Sobrecarga consumista

Mais Lidos

  • “A destruição das florestas não se deve apenas ao que comemos, mas também ao que vestimos”. Entrevista com Rubens Carvalho

    LER MAIS
  • Povos Indígenas em debate no IHU. Do extermínio à resistência!

    LER MAIS
  • “Quanto sangue palestino deve fluir para lavar a sua culpa pelo Holocausto?”, questiona Varoufakis

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

07 Novembro 2013

"Na corrida desenfreada das indústrias, o consumismo selvagem é nutrido pela obsolescência programada. Não é obra do acaso a fragilidade de alguns produtos. Sua não durabilidade irá forçar a substituição. No caso dos tecnológicos, a estratégia é o lançamento, em um curto espaço de tempo, de modelos mais avançados de determinados aparelhos, o que torna a matriz cada vez mais retrógrada", escreve Claudia Cataldi, jornalista, em artigo publicado na revista Plurale e reproduzida por Envolverde, 06-11-2013.

Eis o artigo.

Já se tornou lugar comum falar do papel da população na defesa do planeta. A adoção de novos hábitos de vida é sempre o principal conselho dado àquele que quer “fazer a sua parte”. Mas essa nem sempre é uma tarefa fácil, afinal, poucos são os que estão dispostos a abrir mão das comodidades oferecidas, principalmente pelo setor tecnológico, e é exatamente a busca deste item que tem feito o homem consumir cada vez mais.

Um estudo feito a cada dez anos pela organização não governamental norte-americana Global Footprint Network (Rede Global de Pegada Ecológica), que compara o que consumimos em recursos naturais ao ano à capacidade do planeta em se renovar, aponta que já extrapolamos a meta anual desde o dia 20 do mês passado. O que significa que tudo aquilo que consumirmos até o dia 31 de dezembro de 2013 fomentará danos nocivos ao planeta, como a redução das florestas, escassez de alimentos e aquecimento global.

Na corrida desenfreada das indústrias, o consumismo selvagem é nutrido pela obsolescência programada. Não é obra do acaso a fragilidade de alguns produtos. Sua não durabilidade irá forçar a substituição. No caso dos tecnológicos, a estratégia é o lançamento, em um curto espaço de tempo, de modelos mais avançados de determinados aparelhos, o que torna a matriz cada vez mais retrógrada.

Como se não bastasse, a prática vem gerando uma inacreditável produção de lixo eletrônico. Somente no Brasil, onde a cota per capta deve saltar de 6,5kg para 8kg /habitante/ano até 2015, descarta-se anualmente 140 mil toneladas de geladeiras e estima-se que lançaremos mão de 7,5 mil toneladas de celulares, somente este ano.

Se fugir dessa armadilha parece tarefa impossível, pior é a tarefa do planeta em se renovar sem que o demos tempo hábil para tal feito.

Um dos pontos positivos da revolução tecnológica foi dispor a informação ao alcance de todos. Sites especializados e artigos sobre o tema sejam eles científicos ou não, minam diariamente na grande rede, à distância de um click.

O grande paradoxo que se interpõe é: de que nos servirá tantas máquinas e equipamentos num futuro próximo, onde o que de fato importa à vida é comida, água e ar, já que nosso organismo não é adaptado para digerir placas e chips eletrônicos?

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Sobrecarga consumista - Instituto Humanitas Unisinos - IHU