29 Mai 2020
Masacre de Panzós. Guatemala, †1978
Masacre de un centenar de indígenas quichés, en Panzós .
La Masacre de Panzós fue la ejecución de alrededor de 57 campesinos kekchíes -entre hombres, mujeres y niños-, en la Plaza de Panzós Alta Verapaz, cometida, el 29 de mayo de 1978, presuntamente por un pelotón de 150 soldados del destacamento de Zacapa.
Los elementos militares llegaron a Panzós, porque los finqueros de la región se habían quejado de que unos 3,000 campesinos de 11 comunidades kekquíes, instigados por elementos subversivos, realizarían una invasión de tierras. La concentración fue organizada por Juan Maquín y su madre Adelina Caal, conocida en las comunidades como Mamá Maquín, con el objeto de exigir al alcalde municipal, Walter Overdick García, la realización de gestiones ante las autoridades gubernamentales, para que se garantizara el respeto de la propiedad comunal, ya que el Instituto de Transformación Agraria -INTA-, mediante títulos supletorios, estaba concediendo la tierra a finqueros de la región y a oficiales de alta graduación, quienes habían empezado a expulsar a las comunidades kekchíes. En los días posteriores, los soldados persiguieron a los campesinos y mataron a más de 100 personas, cuyos cuerpos arrojaron al río.
Texto extraído de Wikiguate.
A partir de 1976, diante da reorganização do Movimento Popular na Guatemala (América Central), o exército partiu para a ocupação militar sistemática de diferentes áreas do país. A repressão, que começara sendo seletiva, contra os lideres ou animadores, se generalizou, com caráter de verdadeiro genocídio, em sequestro, assassinatos, bombardeios, queimadas de roças e aldeias. E no dia 29 de maio de 1978 culminou com o MASSACRE COLETIVO DE PANZÓS.
Panzós é um povoado de índios Kekchi, fundamentalmente, no vale do rio Polochic, departamento ou estado de Alta Verapaz, a uns 200 quilômetros ao norte da capital guatemalteca.
Mais de 600 camponeses indígenas se reuniram, naquele 29 de maio, na praça de Panzós, respondendo a um chamado do prefeito local e para reivindicarem as terras que lhes pertenciam, de tempos imemoriais, subitamente passadas às mãos dos latifundiário e militantes, por meio de todo tipo de manobras e violências.
Os indígenas, que foram à praça “com a paz no coração”, tentaram falar, mas não foram ouvidos e a resposta foi brutal: latifúndios, soldados e policiais abriram fogo indiscriminadamente contra a multidão indefesa, que encontrou a morte na praça, nas ruas, no campo e até no rio, onde alguns se jogaram, fugindo do ataque.
Duas caminhonetes de cadáveres – mais de 119, crianças e mulheres também – foram sepultados numa vala comum.
PANZÓS foi o primeiro massacre coletivo de toda uma série de massacres, que vêm dizimando o povo mártir da Guatemala. Pela crueldade e da injustiça de um exército e de uns governos a serviço dos grandes do país e da política dos Estados Unidos. Hoje a Guatemala tem um Governo democrata-cristão, porém “em matéria de direitos humanos não somente não se deram os progressos almejados, mas a situação se agravou”, segundo o informe do Comitê Pró-Justiça e Paz da Guatemala, apresentado, no mês de março de 1988, à comissão de Direitos Humanos da ONU.
“Panzós continua hoje”
No décimo aniversário de Panzós foi proclamado DIA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE COM A GUATEMALA. Para que o povo da Guatemala viva na liberdade, na justiça e na paz. Para que a terra da Guatemala seja do povo guatemalteco. Para que os indígenas guatemaltecos possam viver, livres e unidos, sendo eles, em sua terra, a antiga terra do povo Maia.
Texto elaborado pelo bispo Pedro Casaldáliga para o Jornal Alvorada em 1988 em Irmandade dos Mártires da Caminhada