Ratzinger foi espionado por um padre do serviço secreto da Alemanha Oriental

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23 Novembro 2011

Joseph Ratzinger foi espiado por um sacerdote da Stasi [forma curta de Ministerium für Staatssicherheit, Ministério para a Segurança do Estado, que era a principal organização de polícia secreta e inteligência da República Democrática Alemã – RDA], quando ensinava na Universidade de Münster entre 1963 e 1966. A revelação está sendo feita na nova edição da revista Der Spiegel, indicando que entre os que passavam informações ao legendário Markus Wolf, o falecido Mischa, que dirigia a espionagem alemã-oriental, havia um sacerdote da cidade de Westphalia: Joseph Frindt, que morreu aos 81 anos.

A reportagem está publicada no sítio Vatican Insider, 21-11-2011. A tradução é do Cepat.

Durante a sua carreira de espião, com o pseudônimo de Erich Neu, o religioso enviou 95 relatórios a Berlim do leste. Alguns deles tinham a ver com o então teólogo das grandes promessas que se chamava Joseph Ratzinger.

Entre os motivos que teriam induzido Frindt a espiar para a Stasi, surgiu o desejo de poder obter algum favor para a sua irmã, que vivia na RDA, embora também não se exclua o fato de que o sacerdote tenha sido chantageado por sua dependência do álcool. A publicação de Hamburgo indica que a Stasi havia infiltrado gente sua em quase todos os aparelhos das instituições da Bundesrepublik, com 139 espiões ativos na velha capital de Bonn e 542 na parte ocidental de Berlim. Um dos alvos mais importantes era o partido social-democrata, onde havia 78 espiões ativos, com 13 informantes no interior da direção da SPD.

Os sindicatos, as organizações da Igreja Católica e protestante e as universidades não escapavam do olhar dos homens de Mischa. Em dezembro de 1988, eram 1.929 os cidadãos alemães que apoiavam os serviços de espionagem da RDA; durante os 40 anos de sua existência, o regime alemão oriental teve ao seu serviço mais de 12.000 funcionários da Bundesrepublik.