O caso McCarrick coloca em apuros o Cardeal Sean O'Malley

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28 Novembro 2018

O cardeal de Boston, Sean O'Malley foi impedido pelo Papa, na sexta-feira, de participar do Comitê organizador da Assembleia de todos os presidentes das Conferências episcopais mundiais que em fevereiro (21-24) terá de decidir, de uma vez por todas, o que fazer quanto à pedofilia do clero. O final de um ano, o de 2018, devastado pela explosão dos casos em todo o mundo.

A reportagem é de Maria Antinietta Calabrò, publicada por Huffington Post, 27-11-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Em seu lugar, outro cardeal norte-americano, Blase Cupich (Chicago), e outro componente do C9 (o Conselho de Francisco), o cardeal indiano Oswald Gracias, e em representação da pontifícia Comissão para a proteção dos menores, presidida por O 'Malley, estará presente o padre jesuíta da gregoriana Hans Zollner. Ontem O 'Malley sentiu a necessidade de dizer publicamente que "é e continua sendo um homem de Francisco”, continua a ser presidente da Pontifícia Comissão sobre os menores e no início de dezembro estará em Roma para a próxima reunião do C9. Em suma, ele quis conter as especulações sobre sua "exclusão".

Apesar de não fazer parte do Comitê, nem ocupar o cargo de presidente da Conferência Episcopal Americana, O'Malley ainda poderia participar da Assembleia de fevereiro. Mas certamente Francisco não confia apenas nele. Já no final de agosto o cardeal de Boston (que herdou o cuidado da Diocese, que em 2002 esteve envolvida no escândalo revelado pela equipe de investigação do Boston Globe "Spotlight") não havia participado do Encontro das famílias em Dublin, que ficou famosa pela divulgação do famoso "comunicado" do arcebispo e ex-núncio nos Estados Unidos, Carlo Maria Viganò.

Um pouco antes da viagem de Francisco para a Irlanda, um padre estadunidense, o padre Bonifácio Ramsey, havia revelado que três anos atrás, em 17 de junho de 2015 (isto é, quando O 'Malley já era Presidente da Comissão contra a pedofilia) havia escrito uma carta para ele denunciando a conduta do Cardeal McCarrick (destituído no início de julho do título de cardeal por decisão de Francisco) em alguns seminários norte-americanos. E havia lhe solicitado, caso não fosse de sua competência, para encaminhá-la ao Vaticano.

Em 20 de agosto de 2018, O 'Malley pediu desculpas publicamente por não ter dado encaminhamento à carta de Ramsey, sobre a qual, de acordo com alguns procedimentos de seu escritório, como Presidente da Comissão, nem sequer tinha tido conhecimento de sua existência, até a notícia ser publicada na Imprensa dos EUA naquele verão. E isso apesar do tema sobre a "responsabilidade" dos bispos ser um dos problemas que explodiu de maneira virulenta nos últimos meses.

"Agora está claro - O'Malley escreveu em seu pedido de desculpas -, que eu deveria ter visto aquela carta justamente porque continha afirmações sobre o comportamento de um arcebispo da Igreja. Assumo total responsabilidade pelos procedimentos seguidos pelo meu escritório e estou inclusive disposto a modificá-los à luz desta experiência". No momento, contudo, O'Malley vai parar por uma rodada.

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