Reforma em 500 anos: cristãos veem que são irmãos e irmãs, diz o papa

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29 Outubro 2017

A graça de Deus e décadas de diálogo ecumênico permitiram que católicos e protestantes comemorem o 500º aniversário da Reforma juntos, enfatizando o seu batismo e fé compartilhados em Jesus, disse o Papa Francisco.

A reportagem é de Cindy Wooden, publicada por Catholic News Service, 26-10-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Acolhendo o moderador e uma delegação da Igreja da Escócia, uma Igreja presbiteriana, o papa disse: “Agradeçamos ao Senhor pelo grande dom de podermos viver este ano em verdadeira fraternidade, não mais como adversários, depois de longos séculos de distanciamento e conflito”.

O papa encontrou-se com a delegação da Igreja da Escócia no Vaticano, no dia 26 de outubro, apenas quatro dias antes do Domingo da Reforma, que marcará o 500º aniversário desde que Martinho Lutero publicou as suas 95 teses na porta da igreja do Castelo de Wittenberg. A publicação das teses, formalmente chamadas de “Disputa sobre o poder e a eficácia das indulgências”, desencadeou a Reforma Protestante.

O fato de comemorar o aniversário juntos, disse o Papa Francisco, “foi possível, por graça de Deus, pelo caminho ecumênico, que permitiu a intensificação da compreensão, da confiança e da colaboração concreta entre nós”.

“Se é verdade que o passado, em si, é inalterável, também é verdade que hoje nos compreendemos finalmente a partir do olhar de Deus sobre nós”, disse. “Acima de tudo, somos seus filhos, renascidos em Cristo no mesmo Batismo e, por isso, irmãos e irmãs. Por tanto tempo, nós nos observamos à distância, com um olhar ‘humano demais’, alimentando suspeitas, com a perspectiva dirigida às diferenças e aos equívocos, e o coração voltado a recriminar erros sofridos.”

Agora, ele disse, católicos e protestantes estão “prosseguimos agora no caminho da caridade humilde que leva à superação das divisões e à cura das feridas”, estão trabalhando juntos para servir os pobres e promover a justiça, e estão se levantando juntos para defender os direitos dos cristãos em perseguição.

O Rev. Derek Browning, moderador da Igreja da Escócia, disse ao papa que os sábios “nos dizem que devemos falar a verdade no amor, mas, em primeiro lugar, devemos falar juntos. E, assim, não apenas nas nossas palavras, mas também nas nossas ações, que a verdade, a luz e o amor sejam aquilo que trocamos uns com os outros”.

Ele também disse ao papa: “Estamos comemorando os 50 anos da ordenação de mulheres dentro da Igreja da Escócia no próximo ano”, e a Igreja tem diaconisas há quase 130 anos. “Observamos com interesse o trabalho que vocês estão fazendo com uma comissão que busca no Novo Testamento” descrições de diaconisas.

Em 2016, o Papa Francisco nomeou 12 estudiosos – seis mulheres e seis homens – para uma comissão para estudar o ministério das diaconisas na Igreja primitiva.

Antes de convidar a delegação da Igreja da Escócia para rezar a Oração do Senhor com ele, o Papa Francisco falou sobre a importância de que os cristãos reconheçam o quanto eles precisam uns dos outros.

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