente sob alguns traços no nosso folclore. E até nas nossas grandes solenidades religiosas.

A grandiosa festa do solstício de inverno, que os Kalasha chamam de Chaumos, é, sob todos os efeitos, um natal antes do Natal. É a matriz ideal da nossa noite encantada. Com o deus luminoso Indr – parente próximo de Indro, nome local para o arco-íris, além de Indra, senhora do raio no panteão hinduísta – que desce para visitar os homens no período mais escuro do ano e lhes entrega a sua energia como um dom benéfico. Se acrescentarmos os ramos de visgos, as comilanças rituais de lentilhas de montanha, a noite de vigília à espera do advento do deus, os presentes às crianças e os fogos que riscarão a noite nevada, os ingredientes do nosso Natal estão todos aí. Começando pelo Jingle Bells. Mas não é tão grave assim.

Não seria o menino Jesus que fez o Natal, portanto, mas sim o natal que fez o Jesus menino. Parece ser essa a mensagem dos últimos pagãos. Que parece ter sido feita de propósito para dar razão a Santo Agostinho, que alertava os cristãos por celebrarem o sol em dezembro, porque isso era coisa de idólatras. Ou àqueles sacerdotes franceses que, no final dos anos 1950, queimaram um boneco do Papai Noel em frente à catedral de Dijon, considerando-o um símbolo perverso do paganismo e, ao mesmo tempo, do consumismo. Que são, pensando bem, o antes e o depois da modernidade. Dois extremos da história, misturados. Em conclusão de um caminho milenar do qual os últimos pagãos continuam, ainda hoje, celebrando o início.

 


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